Pátria
amada
Paulo Ximenes*
Tão triste é sentir a pátria amada
nesse talhão de incúria mal fadada,
roçagando, assim, um povo inteiro
a um ermo escuro e traiçoeiro!
E os eleitos, em seus rasos passos,
cerram os punhos e cruzam os braços
beijam – em vão – a sua bandeira
como vissem nela a saga ordeira,
mas cubam ouro do berço esplêndido
e o garimpam em infame vilipêndio!
Mas se erguerá da lama a mãe
tristonha.
Vem Joaquim! A tua alma é pura!
Vem livrar-nos, por Deus, dessa
vergonha
que se a água bate, insiste, e fura,
há de morrer, um dia, a dor medonha!
(Ao Ministro Joaquim Barbosa)
(2014)
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