terça-feira, 30 de setembro de 2014

CONCURSO



A Academia Cearense de Enfermagem – ACEN, em parceria com a ACLJ, promoverá um concurso de fotografia, sob o tema “O IDOSO NO COTIDIANO”. A Profa. Josefina da Silva, que pertence a ambas as instituições, fez o elo entre elas e viabilizou o trabalho conjunto.




O objeto desse I Concurso de Imagem Fotográfica é a seleção de trinta fotografias inéditas e autorais, com seus respectivos textos-legendas, abordando o tema da terceira idade, para posterior exposição em outubro, o Mês de Comemoração da Pessoa Idosa.

Os participantes devem ser alunos de graduação e pós-graduação dos Cursos de Enfermagem do Estado do Ceará, de instituições públicas ou privadas.

Cada concorrente deverá inscrever um trabalho autoral individual, composto por uma imagem fotográfica nas especificações de edital, e uma crônica de até 500 caracteres, ambos expressando o mesmo tema: o cotidiano do idoso. 

As inscrições poderão ser feitas no horário das 14 às 17 horas na secretaria da Associação Brasileira de Enfermagem, na Rua Paula Rodrigues, nº 55, Bairro de Fátima, em Fortaleza, no período de 29 de setembro a 10 de outubro vindouros.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

ARTIGO (RMR)

A SEGUNDA MORTE DE RIO BRANCO
Rui Martinho Rodrigues*

O pronunciamento da presidente Dilma na ONU tratou da guerra ao Estado Islâmico (EI). A boa diplomacia considera o princípio da não intervenção em assuntos internos (guerra civil no Iraque e Síria), o respeito a neutralidade em face dos conflitos alheios aos nossos interesses, o direito internacional e os trunfos disponíveis. Durante conflitos como as Guerras do Chaco, Coreia, I Guerra Mundial, II Guerra Mundial, observamos estrita neutralidade enquanto possível.

No caso da II GM, para apoiar um dos lados barganhamos vantagens. A mesma racionalidade preside a diplomacia de grandes nações. Índia e China, potências nucleares e grandes economias, observam atitude discreta quanto aos conflitos do Oriente Médio. O mesmo se aplica ao Japão, terceira maior econômica.

A presidente Dilma resolveu opinar. Não buscou sintonia com nenhum outro governo. Assumiu posição isolada. A Rússia e o Irã apoiam tacitamente as ações militares contra o EI. A Síria, que assiste ao bombardeio do referido EI dentro do seu próprio território, ofereceu até cooperação aos Americanos.

O Brasil ficou completamente isolado na posição que assumiu. Há pouco fomos os únicos a retirar embaixador de Israel durante o conflito em Gaza. 

A síntese da nossa política externa tem sido o isolamento; a falta de ponderação dos nossos interesses, a inobservância de proporcionalidade entre as posições adotadas e o nosso peso político, econômico e militar. Diplomacia exige a consideração de tudo isso.  Quando Churchill sugeriu convidar o Papa para a conferência de Ialta, Stalin perguntou quantas divisões tinha o Pio XII. Somos um País desarmado. 

Getúlio cobrou uma siderúrgica, muito armamento e outras vantagens para apoiar os EUA na II GM. Hoje nos metemos em conflitos da maior complexidade e gravidade sem vantagem alguma.

Mediar conflito é coisa que se faz quando as partes solicitam ou se tem ascendência sobre pelo menos uma delas. Não fomos solicitados pelos litigantes nem eles nos devem consideração.

Não somos grande potência comercial para que as partes tenham interesse em nos ouvir. Temos menos de 2% do comércio mundial. Não somos da região do conflito. Não influenciamos sequer os nossos vizinhos do Mercosul e da Aliança do Pacífico. Somos, sim, um anão diplomático.

Entramos no jogo sem ficha e nos metemos em briga de cachorro grande sem o menor interesse econômico, político ou estratégico. Trata-se de voluntarismo inspirado no terceiro-mundismo de meados do século XX.

Voluntarismo não é boa política. A tentativa de baixar os juros no grito fracassou. A realidade foi mais forte e a aventura terminou em recuo, com prejuízo para a estabilidade da moeda. A diplomacia, como a economia, exige sensatez.

Não por acaso o nosso corpo diplomático está a beira da revolta. Já se fala até em greve no Ministério de Relações Exteriores. O amadorismo, agravado pelo personalismo, está destruindo a nossa diplomacia. É a segunda morte de Rio Branco.
*Rui Martinho Rodrigues
Professor – Advogado
Historiador - Cientista Político
Presidente da ACLJ
Titular de sua Cadeira de nº 10

CULTURA INÚTIL (WI)

O VERDADEIRO NOME DE ALGUNS FAMOSOS
Wilson Ibiapina*

Mudar de nome não basta para alcançar a fama, mas pode ajudar. Pelópidas Guimarães Brandão Gracindo virou Paulo Gracindo; Emival Eterno Costa é o cantor Leonardo.

Nilcedes Soares Magalhães Sobrinho virou Glória Menezes, casada com Tarcísio Magalhães Sobrinho, mais conhecido como Tarcísio Meira. A Sonia Maria Vieira Gonçalves ficou conhecida como Susana Vieira e o Ariclenes Venâncio Martins ficou famoso como Lima Duarte.

Mas isso não acontece só no Brasil. Muita gente admira o trabalho de Carlos Irwin Estevez e nem sabe. Ele é Charles Sheen, polêmico ator e comediante norte-americano.Se alguém perguntar se você curte as músicas de Agenor de Miranda Araújo Neto, você é capaz de dizer não, pois não sabe que ele é o Cazuza.

Maria da Graça Meneguel é outra que trocou o nome para Xuxa. Já a Stefani Joanne Angelina Germanotta inspirou-se na música “Radio Ga Ga” da banda Queen para trocar o nome para Lady Gaga. Reginald Kenneth Dwight vai cantar na sua cidade. Você iria?. Vá, ele é o Elton John. E a Norma Jeane Mortenson trocou para Marilyn Monroe e deslumbrou meio mundo, até presidente americano.



*Wilson Ibiapina
Jornalista
Diretor da Sucursal do Sistema Verdes Mares de Comunicação
em Brasília - DF
Titular da Cadeira de nº 39 da ACLJ

sábado, 27 de setembro de 2014

ARTIGO (RMR)

O GÊNIO E O CAOS
Rui Martinho Rodrigues*

“Só os estúpidos se organizam. Os gênios controlam o caos”.
(Albert Einstein Y1879 †1955)


Eu não sei bem o que seja um gênio, mas certamente não é uma coisa homogênea. Creio que se pode falar em diferentes tipos de gênios, analogamente às inteligências múltiplas. Deve haver uma genialidade que se desenvolve, se expressa e fertiliza em meio às organizações sociais, pois grandes centros de pesquisa são organizações, e alguns desses institutos são muito produtivos.

Mas certamente haverá um tipo de gênio avesso ao comportamento de manada – sempre presente nas organizações – que se desenvolve no vácuo deixado pela falta de conexões, por não ter as respostas dadas pelas organizações, por não se sujeitar aos seus controles.

Existem organizações e organizações. Algumas podem ser esterilizantes. Outras podem favorecer ao desenvolvimento dos gênios ou talentos, que, conforme a teoria que se adote, podem ser coisas diferentes.

Levando a exclusão ao extremo, eu diria não pode haver genialidade solipsista. Ninguém começa nada do zero. A convivência, o debate e a cooperação fertilizam o pensamento e estimulam a criatividade. Sempre nos apoiamos nas descobertas e contribuições de alguém, sempre nos apoiamos em alguém. O choque de ideias favorece a criatividade.

Sem levar ao extremo, afastar-se da manada libera a originalidade. O comportamento de grupo tende a ser medíocre, tanto quanto o isolamento extremado. A identificação com grupos limita a divergência, o que limita a criatividade. Nenhum dos autores das grandes revoluções científicas da história, como, por exemplo, Galileu Galilei, teria feito o que fez se não fosse um sujeito do contra, franco atirador, lobo solitário.


*Rui Martinho Rodrigues
Professor – Advogado
Historiador - Cientista Político
Presidente da ACLJ
Titular de sua Cadeira de nº 10

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

ARTIGO (CA)

POLÍCIA CIVIL
Cândido Albuquerque*


Impressiona, a qualquer estudioso, a maneira quase primária como os governos dos estados brasileiros, nos últimos anos, erram no quesito segurança pública. Os exemplos de como o problema da segurança pública pode ser minorado são muitos, e por todos conhecidos. Ainda assim, no Brasil, insiste-se no erro, e a população brasileira continua pagando a conta.

O erro, como parece óbvio, resulta da insistência em eleger a Polícia Militar como principal vetor de combate ao crime. No Ceará, há oito anos, elegeu-se o Ronda do Quarteirão. Agora, pelo que se tem ouvido, o Batalhão Raio, também da Polícia Militar, será o ungido.

O erro é de fácil constatação: a Polícia Militar não é dotada de capacidade nem de competência para investigar. Assim, a sua ação fica limitada à inibição de alguns crimes pela presença ostensiva nas ruas, e à realização de eventuais prisões em flagrante, para autuação pela Polícia Civil, o que não representa sequer 1% do combate aos crimes praticados na nossa cidade.

Esse cenário, criado e mantido pelas autoridades do Ceará, parece que será reeditado pelo próximo Governador, independentemente de quem seja o eleito. E o mais grave: a sociedade não está discutindo o tema.

Na verdade, ao que parece, sem uma ação efetiva e competente da Polícia Civil, que é a Polícia que investiga e que, portanto, incomoda o criminoso, tornando a sua vida um tormento e coletando provas para fundamentar as condenações judiciais, não se faz segurança pública. No Ceará, de fato, a Polícia Civil, até pelo contingente inexpressivo, e também pelo mau gerenciamento e péssimas condições de trabalho, representa uma carta de alforria para os
assaltantes, hoje nosso maior temor. Com efeito, livrado o flagrante, o que quase sempre ocorre, basta ao ladrão, após meia hora, mudar de bairro ou de esquina e assim ficar livre para cometer novos crimes impunemente. Essa realidade precisa mudar.

Não se deseja negar a importância da Polícia Militar – uma invenção brasileira, diga-se – mas, sim, combater o erro antigo e inaceitável da falta de priorização da reestruturação da Polícia Civil, como unidade responsável pelas investigações e, portanto, pela coleta das provas que permitirão o julgamento, pelas vias legais. Com efeito, em todos os países do mundo o combate à violência urbana se deu com a atuação da Polícia Cívil (Polícia Judiciária). Foi assim nos Estados Unidos, França, Argentina etc.

Nossa Polícia Civil, há muito abandonada, necessita de imediato aumento do seu contingente e de um gerenciamento inteligente, até porque não é suficiente que se construam prédios suntuosos.  E mais, precisa-se, com  urgência, implantar um sistema de controle administrativo, ainda que interno, de modo que se saiba o que cada delegacia tem realizado mensalmente, com o que se impedirá que investigações sejam abandonadas, estabelecendo-se assim o indispensável controle de produtividade.

Sem um procedimento adequado e legal não se faz segurança pública.


*Cândido Bittencourt de Albuquerque
Advogado e Professor
Diretor da Faculdade de Direito da UFC
Titular da Cadeira nº 15 da ACLJ

CRÔNICA (VM)

INTELECÇÃO E EMOÇÃO
*Vianney Mesquita


Nalgumas ocasiões, apreciei, sob o prisma formal de elocução e gramática, os corretos escritos acadêmicos da Profa. Francy Macedo, salvante lapso de lembrança, desde sua graduação, até o projeto de doutoramento, ora em desenvolvimento por ela junto à Universidade de São Paulo – USP.

Mestra jovem, no entanto, dotada de esmerados aprestos universitários no campo de conhecimento parcialmente ordenado escolhido para cultivar, agora – não sabia eu – envereda, com jeito, graça e beleza, pelo terreno da crônica, ficção e poética, no qual se demonstra, de plano, escritora pronta nesta seara, a igual do acontecido na senda da escrita científica.

Este, sem dúvida, é fato auspicioso e salutar, porquanto o trajeto e a fixação na mera ciência – feliz ciência, cujo escopo é afluir ao bem da Humanidade – muita vez deixa seu militante pesquisador na sequidão dos sistemas teóricos, na aridez anímica dos laboratórios e campos de prova, quando se descuida do espírito e deslembra da existência da Alma.

Como o faz, penso, é o modo apurado de proceder, entretecendo o componente da atividade formal categórica da ciência (embora exato, álgido e indiferente aos apelos do sentimento) com a sensibilidade do coração e a elevação incorpórea, em contraposição à matéria, por via da crônica, do conto, do estro e ardor poéticos, expressos com qualidade inconcussa neste volume.
Escolheu muito bem a autora deste Sublime Influxo – ao dosificar  com a devida justeza os símplices da intelecção (científica) e da emoção (literária) – seus assuntos a tornear, imprimindo aos conceitos expendidos o caráter misto na literatura por ela exercitada, fato, suponho, do agrado, também, dos leitores atuais e a granjear, pois se espera prolífica sua produção.


Evidentemente, nestas notações, não me impende comentar as diversas partes do livro, sob pena de subtrair do público ledor a surpresa e a novidade. É válido, entretanto, asserir a gratificação por mim experimentada no decurso de sua leitura, hajam vistas o apuro estilístico, o capricho imprimido quando da expressão das emoções, o requinte dos desfechos, o esmero na forma de grafar, alfim, a sobreexcelência desta produção, mesmo em se tratando, ainda por enquanto, de escritora incipiente nos enredos das letras de ficção e poesia.
*Vianney Mesquita 
 Docente da UFC 
Acadêmico Titular da Academia Cearense da Língua Portuguesa  
Acadêmico Emérito-titular da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo 
Escritor e Jornalista

CRÔNICA (WI)

Bebidas de lá 
que só encontro aqui
Wilson Ibiapina*


Nas poucas vezes que fui à Alemanha tentei pedir uma dose de Steinhaeger para beber com cerveja e não consegui. Achava que não estava conseguindo pronunciar corretamente o nome da bebida, uma espécie de cachaça feita de zimbro, um arbusto europeu, mesma matéria-prima do gim. Fui tirar minhas dúvidas com os jornalistas Eduardo Mamcasz e a Cleide.

O casal todo ano passa férias em Berlim, onde os dois alugam apartamento e ficam um mês feito nativos, andando a pé, de metrô, frequentando padarias, bares, supermercados e praças. Mamcasz disse que também não conseguiu encontrar o steinhaeger. Famoso lá, segundo ele, é o Jägermeister, produzida desde 1935 e considerada o nono destilado mais consumido do mundo. Os alemães combinam com cerveja, como fazemos aqui com o steinhaeger. Tem que está bem gelado.

Uma outra bebida forte, que conheci passeando pelas propriedades vitivinícolas da serra gaúcha, é a graspa, feita de bagaço de uva e aromatizada com a erva arruda. Um dia, em Brasília, pedi uma graspa numa loja de bebidas. A mocinha atendente me deu uma aula. Explicou que não existe graspa, que a bebida italiana chama-se “grappa”.

Em Roma, me disseram a mesma coisa. Não é graspa. É grappa. Portanto, se um dia desejar provar uma graspa, o melhor caminho é a Serra gaucha. Tem ela lá feita com o bagaço das melhores uvas. E é também conhecida como grapa de inigualável sabor.
                                  *Wilson Ibiapina
                                    Jornalista
                                       Diretor da Sucursal do Sistema Verdes Mares de Comunicação
                                em Brasília - DF
                                    Titular da Cadeira de nº 39 da ACLJ

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

ARTIGO (PMA)

O GALO CANTOU DE MACHO
Paulo Maria de Aragão*

De tão machista, além de insensato, um indivíduo matou o galo só por ele haver cantado fino numa madrugada. O galináceo não foi poupado nem mesmo na incerteza de que o cocoricar “desmunhecado” continuaria nas noites seguintes. O sujeito era ainda refratário ao adágio: “Na casa onde a mulher manda, até o galo canta fino”.

A intolerância, em certas circunstâncias, faz-se imperiosa, como é o caso de muitos políticos comparáveis a vírus contagiosos que grassam devido à passividade da cidadania. Em um país que tem grande parte da população semi-analfabeta, o crescimento é travado, e essa triste realidade há de ser vista e combatida sem os óculos cor-de-rosa da fantasia. A ignorância não pode nutrir massas, como nos tempos de César.

O uso consciente do voto é a arma letal para fazer frente à compra de cadeira parlamentar, prática dolosa e ilícita, pois quem investe quer retorno. Ademais, a falação demagógica é cansativa e sem originalidade; salva-se como atração circense, dada a desfaçatez da flatulência verborrágica, mas há quem goste do horário eleitoral, das discussões patéticas, como “Adão tinha ou não tinha umbigo?”.

Outro caso repulsivo foram os gastos nas construções milionárias e excessivas de estádios na Copa. Contribuintes pagaram preço alto pelo evento, e poucos puderam ver os jogos, apesar da isenção de impostos conferida à FIFA e às parceiras. O Rio, maquiado, ficou mais “lindo”, mendigos deixaram o cenário e, só após o evento, retornaram ao status quo. A sociedade capitalista cria o progresso, mas também a indigência nas cidades e procura escondê-la.  

O adeus do Brasil à Copa, com um futebol medíocre, não foi imerecido. O velho clichê de “Pátria de Chuteiras, país do carnaval, afora outras toleimas, conserva mentes escravizadas pela ignorância, além da cultura de tirar proveito de tudo. Um país erige-se com educação, saúde, segurança, prosperidade econômica e uma população honesta, trabalhadora e não parasitária que não dependa de programas de inclusão social. 

Muitos “lavaram a égua” com o superfaturamento de obras e o desvio de dinheiro público. O Estádio Mané Garrincha, em Brasília, custou R$ 1,4 bilhão (valor oficial), o mais caro do mundo por assento, o qual, provavelmente, se converterá em um dos elefantes brancos. Alguns setores já estão quebrados, não por vandalismo, mas pela péssima qualidade do material utilizado, fruto de uma fiscalização hilária, se não fosse delituosa.

Além dos desmandos da Copa, a FIFA usou e abusou da plenipotência, deixando acocorado o governo. Aqui fez pousada como competente e ética, sem o ser e, ao seu modo, cantou de galo: “Quem manda aqui sou eu!”. E mandou mesmo. O seu secretário-geral, Jérôme Valcke, chegou a dizer que os brasileiros teriam de levar um chute no traseiro por causa do atraso nas obras.

No entanto, se ela cantou de galo, foi porque não a fizeram capão, nem lhe cortaram os esporões, sequer a mandaram cocoricar alto no seu poleiro.


(*) Paulo Maria de Aragão 
Advogado e professor 
Membro do Conselho Estadual da OAB-CE
Titular da Cadeira nº 37 da ACLJ

COLUNA DO VICENTE ALENCAR ED. Nº 714

PLANO DE DEMISSÃO VOLUNTÁRIA
O famoso Plano de Demissão Voluntária - PDV, que desgraçou a vida de tantos ex-servidores públicos, sendo lembrado, agora, que estamos em campanha política. Muita gente que perdeu tudo, àquela época, procura se recuperar da miséria, numa luta muito difícil. O PDV data de 2003.

MENOS DE UM POR CENTO
É muito triste trabalharmos num país que não conseguiu, este ano, crescer, pelo menos hum por cento. E ainda dizem que temos um Ministério da Fazenda funcionando.

DESEMBARGADOR FERREIRINHA
Depois da vitória do Fortaleza, por 4 a 0, diante do TREZE, de Campina Grande, na segunda-feira à noite, lembrei-me do saudoso Desembargador José Ferreira de Assis (Ferreirinha), torcedor leonino que após um triunfo assim afirmava de bom grado: "Esse Fortaleza ainda me mata de alegria". O Desembargador Ferreirinha era tio do Jornalista Wilson Ibiapina, pois irmão de sua mãe, Dona Dalva.

CAMPANHA PARA VENDER BICICLETAS
De uma hora para outra, um grupo de empresários bem sucedidos do Brasil e do Exterior de um minuto para outro descobriu um filão para grandes lucros. Lançaram, em todos os Estados, com títulos diferentes, uma Campanha de Valorização da Vida, do Verde, para as pessoas utilizarem bicicletas, em vez de qualquer outro transporte. E, como os brasileiros são crentes, em todas as campanhas, são de uma facilidade tremenda, para se deixarem convencer, acreditam, piamente, que o motivo seja este mesmo. Na verdade, $omente em 30 dias, o número de bicicletas vendidas já passou de 20 por cento. Um excelente negócio.

DEMISSÃO
E, o Ministro da Fazenda do Brasil já sabe que, não continuará no cargo, se a Presidente da República for reeleita. Por que não pede logo demissão? É muito apego ao posto. Com outras palavras, foi chamado de incompetente.




TERÇA-FEIRA EM PROSA E VERSO
Próxima edição: 14 de outubro.
Horário: 19h30min às 21h30min.
Local: Academia Cearense de Letras.
Coordenação: Margarida e Vicente Alencar.
Sua presença é fundamental.

IDOSOS
Ao "furar a fila" dos idosos você que ainda é jovem, mostra que é uma pessoa deseducada. Ao ocupar a vaga que lhe é destinada no estacionamento a mesma coisa.

BRASIL DE HOJE
Quando cursei o Primário e, estudando a História do Brasil, aprendemos que o delator era uma pessoa nociva ao país. Aí então o exemplo de Joaquim Silvério dos Reis, e o Calabar! Hoje o delator ganha benesses da Justiça. Mudamos nós ou mudou o Brasil? Para pior...

ALHOS E BUGALHOS
Nada mais ridículo e triste que a campanha dos candidatos à Presidência da República, na Televisão, em horário gratuito. Acusações de um lado e do outro. Pedradas. Vemos alhos e bugalhos.

APOSENTADOS À MARGEM
Os Aposentados do Brasil, em todas as categorias, estão à margem dos Projetos Políticos dos candidatos a Presidência da República do Brasil. Não são lembrados, em momento nenhum. Aposentado, a partir dos 70 anos, é considerado LIXO HUMANO, não vale nada para a maioria dos políticos brasileiros.

GALENO - 178 ANOS
Juvenal Galeno (da Costa e Silva), o maior poeta popular do Brasil (Prelúdios Poéticos, 1856; Lendas e Canções Populares, 1865; Canções da Escola, 1871 e Lira Cearense, 1872; entre outros trabalhos, terá aniversário dia 27 de setembro (sábado).

Ele nasceu em Fortaleza, em 1836. Serão passados 178 anos. O autor de "Cajueiro Pequenino" morreu em 7 de março, de 1931 aqui em Fortaleza.

ÂNGELO BARRETO
O historiador Ângelo Osmiro Barreto, que preside o Grupo de Estudos do Cangaço no Ceara estará, hoje, às 12 horas e 50 minutos, no Programa Antenas e Rotativas, de Cid Carvalho, na Rádio Cidade, AM 860, com a nossa presença. Será mais uma grande entrevista. Não perca.

130 ANOS
Em 18 de outubro vindouro, as comemorações dos 130 anos de nascimento do poeta Cruz Filho, nascido em 1884. A data será destacada pelo Instituto Cearense de Cultura Portuguesa. 

Segundo Príncipe dos Poetas Cearenses, José da Cruz Filho nasceu em Canindé, de morreu em Fortaleza, em 28 de agosto, de 1974, aos 90 anos.

QUARTA-FEIRA, 24 DE SETEMBRO DE 2014
FORTALEZA - CEARÁ - BRASIL
* Vicente Alencar
Presidente da União Brasileira de Trovadores - UBT Fortaleza.
1º Vice-Presidente da ALMECE - Academia de Letras dos Municípios do Estado do Ceará.
Secretário Geral da Academia Fortalezense de Letras.
Membro Titular da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, ocupante da Cadeira nº 27.

terça-feira, 23 de setembro de 2014

ARTIGO (RV)


O BLOG DO ROBERTO 
NOS FAZ FALTA
Reginaldo Vasconcelos*


Roberto Moreira, Titular da Cadeira de nº 31 da ACLJ, é um dos mais destacados jornalistas cearenses, há muitos anos um dos diretores da TV Diário, do Sistema Verdes Mares de Comunicação.

Mantinha Roberto Moreira um prestigioso blog pessoal, dentro do portal internético do complexo jornalístico do Grupo Edson Queiroz, sítio virtual de alta credibilidade, com milhares de acessos diários.

O referido Blog foi de repente suprimido do Portal Verdes Mares, desde ontem (22/09), e as redes sociais da Internet informam que a causa do sumiço desse noticioso teria sido autocensura do sistema de emissoras que o hospedava em seu domínio digital.

O programa Da Hora, da TV União, apresentado ao meio dia pelos advogados e comunicadores Alfredo Marques e Freitas Júnior, nossos confrades, fez hoje um veemente protesto contra a medida restritiva, em manifesto público de desagravo ao jornalista Roberto Moreira.

A causa da súbita despaginação do Blog do Roberto Moreira teria sido uma notícia que ele deu sobre um hipotético bate-boca ocorrido entre Ciro Gomes, Secretário da Saúde do Estado, e Camilo Santana, candidato a governador pela coligação de que fazem parte os políticos da família Ferreira Gomes.

Roberto teria suprimido a informação posteriormente, dizendo ter sido ela negada pela assessoria do Governador, que lidera o grupo político a que pertencem os supostos contendores. Mas isso não teria adiantado. Assim mesmo, o Blog foi em seguida “retirado do ar”  como se diz popularmente.

Ora, eis um exemplo de que a liberdade de imprensa é sempre relativa, em relação ao jornalista. É uma prerrogativa absoluta da empresa-veículo, que designa uma determinada linha editorial, determinando o que deve ser divulgado, e, principalmente, o que não pode sê-lo, e pune o noticiarista que se afastar desses parâmetros.

Já dizia a minha avó, “quem o alheio veste, na rua o despe”. Então, quem quiser ser independente, jornalista ou não, não pode se vincular por um contrato de trabalho. É claro que a boa ética recomenda que a área de jornalismo das empresas de comunicação tenha inteira independência dos seus demais departamentos, bem como das conveniências políticas da administração superior. Mas, é claro, essa situação idealizada é absolutamente ficcional,  e só pode ser situada no território da utopia.

Lamento profundamente o fato, e me solidarizo ao Roberto Moreira, mas, ao contrário do que fizeram os colegas Alfredo Marques e Freitas Júnior em seu programa  não resta dúvida  com a maior hombridade e a melhor das intenções, entretanto entendo não se poder protestar, nem conclamar à OAB que se insurja contra a medida da empresa que calou o seu jornalista.

Isso porque aqui não houve um ato de agente público contra o direito de expressão, como aconteceu no caso da recente ação judicial do Governador do Ceará contra uma revista, e a decisão de uma magistrada, que representa o Estado Juiz, proibindo a sua circulação.

Em última análise, o que temos no caso presente é medida de índole privada, entre o patrão e um empregado. Resta-me torcer para que o Roberto Moreira continue na empresa, somando o bom conceito corporativo desta ao prestígio jornalístico dele, nutrindo eu ainda a esperança de que o Sistema Verdes Mares reflua da decisão e restitua ao Roberto Moreira o antigo espaço no portal. 


*Reginaldo Vasconcelos
Advogado e Jornalista
Titular da Cadeira de nº 20 da ACLJ