domingo, 29 de setembro de 2019

POESIA - Poema 19.795



Poema 19.795
Alana Girão*

A dor escorre extravagante pela maçaneta da porta.
Interna-se. 

Deita afobada... e de bruços, sobre o corpo que pesa, aperta o peito até os ossos...

Na direção contrária aos passos cai, delirante e aos prantos, no fino rasgo do que outrora  apenas lágrima.

Esperneia pela sala... judia-se.

E em violento exagero desnuda-se bárbara. Covarde.
A dor extravasa... contamina as paredes e as cortinas.


O sofá, mina de tortura e medo, acolhe em voo o preço de existir.

A maçaneta, encharcada, declina. A porta escancara.
A dor, outra vez, interna-se.

As rudes trovoadas despedaçam no ar... ganham rumos desertos.

A dor livra-se da alma intacta... e perdoa.

Aos poucos... naufraga na lógica do acontecimento.
A maçaneta da porta entreaberta sobrevive em nódoa. Fecha.


CRÔNICA - Contos de Guimarães Rosa (ES)


CONTOS DE
GUIMARÃES ROSA
Edmar Santos*



De resumido, é mais ou menos assim...

Uma mulher, quatro homens e um destino de morte.

Ela de casório com o primeiro, homem simples do campo; se enrabicha pelo segundo, homem de trato militar.

Os enrabichados, na ausência do primeiro, se põem a trocar afagos na casa dela, que também é de seu marido.

O primeiro, chegando de surdina não alardeou nada, mas tramou vingança contra o segundo. Armou-se de arma de traição; já na casa do segundo e de longe, pensando que era o seu alvo que tinha atingido, viu que foi um erro, e feriu o terceiro seu irmão.

O segundo, sabendo do feito, de choro no rosto jurou vingança também.

O primeiro, por medo se jogou no mundo; o segundo do mesmo jeito, em perseguição.

De doença o segundo morreu sem poder se vingar, porém, antes do último suspiro ajudou de bom coração um quarto necessitado, que trazia um filho doente; lhe deu recurso e recebeu admiração de troco.

O primeiro, recebendo a carta de amor de sua mulher, se alegrou sabendo da morte de seu perseguidor. Se achando livre, de perfume no pescoço, se arrumou e regressou.

No caminho já de volta, o quarto encontrou o primeiro, lhe deu um tiro certeiro que por fim o matou.

Moral da história: Em Sagarana, nem a vingança de amor, nem a vingança de dor, conseguiram se sobrepor à vingança de gratidão.


ARTIGO - O Crescimento Econômico (RMR)



O CRESCIMENTO 
ECONÔMICO
Rui Martinho Rodrigues*



O Brasil foi, durante décadas, no Século XX, campeão mundial de crescimento econômico. Tínhamos um grande fluxo migratório interno, no sentido campo cidade, que favorecia o aumento da produtividade. Ainda que não qualificada, a força de trabalho alcançava maior produtividade no meio urbano.

Na cidade a escolaridade da população aumentou, o que também repercutia favoravelmente na economia. A dinâmica demográfica adicionava, a cada ano, grande número de jovens ao trabalho. A baixa esperança de vida somava, anualmente, poucos idosos dependentes de aposentadorias e pensões. Não havia tanta facilidade de investir no exterior, o que forçava corruptos a investir no Brasil.

Substituíamos importações fazendo crescer a nossa indústria. Contraíamos dívidas principalmente para fazer obras, ensejando uma classificação dos presidentes como “mestres de obras e guarda-livros”, correspondendo aos que faziam obras contraindo dívidas, tornando-se populares; e os que saneavam as finanças arcando com a impopularidade, nas palavras de Roberto de Oliveira Campos (1917 – 2001). O Estado era menos burocrático, impunha uma carga tributária muito menor que a de hoje e era o grande investidor.

A dinâmica demográfica tornou-se desfavorável. O fluxo migratório do campo para as cidades quase desapareceu. A escolaridade já não tem muito como crescer quantitativamente, restando muito o que fazer do ponto de vista qualitativo. O benefício do aumento da esperança de vida impõe o ônus crescente das aposentadorias e pensões. O número de jovens acrescentados ao trabalho é muito menor proporcionalmente à população. O Estado é maior, mais burocrático, mais caro, conta com recursos humanos mais qualificados, arrecada mais tributos e investe cada vez menos. Segue a tendência das burocracias públicas para crescer em gastos enquanto perde eficiência. Passamos a contrair dívidas para fazer gastos correntes ou previdenciários.

Há muito não temos presidente guarda-livros nem mestre de obra. A nossa capacidade de endividamento esgotou-se. Quanto mais os poderes públicos arrecadam mais se endividam. Deixamos de ser campeões do crescimento econômico e de desfrutar de baixos índices de desemprego. Padecemos do desemprego crônico e elevado. A substituição de importações chegou ao fim. A corrupção agora leva dinheiro para o exterior.

Há quem queira voltar ao tempo do Estado locomotiva do investimento. Não querem, porém, redirecionar os gastos sociais para o investimento produtivo, com as consequências que tivemos no tempo do crescimento acelerado: inflação, dívida e desigualdade social aguda. No passado não havia outra opção. Não havia tanto capital privado interno e externo e a dinâmica demográfica, encargos sociais e gastos correntes, agora são desfavoráveis.

As mesmas vozes que sonham com a volta do Estado varguista, contraindo dívidas indefinidamente, investindo e favorecendo empresários amigos a troco de propinas, condenam a desigualde econômica e social, o pagamento de juros e até do principal das dívidas que tanto querem contrair.

Trata-se de uma visão de mundo focada nos direitos sociais, na superação das desigualdades, na convicção de que os gestores do Estado são sábios e justos, farão “o que é certo” e este certo dará certo. Não importa que tal proposta, a longo e médio prazo, tenha fracassado em todas as suas experiências concretas. Acrescente-se a convicção de que o ativismo político, com a força do voluntarismo, pode concretizar os objetivos aludidos. Não importa que isso nunca tenha alcançado êxito.


CRÔNICA - A Manada - REEDIÇÃO (HE)


ADENDO ATUAL

Agora que o próprio Janot arrancou sua máscara, revelando sua horrenda fauce, pronta a estraçalhar, não só vidas, mas também reputações, leiam abaixo o que escrevi há exatos dois anos.

Após buscas e investigações minuciosas, até asquerosas, após uma inconstitucional, escandalosa e cinematográfica prisão, devidamente documentada pela mídia, o que, de concreto, se provou contra o Temer?

Continuo onde sempre estive, aguardando provas, que não se confundem com delações ou ilações. Continuo acreditando nos princípios basilares dos direitos do cidadão: presunção de inocência, amplo direito de defesa, direito ao contraditório.

Se a falta de provas é sinal de que o malfeitor, espertamente, as destruiu, no limite deveremos acreditar que a maior prova do cometimento de um crime é a mais absoluta ausência de provas!

HE

A MANADA*
Humberto Ellery**


Em maio do ano passado (2016), o Sr. José Sérgio de Oliveira Machado celebrou uma delação premiada com o Sr. Procurador Geral da República, Rodrigo Janot Monteiro de Barros.

Quando as delações vieram a público verificou-se que  Sérgio Machado, munido de um gravador, e usando de astúcia, induzira os senadores Romero Jucá, Renan Calheiros e o ex-presidente José Sarney a fazerem declarações criticando fortemente a Operação Lava-Jato.



Ficou famosa a fala do Jucá dizendo: “...é preciso estancar essa sangria”. Os três personagens disseram coisas que demonstravam um certo temor de que a operação os alcançasse masalém disso, nada tão comprometedor.

Li com muita atenção toda a degravação da denuncia, e, após muito analisar, cheguei à conclusão de que não havia nas falas dos envolvidos nenhum crime tipificado que merecesse uma denuncia formal.

No dia seguinte encontrei alguns amigos e fiz o seguinte comentário:

Essa delação prova três coisas apenas, e duas eu já sabia: que o Sérgio é desonesto e inescrupuloso confesso; novidade pra mim só mesmo  sua deslealdade, pois, nas falas do Sarney, do Jucá e do Renan não vislumbrei crime algum”.

Foi o que bastou para eu ser xingado de “defensor de bandidos”.

Em nada adiantou eu dizer que não defendia, nem defendo, esses três. O que eu defendo, enfaticamente, é a Lei. Se queremos depurar a atividade política, e retirar da vida pública os bandidos que a infestam, temos que fazê-lo sob o império da Lei. Ou nós lutamos para viver sob a força do Direito ou seremos subjugados pelo direito da Força.

Um ano depois a Polícia Federal concluiu que não havia nenhum crime tipificado contra o Sarney, o Jucá e o Renan, conforme eu dissera. Nenhum dos que me chamaram de “defensor de bandidos” veio a mim se desculpar, nem eu quero isso.

Mas o arrogante Janot, antes de pedir o arquivamento da denuncia, do alto de sua empáfia, afirmou: “Os crimes só não foram cometidos porque eu denunciei antes”. Em sua cabeça perturbada ele criou mais uma ferramenta de combate ao crime: a “Delação Preventiva”. Palmas, que ele merece!

Antes de encerrar, um breve parêntese: Embora eu aceite como válido o instituto da “Colaboração Premiada”, não consigo ter simpatia pelos “dedos-duros”, mesmo porque são todos criminosos, por definição.

Agora alguns amigos queridos me avisam que vou acabar “queimando o meu filme”, por defender o Presidente Temer. Vou repetir mais uma vez: minha preocupação é com a Constituição, com o Direito, com a presunção de inocência, até que se prove a culpa.  

Nunca afirmei que o Temer é inocente, pois estaria incorrendo no mesmo erro que combato, dos que o dizem culpado sem uma investigação que conclua pela culpa (ou inocência).

O mais próximo disso a que cheguei foi dizer que, por sua esplêndida condução na recuperação econômica do País, e sua coragem em lutar por reformas tão indispensáveis quanto impopulares, ele tem comigo um crédito de confiança. Um político desonesto não assumiria o formidável desgaste decorrente de uma política austera, voltada para o bem das gerações futuras.

Vou repetir de novo (vou acabar tendo que desenhar): se amanhã o Ministério Público provar que o Temer é corrupto, mudarei de opinião. Tranquilamente.

Mas enquanto existirem contra Temer apenas delações e ilações, que não provam absolutamente nada, como admitiu seguidas vezes o próprio Janot, prefiro acreditar num político que, até “dar um golpe” no PT, jamais teve qualquer denúncia contra si.

Até lá, não darei crédito a bandidos mentirosos  como os brothers Batistas (com Nota Oficial assumindo seu desapreço pela verdade), ou como esse tal Lúcio Funaro, que, mesmo nunca tendo visto o Temer de perto, diz que “tem certeza quase absoluta de que ouviu falarem que não sei quem me disse que, não sei onde, alguém contou que parece estar cada vez mais convencido de que é verdade”. É a nova “delação terceirizada” (royalties para o jornalista Carlos Andreazza).

A parte da imprensa que está engajada no “Projeto Fora Temer”, utilizando a máquina petista de assassinar reputações,  já arranjou até uma profissão para o picareta do Funaro: “Operador Financeiro”.

Por último: Não vou seguir “cientistas políticos”, “especialistas”, colunistas ou comentaristas, principalmente da Globo News. Sigo a minha cabeça, a minha capacidade de discernimento e até a minha intuição. Sou infenso a seguir manadas.

Como no Cântico Negro do José Régio: “Não sei por onde vou /  Não sei para onde vou / Sei que não vou por aí!


*Publicado neste Blog em 23.09.2017




COMENTÁRIO

Os textos do articulista Humberto Ellery são sempre instigantes, argutos, interessantes, trazendo teses inusitadas e argumentação imprevisível.

Do ponto de vista jornalístico, entretanto, seus enfoques pecam por serem eivados de paixão, sem a necessária isenção científica que as boas análises pressupõem, o que se percebe na adjetivação exagerada.

Tem ele, ainda, o vício de Apeles, quando, não sendo jurista, envereda por observações  tecnicamente defeituosas sobre o que venha a ser a “prova”.

Primeiro, delações premiadas, porquanto sejam apenas indícios, têm grande importância porque apontam evidências de valor probante inestimável.

Segundo, o fato do delator ser sempre um  confesso partícipe do crime não o descredencia, nem lhe tira a credibilidade, pois, já traído pela falsidade fática, a mentira não mais lhe tem utilidade, e então a verdade passa a ser a única moeda de troca de que ele dispõe para mitigar a sua pena.

Assim, o delator não é exatamente um “dedo-duro”. Ele está afogado na lama penal, e a verdade é a corda salvadora a que lhe resta recorrer. Quem ingressa no crime tem subentendido que, quando um comparsa “cai”, toda a “casa” vem abaixo. Não há ética delitiva nem solidariedade expiatória.

Por fim, o senso comum costuma entender que prova precisa ser documental, ou testemunhal, ou confessional. Não. Existe a “prova lógico-formal”.

Por exemplo, ninguém precisa de testemunha, nem de uma gravação de vídeo, nem de exame de DNA, para provar que houve adultério, se a mulher engravidou quando o marido, por mais de nove meses, esteve ausente.

Por outra, não se precisa de prova material, como de registros cartorários, para concluir ser desonesto alguém de renda modesta que ostente a posse e o domínio pleno de um vultoso patrimônio, que, de resto, não tenha herdado e nem tenha ele acertado a Mega Sena.

Reginaldo Vasconcelos

sábado, 28 de setembro de 2019

NOTA SOCIAL - 49ª Edição da Solenidade de Outorga do Troféu Sereia de Ouro


49ª EDIÇÃO
DA SOLENIDADE DE
OUTORGA DO TROFÉU
SEREIA DE OURO

Transcorreu na noite de ontem (27.09.2019), no Teatro José de Alencar, em Fortaleza, a entrega do Troféu Sereia de Ouro deste ano, concedida a quatro novas personalidades cearenses, desta vez o artesão Espedido Seleiro, o médico Sulivan Mota, o cientista Fernando de Mendonça e a desembargadora Iracema do Vale.        


Trata-se aqui da maior comenda outorgada no Estado, instituída pelo Chanceler Edson Queiroz há 49 anos, mantida por sua viúva, a saudosa Dona Yolanda Queiroz, e continuada agora por suas filhas, Renata, Paula e Lenise, e por seus netos Abelardo Rocha, Edson Neto e Igor Barroso, herdeiros do Grupo empresarial que ele fundou.





A solenidade de entrega do Troféu Sereia de Ouro é hoje um dos mais importantes itens do calendário social de Fortaleza, distinguindo a cada ano quatro cearenses que estejam brilhando em qualquer área de atividade, notadamente nas artes, nas ciências, na Justiça, na benemerência, na liderança de instituições corporativas.


A Academia Cearense de Literatura e Jornalismo (ACLJ) esteve presente nas pessoas de seu Presidente, Reginaldo Vasconcelos, e dos acadêmicos Alana Girão e Júlio Soares, além dos confrades Cândido Albuquerque, Marcos André Borges, Sávio Queiroz Costa, Djalma Pinto, Totonho Laprovitera, Paulo César Norões e Wilson Ibiapina – além dos Beneméritos José Augusto Bezerra, Ubiratan Aguiar, Beto Studart, Paula Queiroz Frota, Igor Barroso, Sílvio Frota e Edson Queiroz Neto. 






      


ARTIGO - Rodrigo Janot - Dois Desatinos (RV)


RODRIGO JANOT
DOIS DESATINOS
Reginaldo Vasconcelos*



Parece mesmo insano Rodrigo Janot, até muito recentemente Procurador-Geral da República, ao revelar na imprensa que penetrou armado no plenário do Supremo Tribunal Federal, lucubrando matar o Ministro Gilmar Mendes, para em seguida suicidar-se. 

Não me estranha o fato que ele narra, pois premido por indignação extrema, eventualmente compelido ao campo da honra, não é raro que um homem de bem tenha ganas de cometer um desatino e se prepare para tal – e que, por fim, não chegue a cumprir o desiderato funesto, arrependendo-se eficazmente do intento e se abstendo. 

O grande poeta e jornalista cearense, que também era advogado, Jader de Carvalho (1901-1985), em verso do seu mais famoso poema, “Terra Bárbara”, diz liricamente ser passível de tomar medida extrema contra o poderoso que o resolvesse vilipendiar e humilhar. 

Se o homem é bom, eu respeito; se gosta de mim, morro por ele. Mas se porque é forte entendesse de humilhar-me... Ah! Sertão! Eu viveria o teu drama selvagem. Eu te acordaria ao tropel do meu cavalo errante como antes te acordava ao choro da viola”.   

Mas o meu pasmo ante o caso atual está no fato de que, sendo Janot um operador do Direito “chapa branca” do mais alto coturno, tenha ele confessado um evento tão grave e tão recente, declinando a motivação de sua sanha, o local do presuntivo cometimento do ato, e o nome de sua vítima pretendida – por seu turno, uma importante figura da República, ainda viva e ativa.

Ademais, a causa pela qual Janot diz pretendeu matar e morrer não era tão grave que justificasse essa atitude tresloucada – pois a ofensa se constituiu numa troca de acusações de que parentes de cada qual advogasse para empresas envolvidas em escândalos – algo sem grande importância moral e facilmente refutável, enfim, sem potencial para desmoralizar quem quer que fosse no campo pessoal.

Sim, eu mesmo, ao longo da vida, encontrei desafetos tão odientos e renhidos que me despertaram os “instintos mais primitivos” – parafraseando o ex-deputado Roberto Jefferson – e por mais de uma vez me preparei para o confronto desmedido. Nunca cheguei a um desfecho trágico porque tive a sorte de jamais ter defrontado um valente intimorato que peitasse as consequências – alguns deles até se convertendo depois em meus amigos.

Agora Janot vai purgar os dissabores de sua narrativa torpe, experimentando a ira daquele que diz pretendeu matar. Ele não leu o general Sun Tzu, e se o fez não assimilou a arte da guerra. Quis matar alguém, não o fez, e agora abriu o flanco para que o inimigo destrua moralmente a sua vida. Que Deus se apiade de sua alma e o perdoe, pelo que ele quis fazer contra outrem e terminou fazendo contra si mesmo.


   

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

NOTA SOCIAL - Lúcio Homenageia Virgílio



LÚCIO
HOMENAGEIA
VIRGÍLIO


O Instituto do Ceará (Histórico, Geográfico e Antropológico), sob a presidência do Dr. Lúcio Gonçalo de Alcântara, promoveu, na noite desta terça-feira (24.09.19), uma grande homenagem à memória do ex-governador Virgílio Távora (VT).



Virgílio Távora foi um dos maiores políticos que o Ceará já produziu, pela grande probidade e pela gestão excepcionalmente operosa que realizou no Governo do Estado, por duas legislaturas. No dia 29 deste mês de setembro ele completaria cem anos de idade.



A solenidade teve início com uma longa dissertação do professor José Filomeno de Moraes, falando sobre o maior político cearense do Século XX, narrando a história de sua vida desde a infância, descendo a detalhes sobre os muitos cargos que exerceu na política nacional.


A sessão se realizou no Auditório Thomaz Pompeu Sobrinho do Palacete Jeremias Arruda, sede do Instituto, e ao final foi lançado o livro “Virgílio Távora e sua Época”, publicação do saudoso ex-deputado federal Marcelo Linhares.



As comemorações do centenário de VT continuam nesta quarta-feira, com missa na Paróquia da Paz às 19:00h, e nesta quinta-feira (26), com a entrega da medalha que leva o nome de Virgílio Távora ao ex-deputado, escritor e historiador César Barreto, na Assembleia Legislativa.


A homenagem foi recebida por Tereza Távora Ximenes (com Dr. Lúcio na imagem), filha única de Virgílio e Luíza Távora – que foi uma das mais atuantes Primeiras-Damas que o Estado conheceu.



A ACLJ esteve presente nas pessoas de seu Presidente, Reginaldo Vasconcelos, do Maestro Poti Fontenele, que capitaneou a ilustração musical do evento (juntos na imagem), e por seu Secretário-Geral, Jornalista Vicente Alencar.

Presentes ainda três Membros Beneméritos da ACLJ. Além do próprio Dr. Lúcio Alcântara, o grande anfitrião –  o bibliófilo José Augusto Bezerra e o Ministro Ubiratan Aguiar, que na imagem está ladeado pela Sra. Tereza Távora Ximenes e por Dona Terezita, sua mulher.