quarta-feira, 30 de maio de 2018

ARTIGO - Deus é Justo (RV)

DEUS É JUSTO
Reginaldo Vasconcelos*


O ator global Herson Capri Freire, que se curou de um câncer de pulmão, em 1999, em virtude do diagnóstico precoce, diz que Jesus Cristo o salvou – literalmente.

Herson fora convidado para representar o Divino Nazareno, no auto da Semana Santa daquele ano, no grande teatro campal de Nova Jerusalém, em Pernambuco.

Então o ator se submeteu aos exames de saúde rotineiramente exigidos dos que vão atuar naquele evento anual, que exige grandes esforços físicos dos atores – e ele então já contava mais de 50 anos.

Os procedimentos médicos detectaram o tumor incipiente, que então foi extirpado, garantindo-lhe mais 50 anos de vida, assim a sorte lhe permita. Resta então comprovado que Jesus 0 salvou, digo eu, pessoalmente.

O empresário cearense Beto Studart, atual Presidente da Federação das Indústrias do Estado, Membro Benemérito da ACLJ, passou por provação semelhante, embora sem esses contornos teatrais que aquele ator protagonizou.

Câncer de pulmão diagnosticado, Beto Studart, com a tranquilidade dos justos, chamou um grande especialista local e foram ambos a São Paulo fazer uma vídeo-laparoscopia e eliminaram todo o mal. 

Biopsias feitas, escaneamento geral, nenhuma metástase. Vida que segue. A imagem abaixo é de hoje, evidenciando que Beto Studart está pleno de saúde e bem-estar.

Deus existe, e por definição de sua existência Ele é justo, e como tal é confiável. Beto é gente do bem, não perdeu a fé, conversou baixinho com o Supremo Arquiteto do Universo, e recebeu a garantia espiritual prévia de que a sua missão continuaria.

Penso que as provações acontecem para aprimorar o caráter dos justos. São polimentos que Deus providencia no ouro do caráter, forjado na alma, apenas para evitar o azinhavre e para que a virtude brilhe e resplandeça ainda mais.

Da nossa ACLJ nós elevamos preces no sentido de que tudo ocorresse da maneira mais feliz para o nosso Benemérito, até porque o Ceará já perdeu dois de seus grandes empresários há dois anos, Yolanda Queiroz e Ivens Dias Branco, no espaço de uma semana, e no ano seguinte o Chanceler Airton Queiroz, três importantes confrades da nossa casta de mecenas. 

Ademais, durante este mês de maio que ora se encerra, parece que os Céus estavam propensos a comover os acadêmicos, pois logo no dia 02 levou Dona Mazé, mãe do confrade Alfredo Marques, no dia 03 fez a passagem a genitora do Ministro Ubiratan Aguiar, Dona Liquinha.  

Aos 21 dias do mês lá se foi Dona Estefânia de repente, a minha própria mãe, que estivera conosco, bela e formosa, no Palácio da Luz, na Assembleia Aniversária da ACLJ, no dia 04, em que as outras duas foram homenageadas com um minuto de silêncio. Alguma tristeza. Mágoa nenhuma.

Pelo contrário, damos todos Graças a Deus pela boa sorte do Beto, a quem Deus apenas quis demonstrar a Sua estima divina, e lembrar-lhe de quão importante é a sua missão aqui na terra, imantando a sua família e os seus amigos, amalgamando afetos e descortinando grandes confortos filosóficos.  

Aquelas três senhoras, que foram felizes na sua vida longa, todas viúvas de amadíssimos maridos, foram todas convocadas para junto deles no Reino Celeste, não por acaso no mês de Maria, mês das noivas, mês das mães, apenas para nos sinalizar e nos convencer da sua glória.


          

terça-feira, 29 de maio de 2018

NOTA JORNALÍSTICA - A SOCER Presta Homenagem a Paulo Aragão


A SOCIEDADE
CEARENSE DE CIDADANIA
PRESTA GRANDE HOMENAGEM
A PAULO MARIA DE ARAGÃO



Transcorreu na noite de ontem (28.05.18), no Teatro Chico Anysio, na Av. da Universidade, em Fortaleza, a solenidade de relançamento do livro “Rua Carapinima – Ecos e Ícones”, do professor, jornalista e advogado Paulo Maria de Aragão, falecido em 1º de dezembro de 2015, Membro Titular Fundador da ACLJ.

O evento, muito concorrido, foi providencialmente marcado para a data do aniversário de nascimento do saudoso autor da obra, e foi capitaneado pela sua irmã, a qual o sucedeu na ACLJ, a Profa Dra Luciara Silveira de Aragão e Frota, acolitada por sua filha Desirée.  

Organizado pela Sociedade Cearense de Cidadania (SOCER), o relançamento do livro teve caráter simbólico, tendo em vista que a presença do autor era virtual, enquanto praticamente todos os convidados, dentre seus muitos amigos e parentes, já possuem o seu precioso exemplar autografado, desde o lançamento original, ocorrido em dezembro de 2011.



Ao longo da belíssima cerimônia a SOCER outorgou a Comenda Dom Helder Câmara ao pianista Amauri de Paula Pessoa, o Colar de Mérito Institucional à Dra. Carolina Martins de Aragão, e a Medalha de Ética Paulo Maria de Aragão a doze personalidades cearenses.

Receberam a láurea o Procurador Jacinês Luz, o Prof. Fco. Soares, a Desembargadora Gisela Costa, o Dr. Gustavo Regis Vasques, o Fotógrafo Leonardo Henriques, o Prof. Manuel Arruda, o General Manoel Theóphilo, a Dra. Neide Galhardi, o Dr. Marcílio de Amorim, o Radialista Tom Barros, o Advogado e Jornalista Reginaldo Vasconcelos e o Comendador Nonato de Castro, o qual encerrou a solenidade falando pelos homenageados.




Reginaldo Vasconcelos, que recebeu a Medalha de Ética Paulo Maria de Aragão da Prof. Dra. Aleuda Fernandes, quebrando o protocolo requereu o microfone ao Mestre de Cerimônia (o humorista Jáder Soares, o Zebrinha, um dos diretores daquele teatro), tomando a palavra para dividir o laurel com os demais integrantes da ACLJ, confraria que preside, nominando a comissão de confrades ali presentes, representando toda a sua quadratura social. 

Foram citados o Prof. Dr. Rui Martinho Rodrigues, o Jornalista Vicente Alencar, o Poeta Paulo Ximenes  e especialmente o Advogado Adriano Vasconcelos, "padrinho acadêmico" de Paulo Aragão, e o Jornalista Arnaldo Santos, que propôs a aclamação do nome de Luciara Aragão e Frota para a sucessão do irmão na Cadeira de nº 37 da ACLJ, patroneada por Rodolfo Espíndola. 

A aclamação de Luciara ocorreu durante a Sessão da Saudade em que a Academia prestou a tradicional homenagem póstuma a Paulo Aragão, em 19 de dezembro de 2015 – quando foi descerrado o retrato pictórico dele, obra de arte pintada em óleo sobre tela pelo artista plástico Messias Batalha, a qual foi exibida ontem, em destaque, no cenário do teatro.



  

domingo, 27 de maio de 2018

CONVITE - Sociedade Cearense de Cidadania




ARTIGO - O Mar se Revolta (RMR)



O MAR SE REVOLTA
Rui Martinho Rodrigues*



Deixamos de ser o “país do futuro”, para sermos o país sem-futuro. Temos péssimos governos, mas queremos mais Estado. Pagamos muitos tributos e não recebemos serviços públicos de qualidade – mas confiamos na estatização e desconfiamos da iniciativa privada, a quem culpamos pelo péssimo uso que o Estado faz da montanha de dinheiro da pesada carga tributária.

O resultado disso é que quanto mais pagamos tributos mais o Estado se afoga em dívidas, sem que tal endividamento seja fruto da prestação de serviços ou de investimentos. Temos um milagre reverso: não investimos, não desfrutamos de bons serviços e temos uma enorme dívida.

O drama do momento é o impasse dos serviços de transportes rodoviários. Temos péssimas estradas. A Petrobras, destruída por anos de irresponsabilidade, precisa fazer caixa apressadamente e a todo custo. Os Estados Federados e a União não podem abrir mão de tributos, porque estão falidos. Os caminhoneiros foram atraídos para a armadilha da renovação da frota, mediante o oferecimento de crédito, fácil de obter e difícil de pagar. Veio a recessão e diminuiu a demanda por carga, desequilibrando o negócio de transporte rodoviário, e desestabilizando tantos outros negócios.

Era pouco para termos a tempestade perfeita: veio a alta do petróleo e do dólar. No meio de tudo isso temos uma enorme crise política, um deserto de líderes, completa ausência de partidos que mereçam este nome, e a fragmentação crescente de siglas partidárias, dificultando a governabilidade, já comprometida pela desmoralização dos Poderes da República, em razão dos escândalos injuriosos, bastantes para causar rubor na face do Macunaíma. Não seria preciso mais nada. Mas tem mais: estamos em um ano eleitoral.

A democracia não tem instrumentos de defesa contra a maioria. O comprometimento de todos os Poderes nos deixa desesperançados. Salvadores da pátria não passam de promessa de mais crise. Escolas e imprensa, aparelhadas, só atiçam a fogueira da irracionalidade, estimulando a luta por mais governo ineficiente e por menos iniciativas eficientes dos cidadãos. 

O provérbio segundo o qual a visão do patíbulo clarifica a mente não se confirma entre nós. A matança no trânsito não torna os nossos motoristas mais prudentes. A revolta da sociedade não comove a classe política. Nas estradas, temos tempestade comparável a um mar revolto. A classe política, porém, permanece cega. As ondas se erguem e a reação da sociedade parece dizer: “Senhor, salva-nos que perecemos”, à semelhança da narrativa de Mateus 8; 23-27.


sábado, 26 de maio de 2018

ARTIGO - Nós Não Merecemos o Brasil (RV)


NÓS NÃO
MERECEMOS
O BRASIL
Reginaldo Vasconcelos*


Nós quem, cara pálida? Todos nós, das cinco atuais gerações, e desde os colonizadores, nossos ascendentes portugueses.

Desde quando maltratamos os índios, que não foram bem civilizados – inclusive para assumir o novel mercado de trabalho que o descobrimento lhes abria, pois antes foram tratados como reles gentios – catequizados, vilipendiados, estuprados, desaldeados, espoliados, escravizados, relegados à marginalidade cultural e à indigência absoluta.

E de quando resolvemos traficar africanos infelizes, para serem ainda mais infelizes entre nós, sob a submissão do cativeiro e da chibata – e depois lhes brindarmos com a liberdade civil, sem qualquer respaldo da estrutura social, abandonando-os à miséria e empurrando-os para a marginalidade.

E depois, de quando deixamos de ser uma das potências do mundo da época, pertencente ao seleto e glorioso clube das monarquias parlamentaristas, que até hoje subsistem e prosperam, para, de forma quixotesca, proclamarmos a república, e depois confirmarmos a nossa desgraça no plebiscito de 1993.

Em 1889, tornamo-nos um arremedo de democracia e uma caricatura mal desenhada dos exitosos irmãos do Norte, constituindo-nos numa “republiqueta de bananas”, que vem de déu em déu entre golpes de estado, escândalos financeiros e falências públicas, elegendo um sujeito qualquer para brincar de rei com o povo brasileiro, por um variável período de, em média, meia dúzia de anos.  

Nós, que votamos em um sandeu como Jânio Quadros, e que fomos repetir a dose com Fernando Collor, não sem antes construirmos uma “ilha da fantasia” no centro do território, abandonando a bela Capital Federal de então, que era a Cidade Maravilhosa de fato, e hoje é o epicentro nacional da criminalidade, da corrupção e da vergonha.

Na sequência, entregamos o País a outros falsos “salvadores da pátria”, os quais deixaram a Nação em frangalhos, e que continuam representados no Poder, em pleno exercício da demagogia, dando show de ineficiência, a promover a desmoralização do povo e o desmantelamento do Estado Nacional.

Enfim, sob Juscelino Kubistchek desativamos a malha ferroviária, que merecia ser mantida, zelada e ampliada pela nossa superfície continental, e, sob Lula da Silva e caterva, nós quebramos a Petrobrás – e agora não sabemos o que fazer para transportar a nossa vida pelo caríssimo modal rodoviário. E agora, José?

Contristado, encerro o artigo de forma melancólica, com uma sentença shakespeariana: “A culpa não está nas estrelas, mas ela está dentro de nós”.


NOTA JORNALÍSTICA - Solenidade da SCC


SOLENIDADE DA
SOCIEDADE CEARENSE
DE CIDADANIA
  
A Profa. Dra. Luciara Aragão, que é Membro Titular da ACLJ, e que pertence à Sociedade Cearense de Cidadania, organiza uma bela solenidade, que terá lugar no Teatro Chico Anysio, na noite do próximo dia 28 de maio (próxima segunda-feira) para o relançamento de uma das obras do seu saudoso irmão Paulo Maria de Aragão, o nosso confrade a quem ela sucedeu.

Por ocasião do relançamento do livro "Rua Carapinima –Ecos e Ícones", do professor, advogado e jornalista Paulo Aragão, a Sociedade Cearense de Cidadania outorgará, a diversas personalidades locais, a Comenda Dom Helder Câmara, o Colar do Mérito Institucional e a Medalha de Ética Paulo Maria de Aragão. Dentre os agraciados, o atual presidente da ACLJ, Reginaldo Vasconcelos. Maiores detalhes estão no convite abaixo.





























sexta-feira, 25 de maio de 2018

NOTA ACADÊMICA - Parceria da ACED com a CDL (RVR)


A Academia
Cearense de Direito
comemora parceria
com a CDL Fortaleza
Roberto Victor Ribeiro*


A Academia Cearense de Direito em visita de cortesia a CDL Fortaleza encetou parceria entre as duas instituições. 

O Presidente Roberto Victor, da Academia Cearense de Direito, ressalta que "é mais um movimento importante para a instituição e a demonstração límpida de que a sociedade cearense e brasileira confia nos rumos e nos objetivos da Academia Cearense de Direito". 

Na ocasião foi comunicado ao Presidente da CDL, Assis Cavalcante, Advogado com ampla atuação, de sua indicação para ser Acadêmico-Honorário da Academia Cearense de Direito. 

A parceria entre as duas entidades será consignada através de termo de cooperação e visará no auxílio das informações jurídicas aos associados da entidade do comércio lojista fortalezense.


Na foto: José Valdo Silva, Diretor de Cultura da ACED, Assis Cavalcante, Presidente da CDL e Roberto Victor, Presidente da ACED .



segunda-feira, 21 de maio de 2018

ARTIGO - Presunção de Inocência (HE)

PRESUNÇÃO
DE
INOCÊNCIA
Humberto Ellery*



Escrevi um texto baseado em fatos já do domínio público, em que procurei demonstrar que os persecutores do Presidente Temer têm utilizado meios espúrios e indecentes para tentar derrubá-lo da Presidência.

É evidente que, para embasar meus argumentos, faço, en passant, uma defesa de seu governo (aliás, desafio os adeptos do “Fora Temer” a lerem primeiramente e, em seguida, apontarem uma pequena impropriedade que seja no texto “Dois anos de avanço”, escrito pelo Presidente Temer e publicado na Folha de São Paulo no dia 15 de maio).

Mas o meu arrazoado não era propriamente uma defesa de Temer, era apenas, repito, um libelo contra alguns integrantes do MPF e do STF que, de forma desonesta, falaciosa e vil, perseguem tenazmente o Presidente, para inviabilizar, ou mesmo para atrapalhar seu governo que, apesar de todos os percalços, se afigura o melhor que o País conheceu desde a redemocratização. Aceito debater essa afirmação e as comparações daí decorrentes.

O meu querido amigo e cunhado Reginaldo Vasconcelos, Presidente da nossa Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, anexou um comentário àquele referido artigo, no qual, de alguma maneira, demonstra uma quase total discordância dos meus argumentos.

À guisa de tréplica, eu pergunto: Se é verdade que “o PT e o PMDB foram os principais parceiros no assalto ao erário, quando as grandes estatais foram assaltadas, principalmente a Petrobras”, por qual razão o Presidente Temer, logo nos seus primeiros dias, ainda no exercício interino do cargo, “passou” a Lei das Estatais, visando dar-lhes governanças livres de influências nefastas, e a implantação de ações de compliance; e na Petrobras, por exemplo, colocou o Pedro Parente? Fosse o ladrão que a frase sugere teria nomeado outro Gabrielli, ou outro Bendine.

Vejamos os cargos sensíveis, que envolvem a gestão de recursos vultosos, como o Ministério da Fazenda, o Banco Central, o BNDES, o Tesouro Nacional, as diversas outras estatais, em que só colocou gente digna e honrada, tal sorte que a empresa de Correios, que estava completamente quebrada, voltou a dar lucros, mercê de administrações sérias e comprometidas com um Brasil melhor. Por essas nomeações, e pela Lei do Teto de Gastos, resolvi dar um crédito de confiança ao Presidente Temer, e não me arrependo. 

As afirmações de que o “PMDB, para disfarçar”, após os delitos voltou a ser MDB, “irmão-siamês do PT, ocupando a Vice-Presidência”, demonstra apenas a pouca vivência do comentarista nas lides partidárias, meio em que não existe nada que se assemelhe a uma “irmandade”, pois ali ocorre apenas divisão de funções de governo; e ainda um conhecimento nulo da história do MDB, o quanto lutou para não ser obrigado a usar o P, e o quanto perseguiu voltar a ter seu nome original.

Há uma frase do comentário com a qual concordo inteiramente, máxime por causa do trocadilho, que tem tudo a ver: “...defender o Michel Temer, diante desse quadro, é muito temerário”. Realmente, diferentemente do JK, Deus não me poupou do sentimento do medo; eu sou normal, diante do perigo eu sinto medo, mas meu maior medo é o de acovardar-me diante de uma situação de alto risco.

Porém, um ensinamento de meu pai – que nunca saiu de perto de mim, mesmo já estando na Glória de Deus – me diz que perante alguém que está sendo acusado de um crime e se declara inocente, nós temos duas alternativas somente: acreditar em sua inocência e ajudá-lo, ou juntar-nos aos acusadores e pedir sua condenação.

Se eu acreditar na inocência de Temer, defendê-lo, e mais tarde se comprovar que ele é culpado, vou sentir a dor de ter sido traído. Doerá muito. No entanto, se juntar-me aos acusadores, condená-lo, e mais tarde se comprovar sua inocência, vou sentir a dor de ter traído a mim próprio, e às minhas convicções cristãs. Doerá muito mais!

Nesses ensinamentos, filosófico-cristãos, talvez os legisladores tenham ido buscar os grandes pilares do Direito, que são a presunção de inocência, o direito à ampla defesa, o devido processo legal, os tribunais recursais, o princípio de in dubio pro reo.

Em continuação, em dois parágrafos longos, que vou abreviar mantendo seu conteúdo, o Reginaldo afirma: “...embora contra ele mesmo, por mais que os persecutores penais se  tenham contorcido, nada tenham conseguido provar até agora”. O Rodrigo Janot, inclusive, mesmo após apresentar duas denúncias contra o Presidente Temer, admitiu cinicamente que não tinha provas contra ele.

Pois é, sem provas eu só acredito na existência de Deus, credo quia absurdum (Santo Agostinho). E prossegue o Reginaldo “...como acontece com todos os líderes que delinquem por mãos de terceiros e se cercam de cuidados para não deixar nas armas (...) suas próprias digitais”. Esse argumento, no limite, vai criar uma nova jurisprudência, de que a maior prova do cometimento de um crime é a absoluta falta de provas!

O meu caro amigo Reginaldo (que meu pai insistia em chamar Kerginaldo), embora pareça estar acreditando no alarido da turma do “Fora Temer”, piscou o olho para a sua inocência, ao admitir que “...ele se esforça de fato para reduzir os malefícios causados ao País...”. Menos mau. Ele observou também que: “...mais grave ainda ficar fazendo todo o possível para atrapalhar a restauração da ordem, torcendo pelo ‘quanto pior melhor’, apenas para prejudicar o Presidente Temer, sem considerar os malefícios que isso traz para o País”.

O meu caro amigo viu o problema, mas não captou seu significado em toda a sua inteireza. Na verdade eles sabem, eles têm consciência do mal que estão causando ao País. Esse é o seu objetivo, inviabilizar a recuperação do Brasil que o Presidente Temer persegue com denodo.

Querem destruir a classe política para afastar, pelo medo do opróbrio, os poucos homens de bem que ainda persistem em fazer Política, assim mesmo com "P" maiúsculo. Eles querem a volta dos bandidos, estes sim, embora alguns já estejam presos, ainda estão vivos, muito vivos.

Por esta razão os combato, por esta razão, cheio de indignação, repito o grito de Tancredo: Canalhas! Canalhas! Canalhas!




COMENTÁRIO

Eu disse expressamente no meu comentário anterior, objeto dessa réplica, que não defendi o “Fora Temer”, porque sempre considerei ser mais proativo para a Nação deixa-lo cumprir o seu mandato-tampão, para somente depois responder pelas acusações que se lhe fazem.

Referi aos ressentidos do PT que perseguem o seu ex-vice-presidente, culpando-o injustamente pelo impeachment e pela desgraça do partido – e desde sempre tenho sido crítico daquela operação mal explicada entre Janot, Miller e irmãos Batistas.   

Por fim, aplaudi a heroica e quixotesca perseverança do articulista, meu prezadíssimo Humberto Ellery, na defesa de alguém que manteve em seu governo gente que, agindo no seu próprio interesse,  tentava constranger um outro Ministro a autorizar a retomada de uma obra embargada por irregularidade ambiental. E continuou à frente da Pasta.

Esse mesmo áulico presidencial foi depois flagrado escondendo 50 milhões de reais em dinheiro vivo, “batom na cueca” indefensável – e este é apenas um, dentre outros calhordas a quem o Temer bridou com um silêncio complacente – sem embargo de ter realmente feito as boas indicações e as boas ações de que sabemos. 

Uma coisa é uma coisa; outra coisa é outra coisa.  De minha parte, procuro observar o quadro político, para analisá-lo e opinar sobre ele, na posição de um magistrado, que considera os prós e os contras. Não posso me postar como advogado de defesa, nem de acusação – de quem quer que seja  que estes são naturalmente parciais.   

É claro que se um assessor de um Presidente probo é filmando recebendo uma mala de propina – e bota batom nisso! – caberia ao seu chefe se empenhar pessoalmente no esclarecimento dos fatos, associando-se à PF e ao MP, investindo contra aquele que lhe teria traído a confiança, em nome da moralidade pública e de sua própria isenção (eu faria assim), ao invés de se manter indiferente, como se aquilo não lhe dissesse respeito.

Também não se precisa conhecer profundamente a história de um partido político para notar e estranhar que grande parte de seus principais paredros estejam efetivamente envolvidos em corrupção, respondendo a dezenas de inquéritos, processos, condenações. Fica dificíl concluir afinal que – coitados – são todos vítimas de perseguição dos mais respeitáveis estamentos judiciários federais – todos estes determinados a prejudicar inocentes e a destruir reputações ilibadas – não se sabe com que desiderato. Não caio nessa.

Reginaldo Vasconcelos
       

sábado, 19 de maio de 2018

NOTA JORNALÍSTICA - Associação Brasileira de Jornalistas Poetas (VA)


ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA
DE 
JORNALISTAS POETAS

Fundada em 10 de Junho de 2004
Fortaleza Ceará Brasil
“Nossos valores pra todo o mundo”

Sexta-feira, 18 de Maio de 2018

Nossos Cumprimentos a grandes Nomes da nossa Imprensa Cearense todos eles donos de uma Folha de Serviços prestados ao Rádio, TV e Jornal:

Hélio Rocha Lima – Joseoly Moreira – Barroso  Damasceno – Vicente Alencar – Carlos Alberto Farias – Silvio Carlos – Karla Peixoto – Augusto Oliveira – Aderson Maia Nogueira – Raimundo Ximenes (95 anos) – Meton Maia e Silva (98 anos) – José Carlos Araújo – Wellington Alves – Linhares Filho – Hélio Passos – Wildo Celestino – Aderbal Bezerra – Tarcísio Santos – Silvio dos Santos Filho – Reginaldo Vasconcelos – Lúcio Rogério – Ângelo Osmiro Barreto – Colombo Sá – Paulo Tadeu – José Flávio Teixeira – Paulo Martins – Laerte Bezerra

ATENÇÃO!

DIA 8 DE AGOSTO DE 2018 – O grande dia da Cultura do Ceará, ás 19 horas no Teatro José de Alencar. Participe. Uma promoção do Colégio de Presidentes de Academias e Entidades Culturais do Ceará.


DIVULGUE OS AUTORES CEARENSES

Alguns nomes:

Mauricio Cabral Benevides – Zinah Alexandrino – Daniel Carneiro Job + – Edgar de Alencar + – Eduilton Girão – Antonio de Albuquerque Sousa Filho – Fausto de Albuquerque – Padre Azarias Sobreira – José Alves Fernandes + – Sinésio Cabral + – Giselda Medeiros – Neide Azevedo Lopes – Ana Paula Medeiros – Zenaide Marçal – Margarida Alencar – Révia Herculano – Geraldo Bezerra – João Soares Lobo – Sérgio Gomes de Matos – Vianney Mesquita – J. Udine – Arlene Portelada – Sonia Nogueira – Clara Leda – Eduardo Campos + – José Bonifácio Câmara + – Maria Luísa Bomfim – José Luciano Sidney Marques – Argentina Andrade – Gutemberg Andrade – Silvio Carlos – Paulo Portela – Carlos Augusto Viana – Lúcio Brasileiro – Vicente Alencar – Eduardo Campos (Manuelito Eduardo) – José Olímpio de S. Araújo – M. Murilo de Araújo – Francisco José Costa Eleutério – Paulo Ferreira – Francinete Azevedo – Vicente Teixeira –  Eurípedes Maia Chaves – Luciano Klein Filho –  Rosemir Espindola –  Rodolfo Espínola + – Assis Almeida – Maria Odele de Paula Pessoa – Virgílio Maia – Ernani Rocha Machado – Vanessa Gomes de Moraes – Nelzemar Gomes de Morais – José Maria Chaves – Herculano Verçosa – José Telles + – João Soares – Fernanda Quinderé – Lúcio Alcântara – Aurila Carneiro – Régis Frota – Célia Oliveira –Beatriz Alcântara – Ângelo Osmiro Barreto – Osmirio Barreto – Regine Limaverde – Adelaide Daltro Barreto – Marília Medeiros Coelho – Joaquim Parente – Zenith Feitosa + – Neide Freire + – R. B. Sotero – Padre Fred Solon  + – Artur Eduardo Benevides + – Hermínia Lima – Aíla Sampaio – Jefferson Albuquerque + – Raimundo Nonato Ximenes – Gonzaga Mota – Meton Maia e Silva – João César Freitas Pinheiro – Filgueira Sampaio + – Filgueiras Lima + – Maria de Fatima Lemos Candido – Linda Lemos – Leonardo Mota + – Gustavo Barroso + – Mozart Soriano Aderaldo – Paulo Ximenes – Reginaldo Vasconcelos – Rui Martinho – Arnaldo Santos – Ubiratan Aguiar – Celma Prata (Com C) – Barros Alves – Domingos Gusmão de Lima + – Rogaciano Leite Filho + – Eduardo Fontes – Natalico Barroso – Rita de Cassia Araujo – Cybele Pontes – Anamaria Nascimento – Artemiza Correia – Nicodemos Napoleão – Tereza Porto – Clodoaldo Pinto + – Batista de Lima – Francisco José Pessoa de Andrade Reis – Ednilo Soares – Paulo Martins – Roberto Ribeiro – Francisco de Andrade Barroso + – Padre F. Sadoc de Araújo – João Gomes da Silveira – Valdemar Alves – Silas Falcão – Francisco Lima freitas +
– Márcio Catunda – Vital Bizarria + – J. Ciro Saraiva +
e muitos outros.



ARTIGO - Cadê a Coragem? (HE)



CADÊ CORAGEM?
Humberto Ellery*



No início de 2017, Rodrigo Janot começou a “mexer os pauzinhos” para ser re-re-conduzido ao cargo de Procurador Geral do Ministério Público Federal.

O Presidente Temer então o chamou ao Palácio do Planalto (dentro da agenda oficial – viu, Andréia Sadi?) e, educadamente, de forma clara e direta, lhe disse que ele não teria o terceiro mandato. Era hora de renovação. Foi o segundo grande erro do Presidente Temer: ser franco, jogar limpo e honestamente com um canalha, mestre da dissimulação, traição e jogo sujo.

O primeiro erro foi cometido ao derrubar da Presidência da Republica uma “mulher honrada” (segundo FHC), que “não cometeu crime algum” (segundo a Gleisi Hoffman) e eleita com mais de 54 milhões de votos (segundo atestou o TSE, na mais fraudada eleição da História).

Por conta desse “golpe democrático institucional”, Temer levantou contra si a gigantesca “máquina petista de assassinar reputações” (segundo Romeu Tuma Jr.), que começou a mover suas enormes e sujas engrenagens para destruí-lo.

Para isso contam com o apoio diário da imprensa lulista, da Universidade marxista, dos artistas  petistas (que não perdoam o Temer por ter implantado uma gestão honesta na Lei Rouanet, acabando com as mamatas – não é, Chico Buarque?). E, principalmente, com a concordância bovina dos abestados que acreditam em tudo que veem e ouvem na Rede Globo, que assumiu a liderança do processo.

Como o Governo Temer já começara, a duras penas, a tirar o Brasil do buraco onde o PT nos colocara, o Janot decidiu que tinha pouco tempo, era hora de agir, precisava iniciar logo a feitiçaria.

Então, na véspera da primeira votação da Reforma da Previdência, que seria a base da sustentabilidade do crescimento (ainda lento) mais consistente do País, o Janot, por intermédio do Lauro Jardim, da Rede Globo, jogou uma mentira no ventilador e lançou o Brasil na mais terrível crise política dos últimos tempos, adiando sine die a indispensável e inadiável reforma. Ao Jannot ele não importou o prejuízo que estamos sofrendo por conta dessa bruxaria, pois seu projeto pessoal de poder é mais importante. Canalha!

O roteiro da bruxaria hoje está muito claro, confirmado pela gravação acidental do Joesley Batista, que “entregou” todo o serviço sem perceber que o gravador estava ligado. Começou o Janot avocando para si a negociação do Acordo de Leniênca da J&F, que regularmente deveria se dar com o MP de 1ª Instância.

Depois Janot “nomeou” o Fachin para relator, que aceitou de bom grado essa total inversão de hierarquia, inclusive atropelando o princípio do juiz natural, que deveria ser sorteado, tudo com a devida aprovação da “prima Carminha” (que está a cara do personagem do Chico Anysio, Bento Carneiro, o vampiro brasileiro).

Em seguida, com o Marcelo Miller (braço direito do Janot) atuando dos dois lados do balcão, executaram toda a feitiçaria, e ofereceram a liberdade total ao Joesley, em troca de atrair o Temer para a armadilha adrede preparada.

O Ministro Barroso talvez tenha dado uma assessoria informal, não diretamente, mas sem esquecer que ele é meio-irmão da Fernanda Tórtima, advogada do grupo J&F, e portanto sabia de tudo. E foi o que se viu.

Tentaram acuar o Presidente Temer no corner do Ring, na intenção de bater até derrubá-lo. Só não contavam com a pertinaz resiliência do Temer, e com a sua insuperável capacidade de dialogar com o Congresso Nacional – não por acaso, três vezes presidente da Câmara dos Deputados, líder e presidente do maior partido do Brasil, o PMDB.

Depois que a casa caiu, que as mentiras se revelaram em toda sua asquerosa extensão, só restou ao Janot pedir ao Fachin a anulação do Acordo de Leniência do Joesley e a prisão do Miller. Só que o Miller também tem mestrado em feitiçaria e pronunciou sete palavrinhas mágicas que o blindaram contra a prisão.

A feitiçaria do Miller foi mais forte que um Habeas Corpus Preventivo do Gilmar Mendes, um verdadeiro salvo-conduto. As palavras mágicas não foram abracadabra, nem Hocus Pocus, nem sim salabin. Ele não recorreu ao poderoso quadro de Sator, nem à poderosa fórmula selagadula mexicabula babidi bobidibu. Nada disso. Ele apenas sussurrou: “Se me prenderem, eu abro a boca...”.

Agora, cadê coragem ao Fachin para cancelar o Acordo de Delação e mandar prender o Miller?




COMENTÁRIO

Parece-me muito claro que o PT e o PMDB foram os principais parceiros no assalto ao erário ocorrido durante os últimos mandatos presidenciais, quando as grandes estatais foram assaltadas, principalmente a Petrobras.

Embora houvesse outros atores e beneficiários partidários nas federais “maracutais” (ironicamente, um neologismo popularizados pelo Lula – quase ninguém se lembra disso), o PMDB, que, para se disfarçar, após os delitos tirou a barba e voltou a ser MDB, tentando resgatar a honradez da sigla, de fato era ele o irmão-siamês do partido do Governo, ocupando, inclusive, a vice-presidência.

Defender Michel Temer, diante desse quadro, é muito temerário – embora não seja verdade que o impeachment da Dilma tenha sido promovido por ele, ao contrário do que afirmam os ressentidos do PT, seus atuais opositores.

Mas as ligações íntimas de Temer com os peemedebistas desonestos, dos quais era líder, torna muito difícil a sua defesa, embora, contra ele mesmo, por mais que os persecutores penais se tenham contorcido, nada se tenha conseguido comprovar até agora.

Aliás, como acontece com todos os líderes, que delínquem por mãos de terceiros e se cercam de cuidados para não deixar nas armas dos crimes coletivamente cometidos as suas próprias digitais.

Mas também é verdade que não seria sensato promover a quebra institucional – aí sim, um grave Golpe de Estado – retirando o Temer da Presidência da República, quando neste mandato-tampão ele se esforça de fato para reduzir os malefícios provocados ao País pelos Governos de que ele próprio foi partícipe.

Mais grave ainda ficar tentando fazer todo o possível para atrapalhar a restauração da ordem, em nome progresso, torcendo pelo “quanto pior, melhor”, apenas para prejudicar o Presidente, sem considerar os malefícios que isso traz para o País.

Porém, é bonito assistir a determinação épica de Humberto Ellery em defender incondicionalmente o seu ex-correligionário Michel Temer, como um guerreiro solitário, lançando os mais brilhantes e convincentes argumentos, em textos sempre muito bem urdidos e bem-humorados (naquilo que escapa ao austero copidesque do editor), dotando este Blog da verrina irreverente, mas inteligente e simpática, de um Millor Fernandes ou de um Aparício Torelly, o Barão de Itararé.     

Reginaldo Vasconcelos