quarta-feira, 27 de junho de 2012

NOTA ADMINISTRATIVA 01/2012


Comunicado aos acadêmicos
Assembleia geral extraordinária


Os membros efetivos da ACLJ ficam convocados para Assembleia Geral Extraordinária, em que se dará a Sessão da Saudade em memória do acadêmico José Alves Fernandes, falecido em 17 de maio deste ano.

A solenidade está marcada para o dia 12 de julho de 2012, quinta-feira, às 20:00h, no auditório da Associação Cearense de Imprensa, na Rua Floriano Peixoto nº 735, Centro, Fortaleza-Ce.

Os membros honorários da ACLJ, bem como integrantes de outras academias literárias, assim também parentes e amigos do homenageado, estão convidados desde já. 

Na oportunidade o Presidente Rui Martinho Rodrigues declarará vaga a Cadeira de nº 39, patroneada pelo publicitário Tarcício Tavares, de que era titular fundador o acadêmico falecido.

Os acadêmicos Arnaldo Santos, Lindival de Freitas Júnior, Fernando Dantas e Fernando César Mesquita já formalizaram indicações de candidaturas à vaga acadêmica mortis causa do saudoso confrade Alves Fernandes.

Ao final da solenidade acima anunciada o Presidente receberá novas indicações, que eventualmente se queira formular. Se manterá sob reserva interna os nomes dos candidatos propostos, para não constranger, em futuro, os que não forem eleitos.


A DIRETORIA  

   

quinta-feira, 21 de junho de 2012

PRÊMIO EDUARDO CAMPOS DE LITERATURA - IDEAL CLUBE



O ideal Clube abriu inscrições para o seu tradicional concurso literário, já na sua décima quinta edição estadual, e na quarta edição em âmbito nacional, desta feita dedicado exclusivamente ao gênero CONTO.

Concorrerão nacionalmente livros de contos inéditos, em originais que tenham entre 80 e 120 páginas, e em nível estadual vão disputar contos inéditos isolados, de até seis laudas cada um, podendo cada concorrente inscrever três contos distintos.

A edição deste ano do Concurso Ideal Clube de Literatura recebeu o título de honra de PRÊMIO EDUARDO CAMPOS, merecida homenagem ao mais completo intelectual cearense contemporâneo, recentemente falecido.

Manuel Eduardo Pinheiro Campos, conhecido no meio radiofônico como “Manuelito Eduardo”, foi radialista, jornalista, poeta, escritor e dramaturgo. Fundou a televisão no Ceará como principal executivo local dos Diários Associados.

Eduardo Campos é Patrono Perpétuo da Cadeira de nº 20 da ACLJ, fundada pelo seu atual titular, Reginaldo Vasconcelos. Postamos abaixo uma crônica publicada pelo referido acadêmico, quando do seu falecimento.


MORRE EDUARDO CAMPOS: UM TOQUE DE SILÊNCIO

Foi sepultado na tarde desta quinta-feira, 20 de setembro (2007), o maior orador do Ceará, Manuel Eduardo Pinheiro Campos. Ou, “o último grande orador cearense”, como mais enfaticamente dizia Haroldo Serra, em programa transmitido pela Rádio Universitária, exatamente no momento em que o cortejo de parentes e amigos seguia o féretro em carreata.

Tenho a honra de poder me imiscuir em sua família, na veleidade de fintar um contraparentesco com ele, quando um certo lote de seus sobrinhos afins são meus sobrinhos legítimos, nessa trança em que ainda se enroscam todas as famílias mais antigas da cidade, ao deslindarmos a genealogia cearense como um todo.

Mas o que me fez intumescer os olhos e constranger a garganta ao receber a notícia, e de novo depois, diante do caixão, não foi esse pseudoparentesco que tenho o topete de querer ostentar.

Foi a amizade, foi a gratidão, foi a ternura que aquele homenzarrão me pôs na alma, a afabilidade com que me recebia, a magnanimidade com que acatava os meus apelos, a gentileza com que compareceu a todas as minhas noites de autógrafos para apresentar os trabalhos que fiz publicar.

“Esse Reginaldo é um louco!”, bradava ele do púlpito, com seu vozeirão afetuoso. “Mas um louco adorável!”, rebatia então, depois de provocar acessos de risos na plateia.  “Teima em fazer crônicas, que é um gênero menor, quando na verdade é um contista de mão cheia”. E falava mais, e falava muito, e fazia imagens, e lembrava gentes, sempre encantando a audiência como se fora um canoro pintagol.

No final, em refinada ironia, desculpava-se pela má oratória, “que hoje eu não estou com os meus duendes” – delicada modéstia de querer negar o estro e a verve que na verdade lhe sobravam.

Eduardo Campos teve a ventura de envelhecer, com o bônus da sabedoria e da vivência, sem contudo arrostar o maior ônus da velhice.  Era um homem belo, e não deixou de sê-lo com o avanço dos anos. A senectude não pode com ele. E jamais lhe faltaram o ânimo de tudo dizer com voz potente, que ainda no dia de sua morte os amigos que o visitavam constataram.

Mas lhe faltou no seu enterro a voz alheia, quando nenhum dos presentes àquele ato fúnebre fez uso da palavra, como merecia o ex-presidente e membro destacado de nossa Academia de Letras, fundador da Academia de Retórica. Eu, que fizera o corso até o campo santo e sacrificara o tempo de outro compromisso inadiável para ouvir discursos majestosos encontrei a frustração.

Além das exéquias nas palavras bíblicas do Pastor Elnir Cortez, só o silêncio. Políticos, jornalistas, intelectuais ali presentes quedaram-se mudos. Ainda bem que um bem-te-vi sobrevoou a campa e trinou numa árvore próxima, quebrando o silêncio triste, preenchido de prantos e soluços.

Reginaldo Vasconcelos

terça-feira, 19 de junho de 2012

SITE ARQUIVO NIREZ - VALE A PENA VISITAR

Foi lançado hoje, no Museu da Imagem e do Som do Ceará, o site Arquivo Nirez, através do qual se poderá ter acesso ao acervo do nosso confrade Miguel Ângelo de Azevedo, o pesquisador e museólogo Nirez, atual presidente do  MIS. Recomendamos acessar.
www.arquivonirez.com.br

domingo, 17 de junho de 2012

DESCOBRIR UM SANTO PARA COBRIR OUTRO

Foto: Jornal O Povo
Martinho Rodrigues foi um advogado e jornalista cearense do final do Século XIX, abolicionista e republicano, deputado na Assembleia Provincial do Ceará. Foi precursor do também jornalista e advogado Jader de Carvalho, que nasceu em Quixadá e viveu em Fortaleza no século seguinte, pois coincidiam nas suas profissões, na sua atividade e na sua coragem de enfrentar os poderosos. 
Jader de Carvalho

Com o advento da República, Martinho Rodrigues integrou a bancada cearense na Assembleia Nacional Constituinte de 1891 e em virtude da oposição que fazia ao oligarca Nogueira Acioly, que governou o Ceará com mão de ferro a partir de 1896, teve que sair da cidade, deixando o jornal denominado “O Rebote”, que ele fundara, sob o comando de seu sócio e sobrinho, Tibúrcio Rodrigues.

Martinho Rodrigues morreu em 1905, mas deixou aos descendentes o legado da sua inteligência e de sua bravura moral, os quais fizeram de seu antropônimo completo um honroso sobrenome. Quando do centenário de seu nascimento, em 1948, a edilidade fortalezense deu seu nome a uma rua do Bairro de Fátima, em merecida homenagem a esse personagem da história do Estado.
Maestro Mozart Brandão

Pois neste último dia 13 de maio os moradores da Rua Martinho Rodrigues despertaram com servidores da Prefeitura substituindo as placas do logradouro. A Câmara Municipal havia resolvido homenagear outro personagem cearense, o maestro Mozart Brandão, mais recentemente falecido, desfazendo a homenagem que a cidade fizera ao insigne jornalista, já há 64 anos.
Rui Martinho Rodrigues

A família Martinho Rodrigues, à qual pertence o Presidente desta ACLJ, indignada com esse ato de desapreço da Câmara Municipal de Fortaleza, já se mobiliza para tentar reverter tal injustiça – sem prejuízo de considerar que o nome do maestro Mozart Brandão de fato merece designar um logradouro público da cidade, quiçá ainda mais importante e destacado.

Transcrevemos abaixo matéria do Jornal o Povo sobre o tema, veiculada na edição de 03 de junho.


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JORNAL O POVO – 03 de Junho de 2012


Moradores querem anulação de novo nome de rua


Moradores da rua Martinho Rodrigues, no bairro de Fátima, preparam abaixo-assinado pedindo anulação do novo nome do logradouro, que passou a ser Maestro Mozart Brandão

FABIO LIMA


“A gente dormiu na rua Martinho Rodrigues e acordou na Maestro Mozart Brandão”, denuncia a moradora Maria Veronice de Carvalho. Ela se refere ao dia 13 de maio, quando os residentes da rua Martinho Rodrigues, no Bairro de Fátima, souberam pela placa na esquina que o nome do logradouro havia sido alterado para Maestro Mozart Brandão. Os moradores reclamam que não foram consultados e agora se mobilizam com assinaturas para pedir a anulação da mudança. 

A ideia da nova denominação partiu do então vereador - hoje deputado estadual - Paulo Facó (PTdoB). Em 23 de dezembro de 2009, Facó submeteu o projeto de decreto legislativo que sugeria a mudança no nome da rua para a aprovação do presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, à época, vereador Salmito Filho (atual PSB). O ex-petista promulgou a alteração em 7 de abril do ano seguinte.
Apenas no último dia 13 de maio, porém, os moradores descobriram. E por acaso. A aposentada Piedade Macêdo, 84, conta que soube da mudança pelo técnico que iria consertar o freezer. “O rapaz disse que caminhou, caminhou, procurou e não achou a rua. Quando a gente foi abrir a porta da casa para ele, depois que nos encontrou, foi quando a gente descobriu a mudança. A minha filha disse a ele: ‘Essa placa não estava aí. Só se botaram ontem à noite’. Isso não foi nem comunicado”, critica Piedade, moradora da Martinho Rodrigues há 48 anos.
“Não fomos convocados para audiência pública e ninguém foi consultado”, queixa-se Veronice, moradora e síndica do condomínio Esplanada do Sol. Ela diz que a mudança é fruto de interesse privado e não de interesse público. A filha do maestro homenageado, falecido em 2006, Lúcia Brandão, é vizinha de prédio de Veronice, também na antiga Martinho Rodrigues. Procurada pelo O POVO, ela não foi encontrada.
O POVO teve acesso ao processo que tramitou na Câmara nos últimos três anos. Em anexo, estava a carta de Lúcia Brandão, encaminhada ao então vereador Paulo Facó, solicitando homenagens ao pai. Na justificativa para o projeto de decreto, Facó defendia que o maestro Mozart Brandão merecia homenagens. “Pelos motivos expostos, nada mais justo que denominar a rua Martinho Rodrigues, que não possui denominação oficial (...) de Rua Maestro Mozart Brandão”, revela o documento.

O atual deputado Paulo Facó foi procurado e confessou não saber qual era o nome da rua antes da mudança. “Estou em dúvida. Se não me engano, a rua na época era outro nome”. Dados da Secretaria da Infraestrutura de Fortaleza (Seinf) indicam que a rua, hoje batizada de Maestro Mozart Brandão, não possuía denominação oficial.
A informação foi confirmada pelo consultor técnico do departamento legislativo da Câmara Municipal, Carlos Alberto. “Só posso alterar uma coisa que já existe. Foi a população que colocou o nome (na rua). Oficialmente, para os órgãos públicos, essa rua não existe”, revelou. Enquanto isso, os moradores garantem que não vão desistir da luta. “Vamos até as últimas consequências para que não se consolide. Até à Justiça, se for preciso”, garantiu Veronice.

sábado, 2 de junho de 2012

ROSEMBERG CARIRY NO CINE CEARÁ

Wolney Oliveira - Diretor do Cine Ceará
Foto: Eliomar de Lima


Rosemberg Cariry
O cineasta Rosemberg Cariry, Membro Efetivo Titular da ACLJ, participará do 22º Cine Ceará, festival de cinema anualmente promovido por Wolney Oliveira, com um documentário por ele produzido sobre o repentista cearense Aderaldo Ferreita de Araújo, conhecido como “Cego Aderaldo” (1878-1967).

Cego Aderaldo
O filme de Rosemberg, denominado “Cego Aderaldo - O Cantador e o Mito”, será exibido hors concours, portanto não participará do concurso que o referido festival iberoamericano de cinema promove, nas categorias curta e longa metragem.

A exibição ocorrerá no Teatro José de Alencar, no domingo, dia 03 de junho, às 21:00h, com entrada franca.


KARLA KARENINA NA HOMENAGEM A CHICO ANYSIO



O IV Festival Nacional de Humor, iniciado na noite da última quinta-feiora (31.05), prossegue até este sábado, em Maranguape (Região Metropolitana de Fortaleza), com a primeira montagem da “Escolinha do Professor Raimundo” após a morte de Chico Anysio.
Foto: Felipe Abud
 André Lucas, filho do humorista, emocionado, se caracterizou e interpretou pela primeira vez, nessa noite de quinta-feira, o “Amado Mestre” para uma plateia de seis mil pessoas na Praça Capistrano de Abreu.


No elenco, a poetisa e atriz Karla Karenina, confreira da ACLJ, no papel de Meirinha, personagem cômico que ela lançou nacionalmente sob os auspícios do mestre Chico Anysio. O filho dele, Nizo Neto, e outros atores que fizeram parte do programa humorístico, também participaram da montagem.



Malga Di Paula, viúva de Chico Anysio, recebeu na abertura do festival o troféu que leva o nome do humorista. Foi entregue pelo prefeito George Valentim. Na oportunidade Malga cantou, em homenagem ao falecido marido. Participaram da solenidade o Secretário da Cultura do Estado, Francisco Pinheiro, além de outras autoridades.

Fonte: Nuclik.net