POETISA CONCITA
SOPRA VELAS
Cumpre 85 anos neste 30 de junho a pedagoga e poetisa Concita Farias, Membro Fundador Emérito da ACLJ, Titular da Cadeira de nº 7, cujo Patrono Perpétuo é o saudoso historiador cearense Olavo de Alencar Dutra.
Concita, a decana da ala feminina dos acadêmicos efetivos da ACLJ, foi casada com o grande arquiteto cearense Armando Farias, um dos fundadores do Curso de Arquitetura da Universidade Federal do Ceará, em que lecionava.
Precocemente falecido o marido, Concita terminou de criar sozinha a sua prole, nela o acelejano Altino, engenheiro civil, construtor, cronista, blogueiro, fundador do jornal virtual Pelos Bares da Vida, hoje também empresário do ramo de entretenimento, fundador da Embaixada da Cachaça, um pub elegante e uma loja de bebidas finas do mundo todo, situado na Grande Aldeota. Na imagem abaixo, Altino Farias, mulher, filhos e genro, comemorando com Concita, no Flórida Bar, no ano passado, o aniversário de seis anos do jornal Pelos Bares da Vida.
Pedagoga graduada pela Universidade Estadual do Ceará-UECE, Arte Educadora pela Escolinha de Arte do Recife, formada também em Estudos de Ciências Religiosas, pela Universidade Estadual Vale Acaraú-UVA, Concita fundou um estabelecimento de ensino em 1971, "O Cogumelo”, que era absolutamente alternativo para a época, nos seus métodos pedagógicos, pioneiro em grande parte do que se aplica hoje em todas as creches, escolas maternais e jardins da infância, confirmando o acerto do que então ela fazia.
“O Cogumelo (...) destacava-se pela forma diferente de tratar e ensinar as crianças, sempre utilizando a arte como recurso lúdico, para atingir o fim didático e pedagógico. Poesia, música, desenhos, dança, expressão corporal, dramatização, recreação, teatro de fantoches, recorte e colagem, contação de história, tudo era instrumento de aprendizado para a vida, e também para se chegar ao conhecimento formal, aquele que era exigido para a classe posterior, a Alfabetização” – nos informa a sua filha, a bibliotecária Ana Luíza.
Não significa que lhe tenham todos copiado, posto que isso possa ter acontecido aqui e ali, de modo pontual, mas indica que Concita Farias antecipou, por sábia intuição, metodologia original, que outros só descobririam anos à frente.
“Parquinho? Tinha sim, mas, todo projetado artesanalmente e artisticamente (a arquitetura e a pedagogia se uniam em corpo e alma), visando explorar a coordenação viso-motora – ladeiras e degraus, para subir e descer; pontes, para passar e se equilibrar; pneus coloridos (aqui cabe ressaltar o pioneirismo absoluto), para fazer caminho de obstáculos; anéis de cacimba, para servir de casinha e abrigo; areia, muita areia de praia, para brincar e se sujar. E as mães perguntavam: Tem parquinho? Eram mostrados esses brinquedos, e elas se admiravam pela excentricidade” – acrescenta Ana Luíza.
Aliás, Concita publicou um livro, “Juntando e Desmanchando”, pela Imprensa Oficial do Ceará-IOCE, cujo conteúdo, todo ele em verso, é o resultado de suas experiências e estudos na escolinha O Cogumelo. Destina-se ao público infantil, mas pode também ser aplicado como recurso didático pelos professores, pois é acompanhado de um guia “Ajudando a Juntar e Desmanchar”.
Muito católica, atualmente Concita cumpre atividades na Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Fortaleza, ministrando palestras, participando de eventos e cursos, no trabalho de evangelização e junto à Pastoral da Saúde. Dedica-se ainda à revisão do seu próximo livro de poesias. Abaixo, Concita entre acadêmicos acelejanos, por ocasião da posse do Membro Benemérito Deusmar Queirós.
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