domingo, 27 de novembro de 2011

PARTICIPAÇÃO ESPECIAL DE RICARDO GUILHERME


O ator cearense Ricardo Guilherme faz uma curta participação no mais recente episódio do ótimo thriller policial brasileiro Força Tarefa, que foi ao ar na última quinta-feira, 24/11. Elenco de poucas estrelas, Ricardo brilha intensamente entre os quatro atores com os quais contracena. 

O programa é produzido no Rio de Janeiro e exibido pela Rede Globo de Televisão, tendo nos papeis principais o excelente Murilo Benício, no papel de Capitão Wilson, agente da Corregedoria da PM, e o veterano Milton Gonçalves, que encarna o seu coronel  comandante.

No enredo desse episódio Ricardo vive o bandido Gil, meio-irmão de um chefe do tráfico carioca. Gil transporta e entrega cocaína para a quadrilha, sob a proteção de policiais corruptos.

Ele é morto por integrantes da guarnição de polícia que trabalha para o tráfico, os quais querem justificar a morte de um soldado novato que percebe o “esquema”, ameaça delatar o grupo, e é executado por seus colegas de farda.

A versão de que houve um confronto armado entre Gil e o soldado, em que morrem os dois, convence a corporação militar, mas não satisfaz o traficante chefe, pois somente ele sabe que seu irmão não usava arma, conforme jurara no leito de morte de sua mãe.

A trama se desenrola entre a investigação do caso pela Corregedoria, e a revolta do poderoso traficante contra a morte de seu irmão Gil.  

No próximo dia 14 de dezembro Ricardo Guilherme tomará posse na Cadeira de nº 38 da ACLJ, cujo patrono é o inesquecível jornalista Cláudio Pereira.



O trecho do episódio de Força Tarefa de que Ricardo participa  pode ser acessado pelo link: http://www.dailymotion.com/video/xmkgs7_forca-tarefa-24-11-2


quinta-feira, 24 de novembro de 2011

NOVA ACADEMIA CEARENSE

Será instalada no dia 1º de dezembro próximo, no Palácio da Luz,  às 19:30h, a Academia Cearense de Letras Jurídicas, sobre a presidência do advogado José Damasceno Sampaio.


Cid Carvalho
Vários dos membros da nova academia literária também integram a ACLJ, dentre eles o jurista Roberto Martins Rodrigues e o insigne radialista, advogado e ex-senador da República, Cid Saboia da Carvalho.

O atual presidente da OAB-Ce, Dr. Valdetário Monteiro, que já figura entre os nossos confrades, também comporá o novo silogeu, ocupando a sua 2ª Vice-Presidência. 

A ACLJ saúda a iniciativa, enquanto parabeniza os novos acadêmicos de letras jurídicas do Ceará.   

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

SILVIO RIBEIRO RECEBE HOMENAGEM

Por requerimento do Vereador Idalmir Feitosa, a Câmara Municipal de Fortaleza, na noite do dia 17 de novembro, outorgou a Medalha Boticário Ferreira ao Tenente Sílvio de Paiva Ribeiro, Oficial de Comunicação Social do 23º Batalhão de Caçadores do Exército Brasileiro, também denominado Batalhão Castelo Branco, o nosso histórico 23 BC.


Foto: JR Paparazzo
Sílvio de Paiva Ribeiro é pessoa destacada na sociedade cearense, detentor de alto conceito na instituição militar a que pertence, pela presteza e galhardia com que se desempenha em todas as missões que lhe competem. Bacharel pós-graduado em Direito, Sílvio Ribeiro é Sereníssimo Grão Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado do Ceará, e Membro Honorário da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo.
Foto: JR Paparazzo

ACADÊMICOS PONTIFICAM NA UFC

A poetisa, atriz e comediante Karla Karenina, ocupante da Cadeira de nº 24 da ACLJ, participará da mesa-redonda “O Riso na Cultura Nordestina”, durante a Semana de Estudos Clássicos do Centro de Humanidades, do Departamento de Letras Estrangeiras, do Núcleo de Cultura Clássica da Universidade Federal do Ceará, que este ano versará sobre o tema “O Riso no Mundo Antigo.

O evento ocorrerá entre os dias 21 e 25 de novembro, e Karla fará a palestra “Ser Comediante no Atual Cenário Brasileiro”, a partir das 14:00h do dia 21, no Auditório Rachel de Queiroz, na Área II do Centro de Humanidades.

Seu pai, o Prof. José Alves Fernandes, fundador do Núcleo de Cultura Clássica da UFC, encerrará o evento, às 17:00h do dia 25, no mesmo auditório, falando sobre “A Presença do Riso na Literatura Antiga”. Alves Fernandes tomará posse na Cadeira de nº 39 da ACLJ, no próximo dia 14 de dezembro.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

CDL FORTALEZA ENTREGA PRÊMIO COMUNICAÇÃO 2011

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL) premiou na noite desta sexta-feira (11) as melhores matérias jornalísticas de 2011, sob o tema “Consciência ambiental no varejo: da ação social ao diferencial competitivo”.

Na categoria fotojornalismo venceu Igor de Melo, do O POVO. A TV Verdes Mares conquistou a premiação nas categorias Telejornalismo e Repórter Cinematográfico, com Alexandre Torres, Ana Quezado e Eulária Camurça. No radiojornalismo, venceu O POVO / CBN, com Gustavo Vieira. Na mídia impressa, o prêmio foi para o Diário do Nordeste, com Ângela Cavalcante e Diego Borges. 

A jornalista Adísia Sá foi homenageada com o Troféu Imprensa José de Alencar. Adísia é Membro Honorário da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo.

domingo, 13 de novembro de 2011

NARCÉLIO LIMAVERDE É HOMENAGEADO PELA RÁDIO ASSEMBLÉIA

A Rádio FM Assembléia, emissora da casa legislativa do Estado do Ceará, entre os eventos comemorativos de seus 4 anos de fundação, promoveu, no último dia 09 de novembro, em uma de suas salas de comissões técnicas, o lançamento de uma nova edição do livro Fortaleza Antiga, obra lançada originalmente em 2008 pelo grande memorialista cearense Narcélio Limaverde, Membro Honorário da ACLJ, uma das estrelas da programação daquela emissora.

Narcélio Limaverde é jornalista veterano, ligado ao rádio por tradição ancestral, pois seu pai, José Limaverde Sobrinho, já era radialista em Fortaleza, lá pelos anos 40 e 50 do século passado. Seu irmão mais novo, Paulo Limaverde, também fez nome na mídia eletrônica cearense, no comando de programas populares de grande audiência, ambos com participação histórica nos primórdios da televisão no Ceará.

O título desse livro de crônicas de Narcélio, “Fortaleza Antiga”, é auto-explicativo, pois trata dos aspectos pitorescos da cidade no passado, seu linguajar característico, seus hábitos, seu anedotário nos “anos dourados”, período que o autor viveu intensamente, e que cumpre a missão de registrar para as novas gerações, e para os seus pósteros. Aliás, como tecnicamente as coisas só atingem a antiguidade depois de 100 anos, esse livro ainda terá seu apogeu a partir da década de 50 deste século XXI.

Estão de parabéns pela iniciativa o atual Presidente da Assembléia Legislativa do Ceará, Deputado Roberto Cláudio, e o Jornalista Hermann Hesse Alexandrino, seu Coordenador de Comunicação Social, ambos imortais da Academia.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

FOCAR NAS CAUSAS CERTAS PODE EVITAR QUE SE REPITA

A morte do cinegrafista Gelson Domingos, da TV Bandeirantes, em confronto da Polícia com traficantes na favela de Antares, no Rio de Janeiro, neste domingo 06 de novembro, tem suscitando em toda a imprensa sudestina uma série de comentários desfocados.

Ferida, sangrando, a mídia carioca aponta em diversas direções, grita a esmo, reclama ao léu, sem saber contra quem mover sua ira santa, concluindo afinal pela exigência de efetiva punição do atirador bandido que alvejou o seu repórter.

Ora, toda semana acontecem tiroteios e mortes de inocentes nas favelas do Rio, e não existe previsão legal que agrave especificamente homicídio contra jornalista. Por mais que seja lamentável a morte do profissional de imprensa que cobria o tiroteio, não há qualificadora penal para essa peculiar forma de crime.

Estou dizendo que o matador do jornalista já é criminoso hediondo, pois o tráfico de drogas tem equiparação com a hediondez, e esse homidício já está qualificado pela torpeza e pela servidão a outros delitos. Sendo assim, de toda maneira, já se teria que exigir e esperar a sua mais severa punição, fosse quem fosse a sua vítima.

O que há de fato a elaborar a respeito desse evento infausto é o seguinte:

a um, que houve ousadia temerária do profissional, o qual, em busca da melhor imagem, se expôs na linha de tiro;

a dois, que há responsabilidade subjetiva da emissora empregadora, quando ela não se assegurou da real eficácia do equipamento de proteção que disponibilizou ao empregado;

a três, que há responsabilidade objetiva do Estado, quando a Polícia permitiu que jornalistas se juntassem a ela em operação tão arriscada, enfrentando fuzis automáticos de grande poder de fogo, sabedora de que os coletes utilizados por eles só podem deter projéteis de muito menor potencial ofensivo.

A Polícia tem sobejo conhecimento de que somente os pesados coletes confeccionados com cerâmica balística especial podem parar tiros de carabinas AK-47 e AR-15, capazes de perfurar facilmente o bloco de aço do motor de um automóvel – e até as pedras sabem que é exatamente desse tipo de arma que os traficantes fazem uso.

Reginaldo Vasconcelos

PROGRAMA VISÃO POLÍTICA - A CORRUPÇÃO NO BRASIL




Enquanto o Governo reduz a pobreza do povo e conquista melhores posições no Índice de Desenvolvimento Humano, o IDH, que mede a evolução social dos países, segundo critérios de aferição estabelecidos pela ONU, o Brasil continua afundado em episódios de corrupção desenfreada, em todos os níveis da República, envolvendo desde a prosaica construção de banheiros populares com verba do Governo do Estado até obras milionárias dos Ministérios da Casa Civil, do Turismo, dos Esportes, que aplicam recursos do Governo Federal.

É esse o tema da atual edição do Programa Visão Política, que está no ar desde domingo, dia 07, pela FGF TV, Canal 14 da NET, com a participação dos Profs. Rui Martinho Rodrigues Rodrigues e Cid Carvalho, que são o Presidente Administrativo e o Presidente de Honra da ACLJ, respectivamente.

As causas sociológicas desse tipo de delinqüência no Brasil foram estudadas durante o debate, bem como a distinção entre a corrupção praticada para enriquecimento pessoal dos envolvidos e aquela outra, de cunho ideológico, adotada sistematicamente por grupos políticos, visando a formação de caixa de campanha, dentro de um deliberado projeto de poder.

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

OITO ANOS SEM RACHEL - 04 DE NOVEMBRO DE 2003

RACHEL VIVE

Escrevi uma crônica, há algum tempo, tratando da tristeza “crônica” que nossa imensa Rachel de Queiroz sempre acusou. Viva, personagem histórica, passado glorioso, reconhecimento público absoluto, mas, não obstante tudo isso, sempre a dizer que morrer tanto faz, que não se incomodava se morresse. Dentre outras tantas expressões de modéstia e desapego, Rachel fez pouco do seu romance de estréia, O Quinze, que de tão parco volume, não teria competência para ficar “em pé” sobre uma mesa. Seria para ela apenas um livrinho que escreveu e que a “persegue” desde então.

Elvis morreu, morreu Hitler lá pela Europa, Lampião aqui pelo sertão – talvez não exatamente quando e como se acredita. Inobstante tenha sempre havido alguma discórdia sobre isso, morreram sim. Consta que Jesus ressuscitou e subiu aos Céus, mas morreu na Cruz; quanto a isso não há dúvida alguma.

Agora me dizem que morreu Rachel de Queiroz. Não sei. Não vi. Não quero acreditar. Ficarei como os suspicazes inimigos de Hitler, como os inconformados fãs de Elvis Presley, como os crentes que confirmam as escrituras, em que Jesus embora morto enviveceu. Para reforçar minha dúvida, vou percorrer os cemitérios cearenses, em Fortaleza, no Quixadá, onde certamente haveria alguma lápide com seu nome, fosse verídica a informação.  

E para desafiar a minha crença, vou ao Junco, à Não Me Deixes, verificar se Rachel não estaria por lá homiziada, fugindo da celebridade que sempre a incomodou. Perguntarei aos caboclos se não a terão visto nestes dias; observarei se ela não terá colhido flores, esta semana, nos canteiros da fazenda; examinarei se as cinzas do seu fogão a lenha não estariam ainda fumegantes. E ficarei muito aborrecido com ela se todas as evidências de que esteja viva se frustrarem.

Disseram que acordou na madrugada, chamou pela mãe e pelo pai, em doce delírio, e que de manhã havia seguido com eles. Se foi assim, bem-aventurada partida, chave de ouro para uma vida de venturas. De todo modo, não era esse o combinado: nós a queríamos imortal. Sempre rebelde, ela teria decidido que, mesmo imortal, não era imorrível. Não sei. Eu prefiro a dúvida.

 Em 05.11.2003

Do livro  O Passado Não Passa – Crônicas 
Reginaldo Vasconcelos 
2005

terça-feira, 1 de novembro de 2011

EVALDO GOUVEIA DÁ ENTREVISTA À ACADEMIA


O compositor Evaldo Gouveia, Membro Emérito da ACLJ, ocupante da Cadeira de nº 9, cujo Patrono Perpétuo é o jornalista Armando Vasconcelos, recebeu em sua casa, na tarde de ontem, 31 de outubro, uma comissão da Academia, para uma longa entrevista sobre a sua saga artística, desde os cabarés de Fortaleza, em que cantava e tocava violão ainda menino, para sustentar a si próprio, o irmão mais novo e a própria mãe, egressos recentemente do Iguatu, lá pelos anos 40 do século passado.

Depois, em 1950, a formação do Trio Nagô, com o alfaiate e vocalista Mário Alves e o cantor Epaminondas de Souza, e a primeira viagem do grupo para representar o Ceará em programas de rádio no Rio de Janeiro, com pouco dinheiro, os três sendo aqui e ali discriminados pela condição de nordestinos. O sucesso imediato, em virtude da boa qualidade vocal do trio, segurou o conjunto longamente no eixo Rio - São Paulo, Evaldo radicando-se no Sudeste para sempre – sem jamais romper os laços com o seu amado Ceará.


Já consagrado no Brasil, o trio passou longa temporada na Europa, em Portugal e principalmente na França. Morando em Paris, Evaldo ia toda semana filar a lauta feijoada que o então embaixador Vinícius de Moraes oferecia em sua casa aos artistas brasileiros, todos os ingredientes culinários levados do Brasil para o corpo diplomático no estrangeiro, regularmente, pela Panair, companhia de aviação brasileira extinta em 1965 (“A primeira Coca-cola foi, me lembro bem agora, nas asas da Panair” – trecho da música Conversando no Bar, de Fernando Brant, sucesso na voz de Milton Nascimento e Elis Regina, na década de 70).


E Evaldo, que tem nada menos de 1.018 composições musicais, lamenta não ter jamais feito uma música para o repertório de Roberto Carlos, embora este tantas vezes lhe tenha pedido, quando se encontravam nos bastidores do show bis – “bicho, me dá uma música inédita para eu gravar!”. Evaldo, entretanto, verificava nos borderôs de pagamento dos artistas que os discos do Roberto, na época, não vendiam nem um décimo dos que eram gravados por Altemar Dutra, e então reservava sua produção musical a este último, que o próprio Evaldo lançara na vida artística e no mercado fonográfico.


A propósito disso, suspendendo a entrevista, Evaldo pegou o violão e mostrou uma belíssima canção nova aos confrades da Academia, uma das 18 que compôs recentemente, considerando que talvez ela fosse adequada para o estilo e a voz do Rei Roberto. Os acadêmicos o estimularam a oferecê-la agora, para que enfim o grande cantor da Jovem Guarda possa gravar uma música sua. Quem sabe!?

Mas Roberto Carlos não foi o único caso, pois ele também jamais deu uma música para “aquela menina”, no dizer dele mesmo, a qual foi sua inquilina por seis anos, morando em apartamento seu no Rio de Janeiro, desde que veio do Rio Grande do Sul perseguir a vida artística. Falava de Elis Regina, “que aprendeu com Lennie Dale a cantar agitando os braços”, lembra Evaldo, referindo ao famoso coreógrafo americano radicado no Brasil naquela época. Romeu, o pai de Elis, fazia grande ginástica para pagar o aluguel, enquanto a carreira da filha não deslanchava.


Evaldo Gouveia, comemorando os seus 60 anos de carreira, acaba de fazer show em sua cidade natal, o Iguatu, onde foi homenageado pela Prefeitura e ovacionado pelo povo em praça pública. Gravou na semana passado o primeiro DVD, em Fortaleza, no Teatro José de Alencar, disco que em breve lançará.