sexta-feira, 30 de agosto de 2019

NOTA CULTURAL - Ulysses Gaspar e Evaldo Gouveia

ULYSSES GASPAR
LANÇA BIOGRAFIA
DE EVALDO GOUVEIA


O confrade Ulysses Gaspar, documentarista, pesquisador musical, apresentador de TV, produziu a biografia autorizada do grande compositor romântico cearense Evaldo Gouveia, Membro Benemérito da nossa Academia, que completa 90 anos de idade. 

O livro foi lançado na noite de quarta-feira, dia 28 de agosto, na Livraria Leitura do Shopping RioMar, no Bairro Papicu, em Fortaleza. 

O próprio Evaldo compareceu, superando as dificuldades impostas pela sua condição neurológica de saúde, que lhe impõe o uso de cadeira de rodas.


Marcaram presença outros grandes artistas sônicos cearenses, entre eles o virtuose do violão Nonato Luiz, o compositor Fausto Nilo e o cantor e compositor Raimundo Fagner, cujo pai era padrinho de batismo do Evaldo, que as famílias eram vizinhas na Cidade de Orós.

Na imagem, um grupo de acadêmicos da ACLJ que compareceram ao lançamento da biografia de Evaldo Gouveia, da E para a D, Sávio Queiroz Costa, João Pedro Gurgel, Júlio Soares, Alana Alencar, Reginaldo Vasconcelos, Adriano Vasconcelos, Arnaldo Santos e Paulo Ximenes. 



Abaixo, imagens de Ulysses autografando a João Pedro Gurgel, Evaldo Gouveia com Reginaldo Vasconcelos, Totonho Laprovitera, Amaro Pena, Reginaldo Vasconcelos e Raimundo Fagner, todos membros da ACLJ;  os também acadêmicos João Pedro Gurgel e Paulo Ximenes. Mais abaixo, Alana Girão e Júlio Soares com o autor da obra, e Roberto Moreira com Raimundo Fagner entre outros radialistas, além dos artistas Fausto Nilo e Nonato Luiz, todos prestigiando o lançamento.











Imagens cedidas pelo 
Repórter Fotográfico Jarbas Oliveira



COMENTÁRIO

A ACLJ vem fazendo a diferença nas noites culturais de Fortaleza.

Júlio Soares


quinta-feira, 29 de agosto de 2019

MENSAGEM - Á Academia Cearense da Língua Portuguesa (VM)


À ACADEMIA CEARENSE
DA LÍNGUA PORTUGUESA
(Dvlcisonam et Canoram Lingvam Cano)

Vianney Mesquita*


O agradecimento é a memória do coração. 
(LAO-TSEU).


Somente hoje, nas primeiras expressões da alva, desenganchei dos fios ciumentos da Rede Mundial de Computadores um camião de mensagens cariciosas que os confrades e confreiras da Academia Cearense da Língua Portuguesa me enviaram em 17 transato, dia do meu aniversário, via watsapp.

Penhorado, por meio do excepcional media eletrônico da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, registo esses emboras, lotados de fraternidade e afeto, demonstrativos da urbanidade e bom caráter de colegas tão prestimosos e polidos e ilustrados e cultos na Língua de José Alves Fernandes, do presidente acelejano Reginaldo Vasconcelos e do Prof. Dr. Tarcísio Cavalcante – este que, ontem, 28.08.2019, na ordinária de agosto, nos obsequiou com imponente manifestação de conhecimento!

Dês que entrei para a ACLP, ficou creditada no ativo fixo da minha contabilidade mais uma dose de ventura, cujos dividendos crescem a cada contato com seus imortais, per quos viae transitus temporis.

Sou reconhecido a todos e, em específico, ao paradigmático Prof. Myrson Melo Lima, mestre de “toda a gente” – como dizem os portugueses – por haver iniciado a listra de honrarias 

Abraço acochado!


ARTIGO - Pedro Malasartes Hoje (RMR)


PEDRO MALASARTES HOJE
Rui Martinho Rodrigues*


A segunda turma do STF anulou a sentença condenatória proferida contra Aldemir Bendine, mantida em segundo grau. Sem tantas instâncias a condenação teria transitado em julgado. Motivo da anulação: a ordem (sequência) com que se pronunciaram as partes contrariou a ampla defesa, porque a defesa não falou depois dos colaboradores. Examinando os seus aspectos extrínsecos do processo, consideramos que a decisão anulatória cria uma nova regra, embora não seja a primeira vez que um caso envolvendo colaboração premiada chega ao Pretório Excelso.

Admitindo-se, dentro de certos limites, a autopoiese do Direito, o ato legislativo praticado pelo Judiciário até pode ser admitido. Mas não deixa de merecer registro o fato de que tal entendimento tenha aparecido no momento em que investigações criminais e condenações estão atingindo os “mais iguais”, como os porcos da Revolução dos Bichos de George Orwell (1903 – 1950), da República dos “tristes trópicos”, no dizer de Claude Levy-Strauss (1908 – 2009). 

O TRF/4, o juiz de primeiro grau e o MPF de primeiro, segundo e até quarto grau entenderam diferente. A pluralidade de entendimentos é própria do Direito, pode-se alegar. A terceira instância não tem sido mencionada no noticiário. Não fica claro se o caso foi julgado no STF sem ter passado no STJ, o que configuraria supressão de instância, procedimento irregular. A decisão foi amplamente majoritária, mas não unânime. Nem foi do plenário. Seria mais prudente que o ato legislativo do STF, inovando norma processual em um caso envolvendo pessoas “mais iguais”, fosse decidido pelo plenário daquela Corte.

O Ministro Luiz Edson Fachin, o TRF/4, o juiz de primeira instância e o MPF de todos os graus entenderam que colaboração é instrumento processual e como tal não modifica a ordem de manifestação das partes, e que não há distinção entre réus na sequência de pronunciamento. Argumento lógico, embora se possa afastar. O momento, o caso dos réus especiais e a aparente influência vinda de fora dos autos, porém, compromete a decisão. A publicação de gravações de procuradores e do então juiz Sérgio Fernando Moro, não acostadas nos autos, não periciadas, não submetidas ao crivo do contraditório e obtidas ilegalmente, ao lado da citação do nome de ministros do STF por parte dos personagens gravados, teriam influenciado decisão da segunda turma do STF?

O Ministro Gilmar Ferreira Mendes concedeu à imprensa mais uma de suas muitas entrevistas, após o julgamento que resultou na polêmica decisão. Mais uma vez falou fora dos autos. Vociferando por entre os dentes, referiu-se aos integrantes da Lava Jato, como “essa gente ordinária”, ofendido pelo teor das gravações mencionadas. Revelou forte carga emocional. Teria ele isenção para julgar a matéria? Os demais ministros teriam agido motivados por sentimento corporativista em face das críticas que o STF tem sofrido?

Tancredo de Almeida Neves (1910 – 1985) dizia que os nossos problemas não se resolvem, apenas se agravam. Comportamentos reprováveis por parte de autoridades estão entre os males aludidos por Tancredo. Mário Raul Morais de Andrade (1893 – 1945) pintou o Macunaíma como um personagem sem caráter, inescrupuloso, espertalhão. 

Pedro Malasartes, cujas origens, segundo Luís da Câmara Cascudo (1898 – 19986), estão na Cantiga do Cancioneiro da Vaticana, de 1132, é outro personagem astucioso e sem preocupações éticas que quer levar vantagem em tudo. Fernand Braudel (1902 – 1985) distingue os tempos históricos de curta, média e longa duração. Espertalhões fazem parte da longa duração na cultura ibero-americana. Ariano Vilar Suassuna (1927 – 2014) criou o João Grilo, com traços semelhantes aos de Pedro Malasartes. Já se disse que nada acontece na política sem que antes aconteça na arte. Casuísmos rondam o ativismo judicial. Pedro Malasartes já estava na literatura desde longa data.




POEMA - Carcará (AA)


CARCARÁ
Alana Alencar*


Era um Majestoso Carcará (como aquele da música do Caetano…)
Voava enlouquecido pelo quarto pequeno… sem espaço.
Tinha fome de tudo o que era resto.

Eu observava. Não sentia medo!
Eu precisava estar atenta ao bater de suas asas, à sua direção.

De repente, como se num golpe certeiro, o bicho atravessou-me o peito... e com suas gigantescas garras arrancou-me a alma e todo sentimento.


Saiu em voo leve para longe levando consigo os meus devaneios.
Os matou… os devorou como se fossem carne a sangrar.
Em mim, restou a dor e o oco.

Duas horas da manhã… e os sinos acusaram o próximo ato.
O Carcará voltou… pousou a hierarquia de suas asas sobre a minha boca como quem pede silêncio.

Devolvendo o que antes me levara, feriu-me a língua...
empurrou-me alma corpo a dentro.

Outra vez, toda em sentimento, percebi que já passava das seis.
Seis horas a mais. Seis horas de paz. Seis horas de pura euforia.


CRÔNICA - Visto e Notado (ES)


Visto e notado
Edmar Santos*



João, 22 anos, acessou o site da “Magalu” e pesquisou o preço de aparelhos celulares. Interessou-se, não tanto pelo valor do objeto, mas pela facilidade de pagamento: dez parcelas sem juros no cartão de crédito. Finalizou a compra.

Seu aparelho Samsung A50 foi entregue dentro do prazo estipulado, o que lhe gerou bastante satisfação. De logo, baixou todos os Apps mais lacrados pelos jovens de sua idade e, sem demora, pela rede social mais descolada, enviou dezenas de fotos no seu stories e no feed do Instagram. Várias curtidas e visualizações instantâneas. Visto e notado! Foi a sensação.

João planejou comemorar seu aniversário: fez um banner utilizando um modelo do Word como convite e disparou pelo direct do “insta” para todos da lista de contatos. O evento seria em sua própria casa. Ansiedade era a palavra definidora de si!

Por todo o dia seguiu visualizando emotions com figuras de uma mãozinha que simboliza “legal” e mensagens com o dizer festivo de “show”. Entendeu por essas manifestações que sua festa seria animada e com muitos participantes.  A palavra definidora continuava sendo ansiedade, só que agora elevada ao quadrado.

Tudo certo! O grande momento. João estava roendo o resto de unhas que ainda lhes sobrava na mão esquerda e que devorava pelo canto da boca. Vinte horas marcavam em seu Samsung A50 e então ele percebeu uma enxurrada de mensagens no direct: 


 Vai dá pra ir não! – apareceu uma coisa de última hora J...! 

– Mano, passo depois pra te abs...! etc...  Decepção. Visto, porém, nem tão notado assim. O sentimento que lhe passou a definir.

Linda apareceu. Seu nome traduzia sua imagem e sua personalidade. Ela era da sala de João na faculdade e, ainda que se entreolhassem, pouco se falavam. Perplexo João disse aquela frase que se diz em estado de besteira infantil: “Poxa, que legal você aqui!”. Joana, com um sorriso exclamativo, respondeu: “Você me convidou, lembra?!” – Claro! É que achei que não viria mais ninguém diante de tanta negativa que recebi – respondeu o embasbacado e encantado.

Linda, devidamente acomodada, aceitou uma long neck de Stella Artois; enquanto saboreava a bebida ouviu por quase uma hora as lamentações de João pelo vazio de sua festa. Com uma calma que lhe era peculiar proferiu uma encantadora reflexão: “Meu querido, nem todos os que passam por nossas vidas são merecedores de nela continuar a frequentar ou permanecer. Temos que aprender a diferenciar essas pessoas pelos seus comportamentos e não pelo que dizem. Lembre-se: amor fala é semente, amor comportamento é germinação.” A palavra definidora passou a ser: Aprendizado.


quarta-feira, 28 de agosto de 2019

REUNIÃO NA TENDA ÁRABE E MOMENTO LITERÁRIO - 27.08.2019

REUNIÃO NA TENDA ÁRABE
E MOMENTO LITERÁRIO


Na noite da última terça-feira (27.08.2019) reuniram-se na Tenda Árabe os acadêmicos  Reginaldo Vasconcelos, Rui Martinho Rodrigues (ausente na imagem), Alana Alencar, Júlio Soares, Altino Farias, Humberto Ellery, Paulo Ximenes, Adriano Vasconcelos, Arnaldo Santos Vicente Alencar, Sávio Queiroz e como convidado o poeta Barros Alves, da Academia Cearense de Retórica.

A experiência gastronômica da semana foi colchão de porco assado ao forno e creme de galinha, especialidades das culinaristas da família Vasconcelos.

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Por iniciativa do acadêmico Júlio Soares, resolvemos que se elegerá um tema humanístico para estudar, a cada uma das reuniões informais semanais na Tenda Árabe,  registrando as conclusões a que as conversas conduzirem.

Nesta semana discutiu-se a aplicação rara e sempre lírica da palavra longes", que dá título a um livro do poeta Luciano Maia, da Academia Cearense de Letras e da ACLJ – Os Longes, de 2017  obra na qual se insere o poema homônimo, de que se extrai o trecho abaixo:


“...Nos calados alpendres, desde fora, nos dentros de abolidas alegrias, nos longes que uma estrada leva embora.

Substantivo pluralizado, cognato do advérbio e adjetivo eventual longeos longes remete às imagens pictóricas que se observam no panorama de fundo de um quadro de paisagem, reduzidas pela perspectiva, como também se aplica ao que seja muito diáfano,  pouco claro, sutil, como os traços dinástico da fisionomia de alguém que lembre outros membros da família   “o moço tem uns longes do pai dele". 

Mas a expressão pode indicar coisas distantes, lonjuras em geral, acepção em que foi utilizada por Luciano Maia, uso que Júlio Soares encontrou reiterado na obra do Padre Antônio Vieira (Lisboa, 6 de fevereiro de 1608 — Salvador, 18 de julho de 1697), célebre religioso português da Companhia de Jesus, de biografia luso-brasileira, filósofo, escritor e orador, autor de uma série de inspiradíssimos sermões.  
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Seguiu-se à reunião a sessão de leitura de poesia e de prosa poética, o “Momento Literário da Embaixada da Cachaça”, evento cultural semanal instituído pelo Embaixador Altino Farias, Membro Titular Fundador da ACLJ.




Essa prática artística e performática, internacionalmente designada como poetry slam,  nasceu em Chicago, na Green Mill Tavern, em meados dos anos 80, por inciativa do escritor Marc Kelly Smith, disseminando-se por todo o país e depois pela Europa, e por outras partes do mundo. A palavra inglesa slam refere a poesia produzida para ser lida em público.





Neste dia 27 de agosto a Embaixada da Cachaça celebrou o aniversário de um ano do Momento Literário, com brindes de cachaça da melhor qualidade, e até com bolo de aniversário providenciado pela Embaixatriz Gorete Farias, na imagem com a sua colaboradora Jô Nogueira, pertencente ao clã do Bruxo  – Reginaldo Vasconcelos, atual Presidente da ACLJ.










Participaram da declamação Altino Farias, Roberto Paiva, Humberto Ellery, Romeu Duarte, Luizinho Ferreira, Armando Farias, Vicente Alencar, Reginaldo Vasconcelos, Maria de Jesus, Akemi Ito e Barros Alves.






terça-feira, 27 de agosto de 2019

TRÊS NOTAS SOCIAIS - Ulysses Gaspar - Cid Carvalho - Instituto Horácio Dídimo

ULYSSES GASPAR
LANÇA BIOGRAFIA
DE EVALDO GOUVEIA

O confrade Ulysses Gaspar, documentarista, pesquisador musical, apresentador de TV, produziu a biografia autorizada do grande compositor romântico cearense Evaldo Gouveia, Membro Benemérito da nossa Academia, que completa 90 anos de idade.



O livro será lançado na noite de quarta-feira próxima, dia 28 de agosto, na Livraria Leitura do Shopping RioMar do Bairro Papicu, em Fortaleza. O próprio Evaldo comparecerá, superando as dificuldades impostas pela sua condição neurológica de saúde, que lhe impõe o uso de cadeira de rodas.

Confirmaram presença outros grandes artistas sônicos cearenses, entre eles o virtuose do violão Nonato Luiz, o compositor Fausto Nilo e o cantor e compositor Raimundo Fagner, cujo pai era padrinho de batismo do Evaldo, que as famílias eram vizinhas na Cidade de Orós.    


CID CARVALHO
ANIVERSARIA

O Senador Cid Saboia de Carvalho, Presidente de Honra da ACLJ – professor, advogado, jornalista, imortal da Academia Cearense de Letras – completou a marca dos 84 anos de idade na data de ontem, 25 de agosto.



A família, os amigos, o grupo espírita do qual ele é componente, prepararam uma homenagem ao aniversariante, na tarde deste domingo (25.08) no primeiro piso do Shopping Center Benfica, em Fortaleza.



Ele usou do microfone, um de seus mais antigos e hábeis companheiros de toda sua longa vida, para falar de sua experiência de família com a religião e com o espiritismo, desde quando um de seus irmãos faleceu no fulgor da juventude.



Na imagem, prestigiando o aniversariante, os intelectuais Paulo Tadeu, Barros Alves, Reginaldo Vasconcelos, Paulo Ximenes,  Antonino Carvalho, filho primogênito de Dona Luce e Cid Carvalho, e o empresário João Soares Neto.

     
INSTITUTO HORÁCIO DÍDIMO
LANÇA COLETÂNEA DE SONETOS

O Instituo Horácio Dídimo, tendo à frente o poeta Luciano Dídimo, promoveu a edição de uma coletânea de cem sonetos, produzidos por poetas cearenses.



A obra foi lançada na noite de ontem (25.08), no espaço da Casa de Juvenal Galeno, instalado na XIII Bienal Internacional do Livro do Ceará, no Centro de Eventos de Fortaleza.

Dentre os poetas que participam dessa antologia estão cinco acadêmicos da ACLJ.

São eles Vianney Mesquita, Alana Alencar, Júlio Soares, Karla Karenina e Paulo Ximenes, que aparece na imagem abaixo recebendo o seu diploma e declamando o seu poema. 


COMENTÁRIO

Participo com o soneto “Espirituosidade Comedida” publicado cá neste jornal eletrônico da mais supina qualidade!

Vianney Mesquita