quarta-feira, 22 de junho de 2011

ACLJ 81 - Convite Reunião 29/06



Academia Cearense de Literatura e Jornalismo




Prezados Confrades,


Comunicamos que está marcada para o dia 29 deste mês de junho, quarta-feira da próxima semana, às 20 horas, na sede da ACI, a solenidade de posse da Diretoria 2011-2012 da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo.

Durante o evento serão empossados também os três acadêmicos que não puderam comparecer à reunião anterior, nem se fazer representar, e se fará a outorga de diplomas a novos membros beneméritos e honorários da nossa entidade. O maestro da Banda de Música do Exército será homenageado, pela produção de arranjo e partituras do hino da entidade, que pelos seus músicos será ali executado.

A propósito, esperam-se para esta próxima solenidade o mesmo êxito e brilho obtidos na reunião anterior, evitadas todas as eventuais falhas ocorridas. Deverá ser uma sessão mais ligeira, mas não menos importante e concorrida. Pelo contrário, a Organização espera surpreender os presentes com interessantes novidades, cuidando para que a reunião não seja maçante ou tediosa.

Por fim, recomendamos que os acadêmicos levem consigo suas pelerines rituais, que deverão ser usadas durante o evento, e que se façam acompanhar pelo maior número possível de parentes e amigos, de modo que eles possam abrilhantar a efeméride acadêmica, bem como compartilhar conosco o bom convívio social.


Afetuosamente,

Rui Martinho Rodrigues

Altino Farias

Vianney Mesquita

Paulo Ximenes

Reginaldo Vasconcelos

domingo, 12 de junho de 2011

ACLJ 80 - Notas Acadêmicas, por Reginaldo Vasconcelos




O Ministério da Educação do atual Governo anda tentando desestimular o aprendizado e o uso correto da língua vernácula, como se o idioma não fosse uma ciência que se vem estruturando ao longo dos séculos, que demandou estudos, que tem regras importantes para a sua plena eficácia.

Quem fale o tupi, por exemplo, consegue se comunicar de forma rústica com o indígena que conheça esse idioma. Mas notará dificuldade de expressar sentimentos mais delicados, de transmitir pensamentos mais elaborados, de precisar números e quantidades, de identificar elementos, de dizer com perfeita exatidão aquilo que pretenda ou precise.

Em português, ao contrário, em virtude da riqueza vocabular da língua, da sua vasta sinonímia, das suas regras gramaticais precisas, pode-se fazer com grande propriedade um tratado científico, assim como produzir poesias sobre os mais íntimos sentimentos, e também redigir um contrato de negócio com clareza absoluta, sem dar margem a erros e a interpretações equivocadas.

Destarte, os que não querem estudar e aplicar corretamente a língua, aplicando a “lei do menor esforço”, de qualquer modo terminarão discriminados pelos que investiram tempo e interesse para conhecer e aplicar com propriedade, entre os compatriotas, a ciência da comunicação.


CONCORDÂNCIA DO VERBO HAVER

Existem deslizes típicos de quem não conhece as características do verbo haver. Quando se diz “há muitas pessoas na sala”, conjuga-se o verbo haver na terceira pessoa do singular do presente do indicativo.

Note que não foi feita a concordância do verbo haver com a palavra “pessoas’. Não se poderia dizer “hão pessoas”. O verbo haver, quando usado com o sentido de existir, fica no singular. Se fosse usado o verbo existir, este sim iria para o plural: “Existem muitas pessoas na sala”.

A confusão tende a aumentar quando o verbo haver é usado no passado ou no futuro. Em certo trecho, a versão feita pelo conjunto “Os incríveis” da canção “Era um garoto que como eu amava os Beatles e os Rolling Stones”, diz: “... Não era belo mas, mesmo assim, havia mil garotas a fim...”. Nesta canção o verbo haver foi empregado com o sentido de existir. Logo, está correta a versão, o verbo no passado e no singular.

No Brasil, fala-se “cabe dez”, “sobrou 30”, “falta 30”. Geralmente não se faz concordância. Mas, quando não é necessário fazer, erra-se. “Houveram muitos acidentes naquela rodovia”. Errado.

O correto é “houve muitos acidentes naquela rodovia”. Haverá acidentes, houve acidentes, há pessoas, havia pessoas, houve pessoas.

Vale repetir: “O verbo haver quando empregado com o sentido de existir, ocorrer, acontecer, fica no singular, independentemente do tempo verbal.


CONCORDÂNCIA DO VERBO FAZER

O verbo fazer indicando tempo não tem sujeito. Pode-se e deve-se dizer: “passaram dez anos”. De fato, os anos passam. Mas, nunca dizer “fazem dez anos “.

O mesmo acontece na locução verbal quando o verbo fazer é associado a outro na indicação de tempo: “Já deve fazer vinte anos que ela foi embora“.

Nunca dizer : “Já devem fazer vinte anos...”. Nesses casos o verbo fazer vem sempre no singular. Outro caso é levantado: “Quando conheci sua prima, eu morava lá há dez anos” ou “... morava lá havia dez anos”. A dica é muito simples. Usando o verbo fazer a forma correta de falar é “...morava lá fazia dez anos”. Logo, “... eu morava lá havia dez anos”.

Neste caso, o verbo haver equivale a fazer, indica tempo. Os tempos verbais também devem se casar: se eu morava..., morava fazia..., morava havia... É assim que exige o padrão formal da língua.


VERBO VER NO FUTURO DO SUBJUNTIVO

A maioria das pessoas da classe medianamente culta certamente não sabe mais definir o que seja o “futuro do subjuntivo”. Não é importante. Mas é importantíssimo saber empregar corretamente esse tempo verbal, no caso do verbo ver, principalmente quando falando em público, pois quem escreve para publicar tem sempre a possibilidade conveniente de submeter o texto a um revisor. Hoje, o próprio computador pode fazer a correção.

Mas em discursos orais, freqüentemente nos surpreendemos com o emprego errado desse verbo, nesse tempo verbal, até por quem tem curso superior: “Sempre que eu ver você fumando”, ou então “Quando você me ver apressado”. Erro grave.

Deve-se dizer: “Sempre que eu vir você fumando”, e “quando você me vir apressado”.


GÊNERO DA PALAVRA GRAMA

Por influência da última letra da palavra, a vogal “a”, que, em regra, em português, indica as palavras femininas, o vulgo costuma entender que seja “a grama”, quando na verdade o vocábulo é masculino.

Assim como as demais palavras que indicam unidade de massa – o tetragrama, o metagrama, o quilograma (o quilo) o hectograma – deve-se colocar a palavra grama entre os que podem usar barbas. Deve-se então dizer sempre “duzentos gramas de farinha”.

Esse tipo de falha na linguagem, aparentemente banal, obviamente não impede a compreensão da mensagem que se quer transmitir. Todavia indica que o falante em questão não teve oportunidade, ou não teve ânimo, de estudar o idioma português com a necessária atenção, desde a escola, e portanto se afeiçoou ao modo de falar coloquial.

Ou, pior ainda, indica que, depois da escola, a pessoa não adquiriu o hábito salutar de se entregar a boas leituras, e não é na rua, mas nos livros que os homens enriquecem o pensamento. Os concursos públicos estão aí, cada vez mais exigentes, procurando selecionar os que têm condições técnico-científicas de contribuir com humanidade, e discriminando aqueles que somente aprenderam o que o senso comum pode ensinar.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

ACLJ 79 - Acadêmicos Freitas Júnior e Alfredo Marques agraciados pela Revista Fale!


Frisson (CNews) por Lia Alcoforado, registra a outorga 
do título dos 30+ Influentes do Ceará da Revista Fale 
aos promotores do TweetFor.