APANÁGIO DO BANHEIRO
DA JUS FACULTAS
Por Bráulio
Ramalho*
Vivenciava-se a década
de 70. Em convivência fraterna, descompromissada e divertida, alguns acadêmicos
de Direito da Universidade Federal do Ceará frequentavam, após as aulas, os
bares e restaurantes ao redor da Faculdade.
Nesses encontros, eram
feitos poemas sobre os mais variados temas, a maioria dos quais jocosos e
gracejadores. Comumente, os versos ironizavam a Faculdade e seu corpo docente,
não obstante a Instituição possuir alguns dos melhores e mais renomeados mestres
do País.
Certo dia em que se
dirigia para um dos bares próximos, imbuído do espírito folgazão reinante,
Márcio Catunda fez a primeira parte das sextilhas em homenagem ao banheiro da
Faculdade:
Márcio Catunda, na Espanha
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"Nesse Montana
esquisito,
onde senta o bacharel.
fazer força é um
delito
sem recurso para o
réu,
pois condena o douto
aflito
Pela falta de
papel".
De imediato, Vianney
Mesquita completou o poema:
Vianney Mesquita, em Portugal
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"Em face desse
dilema,
o bacharel passa mal.
Procura o
"x" do problema
sem o dado principal,
montado todo o
esquema,
quebra o galho com o
jornal".
(RAMALHO, Bráulio E. P. Magistério Hilariante. Fortaleza, Expressão Gráfica, 2012, p. 69).
* Bráulio Eduardo Pessoa Ramalho é filósofo, advogado, Escritor e docente da UNIFOR e da UECE.
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