terça-feira, 30 de janeiro de 2018

SONETO DECASSILÁBICO PORTUGUÊS - Sossego a Tênue Luz (MC-VM)


SOSSEGO
A TÊNUE LUZ
Márcio Catunda* – quadras
Vianney Mesquita** – trísticos



Quando não encontramos tranquilidade em nós próprios, é inútil alhures procurá-la. (IVETE GUIBERT, cantora parisiense de cabaré. 20,01.1865; 03.02.1944).



Luz matinal, vertente fluida e mansa,
Acalmas e consolas de quietude,
Céu de beleza e bem-aventurança,
Cujo clarão inspira-me virtude.



Filigranas florais na verde trança,
Da clorofila vertes a saúde,
És a vida de um Deus que não descansa;
Uma bondade que jamais ilude.



Desta sorte, me tomam aluviões
De calma, me livrando das tensões,
Sossego a alhear-me e deixar tanso.



Tênues, são relampos sem trovões,
Levíssimos murmúrios sem senões,
Sonífero propício ao bom remanso.







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