terça-feira, 9 de janeiro de 2018

SONETO DECASSILÁBICO PORTUGUÊS - Noturno Fortaleza (MC-VM)


NOTURNO FORTALEZA
Márcio Catunda* – quartetos
Vianney Mesquita** – tercetos




Se eu pudesse falar às estrelas, lhes perguntaria: quem mais as importuna – os astrônomos ou os poetas?

(Pitigrilli – ou Dino Segrè – jornalista e escritor. Turim, 09.05.1893; 08.05.1975).





No eterno pavilhão do céu alado,
Eu bebo calma no vento do encanto.
O silêncio de um tempo depurado
No espírito me entorna seu quebranto.


Nas ondas carinhosas deste manto
De celestiais pérolas pontilhado,
Flui um sereno, delicado canto,
Sobe o luar, qual rubi constelado.

Este detalhe alencarino edênico,
Conduz o vate ao mais remoto Olimpo,
De tão imponente e fotogênico.


Quando bordejo o firmamento limpo,
Fulgente das estrelas que garimpo,
Expendo todo o meu vigor irênico.











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