ÊXTASE TEMPORÁRIO
Márcio
Catunda* – quartetos
Vianney
Mesquita** – tercetos
O
tempo é uma lima que trabalha sem fazer ruído. (H.
G. BOHN, editor britânico Londres, 04.01.1796; Twickeham – UK – 22.08.1884).
É
como se eu vivesse além do agora,
Num
silêncio infinito, sem idade,
O
êxtase que o tempo deteriora,
Mas
existe, sem pulso de ansiedade.
Música
de deleite, que em mim mora,
Dádiva
calma, em que a voracidade
Não
aturde; nem o medo apavora:
Ah!
Quem me dera fosse esse transporte
Do
meu viver um eterno consorte,
Inautenticamente
arrebatado!
Assim,
inoperância deste porte,
Subitanea,
no entanto, invoca a morte
E me faz sempre acerbo e atribulado.
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