UTOPIA IDEOLÓGICA
Reginaldo Vasconcelos*
“O
esquerdismo é uma doença juvenil incurável”, pode-se dizer, parafraseando o
velho Lenin.
Segundo Dmitry Sidorenko (nosso Membro Honorário em São Petersburgo), mesmo na Rússia de hoje, em que o índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) é mil vezes mais elevado que no período soviético, ainda há por lá idosos acometidos desse mal, esquerdistas saudosos dos ímpetos revolucionários que lhes embalaram a juventude e movimentaram os seus hormônios.
Segundo Dmitry Sidorenko (nosso Membro Honorário em São Petersburgo), mesmo na Rússia de hoje, em que o índice de Felicidade Interna Bruta (FIB) é mil vezes mais elevado que no período soviético, ainda há por lá idosos acometidos desse mal, esquerdistas saudosos dos ímpetos revolucionários que lhes embalaram a juventude e movimentaram os seus hormônios.
Esses
marxistas veteranos não aceitam que a causa a que dedicaram a vida toda foi baldada,
e por isso não assimilam a realidade de
que o comunismo fracassou, embora seja evidente que seu país desfruta agora de
avanços tecnológicos garantidores de conforto e segurança, que caracterizam o
chamado “bem estar social”, e que somente a competitividade da economia de
mercado e a plena liberdade de expressão das democracias capitalistas
proporcionam.
Não
foi o socialismo que iniciou a produção, a captação, o uso da energia elétrica.
Tampouco desenvolveu o automóvel, o avião, a cibernética, a telefonia móvel,
para citar os avanços mais sensíveis. Mas também se deve ao capitalismo a
pesquisa médica e farmacológica de ponta, as pontes cardíacas, os transplantes
de órgãos, mercê dos interesses econômicos concorrenciais entre as nações e as
empresas, que financiam as grandes universidades e os grandes laboratórios
científicos.
Sim.
O capitalismo é desumano – observado do ponto de vista ideológico, não na
perspectiva filosófica. É um regime baseado na democracia, que é deplorável (excetuando-se os demais sistemas),
segundo timbrou Winston Churchill. O capitalismo democrático permite a cruel dicotomia entre pobres e
ricos, e, pior que isso, entre paupérrimos e riquíssimos, restando as normas
protetivas da dignidade humana, as políticas sociais e a caridade pública para
suprir precariamente as carências dos menos favorecidos pela sorte, mais
incautos e imprevidentes, “fundistas” na competição existencial antropológica.
No
capitalismo impera a lei da selva. É verdade. Mas não tem jeito. É inelutável
enfrentar a meritocracia, tanto na selva quando na vida em sociedade. “Prefeririam, os delicados, morrer” –
diria Carlos Drummond de Andrade. Missionários de uma certa denominação cristã, em seus esforços proselitistas,
costumam distribuir folhetos em cujas gravuras se retrata o éden onírico que
perseguem, um ambiente onde vivem em paz as raposas e os coelhos, as gazelas e
os leões.
Trata-se,
literalmente, de uma utopia (do latim, “lugar de existência impossível”) – a
menos que fosse possível converter carniceiros em herbívoros, o que eliminaria
o seu controle populacional e terminaria por matar todos de fome.
Ora,
tanto os místicos quando os socialistas em geral precisam
enfrentar a realidade de que a única maneira de preservar (e de melhorar) o
bem coletivo é aceitar a sorte individual e respeitar a diversidade dos potenciais e dos destinos pessoais, bastando cuidar para que todos tenham
oportunidade de evoluir (mobilidade social) e que os mais pobres tenham o
mínimo necessário. É só assim que a
banda toca. Não dá para promover a felicidade de todos produzindo uma economia engessada,
em um cenário social monocromático.
Por
esse equívoco filosófico, a ideologia socialista, de uma bela inspiração
humanitária dos seus teóricos originais, converteu-se hodiernamente na legião
universal dos derrotados ressentidos, a cultuar a ideologia da inveja odiosa, politicamente
impulsionados pela bandeira do paternalismo social. Falanges de pretensos
heróis da raça, sempre sectários de um demagogo investido em salvador da
pátria, pregam que a culpa da pobreza é da riqueza.
Na verdade, a riqueza é reprodutiva e distributiva. Há regiões do Planeta onde não há riqueza, e, por isso, ali todos são pobres. Mas não é possível uma sociedade em que todos sejam ricos. Conclui-se que o ideal é promover o desenvolvimento econômico como um todo, gerando empregos e tributos, para que mesmo os pobres tenham boa qualidade de vida e dignidade social, com oportunidades individuais de evolução.
Um país rico como o Brasil ainda tem pobreza mais aguda em razão da falta de espírito púbico e da cleptocracia instaladas no poder. Assim mesmo, enquanto as esquerdas bradam contra a má distribuição de renda e a desigualdade social, alegando que os ricos ficam cada vez mais ricos, a pobreza de hoje tem confortos e oportunidades de progresso que não tinha ainda ontem. Conclusão: deixemos os ricos em paz, inspirando apenas a boa inveja criativa, estimulante do empreendedorismo, pois eles tocam a iniciativa privada, que impulsiona a economia, e a vida melhora para todos.
Na verdade, a riqueza é reprodutiva e distributiva. Há regiões do Planeta onde não há riqueza, e, por isso, ali todos são pobres. Mas não é possível uma sociedade em que todos sejam ricos. Conclui-se que o ideal é promover o desenvolvimento econômico como um todo, gerando empregos e tributos, para que mesmo os pobres tenham boa qualidade de vida e dignidade social, com oportunidades individuais de evolução.
Um país rico como o Brasil ainda tem pobreza mais aguda em razão da falta de espírito púbico e da cleptocracia instaladas no poder. Assim mesmo, enquanto as esquerdas bradam contra a má distribuição de renda e a desigualdade social, alegando que os ricos ficam cada vez mais ricos, a pobreza de hoje tem confortos e oportunidades de progresso que não tinha ainda ontem. Conclusão: deixemos os ricos em paz, inspirando apenas a boa inveja criativa, estimulante do empreendedorismo, pois eles tocam a iniciativa privada, que impulsiona a economia, e a vida melhora para todos.
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