AUTOCRÍTICA NECESSÁRIA
Alfredo Marques*
A política é fruto da dialética, extrato
dos milhares de erros e dezenas de acertos. É resultado da contradição, da
negação, da antítese, da frustração e do êxtase coletivo. Da criação e da
derrubada de mitos, da frieza do pragmatismo, e da inconsequência da utopia.
O Século XX foi pródigo em quebras de
paradigmas, do fim de certezas históricas, do absolutismo de ideias e de blocos
antagônicos, que se digladiavam por hegemonia e poder global.
Quanto ao Brasil, o Século XXI não iniciou
de forma diferente. Inebriados pelo fim da Ditadura Militar e com o
restabelecimento dos direitos políticos, adentramos solenemente no Estado
Democrático de Direito, celebrando a Constituição Cidadã, que nos ampara no
transcurso do mais longevo período de liberdade experimentado por nosso país e
pela América Latina, sempre suscetível a sequentes abalos na ordem
institucional, com vivências autoritárias e despóticas.
Em síntese, alcançamos um governo de
“esquerda” ao modo Europeu, lembrado por Leonel Brizola como “Socialismo
Moreno”, através do Partido dos Trabalhadores, que logo se distanciou do
projeto de ruptura com o capitalismo, abandonou bandeiras e compromissos de
classe.
Sem surpresas, Luis Inácio Lula da Silva
governou por oito anos, sequenciado por outros quatro anos de Dilma Rousseff,
que recentemente teve outro período renovado, em face da outorga eleitoral de
2014.
Sob as mais variadas denuncias de
corrupção, o Governo do PT foi flagrado mergulhando com desenvoltura no caminho
da improbidade administrativa, e através do aparelhamento do Estado, passa a
gerir um esquema criminoso de desvio de recursos públicos, para, no primeiro
momento, viabilizar de forma torpe sua permanência no poder, e no segundo
instante, para se locupletar no melhor estilo daqueles que condenavam.
Em aliança política, para se manter no
poder a qualquer custo, alinhou socialistas, comunistas e ex-terroristas, e as
figuras mais imorais, ímprobas e medíocres do país, como Cunha, Calheiros, Collor, Maluf, Sarney, Temer, e muitos outros, das mais diversas origens e legendas
partidárias, todos no poder e com poder.
Setores minoritários dentro do PT, que
contam inclusive com a Presidente Dilma, se encontram marginalizados e
hostilizados dentro de sua própria agremiação partidária, por se recusarem a
interferir de forma tendenciosa para barrar as apurações dos escândalos de
corrupção, que ocupam incansavelmente as páginas dos noticiosos, dia após dia.
A Presidente Dilma tem se recusado ao acobertamento
de condutas criminosas, ainda que estas envolvam seu Governo ou o de Lula, sem
poupar os seus, e muito menos os seus estranhos aliados de momento. Nesse
quesito, Dilma tem dado prova de altivez, emprestando a necessária autonomia
aos investigadores e ao judiciário, chancelando a transparência da apuração,
sem se eximir de obrigação e responsabilidade.
Faz-se imperioso assumir a paternidade do
malfeitor, pois estes corruptos e corruptores possuem DNA de origem, e só assim,
investigando e condenando, é que será possível realizar uma crível autocrítica,
capaz de nos fazer aprender com os erros, superar a crise e construir um Brasil
digno!
Sabemos de tudo isso, vemos tudo isso se passando diante de nossas vistas e o que podemos fazer?? Um ladrão protege o outro, os piores vigaristas fazem o que querem com o dinheiro público e nada acontece!! Alfredo continue assim, relatando essa podridão, um dia alguém aparece pra recolher esse lixo...
ResponderExcluirSabemos de tudo isso, vemos tudo isso se passando diante de nossas vistas e o que podemos fazer?? Um ladrão protege o outro, os piores vigaristas fazem o que querem com o dinheiro público e nada acontece!! Alfredo continue assim, relatando essa podridão, um dia alguém aparece pra recolher esse lixo...
ResponderExcluirPrezado Alfredo,
ResponderExcluirVocê recebeu a denúncia que lhe encaminhamos via correios tratando sobre "Apropriação Indébita" ??? Se recebeu, não achou digna de divulgação ??? Afinal no DA HORA voces estimulam os telespectadores a denunciarem as mazelas que encontram por ai.
Ficamos no aguardo de um retorno.
José Nilton Mariano Saraiva
marianosaraiva2@yahoo.com.br