O CEARENSE E
DOROTHY LAMOUR
Wilson Ibiapina*
“Dorothy Lamour
Com amor te matei
Sereia/
Na areia do cinema
Dorothy Lamour
Com ardor te adorei
No drama da primeira fila.”
É assim que começa o poema de Fausto Nilo, depois musicado por Petrúcio Maia.



Na mesma linha, outro cearense,
Fausto Nilo, também se encantava:
“A tua cor, o teu nome
Mentira azul
Tudo passou, teu veneno,
Teu sorriso blue
Hoje eu sou
Água-viva dos mares do sul
Não quero mais chorar
Te rever, Dorothy Lamour."
E foi com esse encantamento que Fausto Nilo, um dia em visita aos Estados
Unidos, decidiu conhecer sua musa pessoalmente. Através de amigos americanos
acertou o encontro que seria no rancho em que ela morava perto de Los Angeles.
No dia combinado, um portador chegou para avisar que a visita estava cancelada.
Velha e feia, não queria que seu fã, Fausto Nilo, mudasse a imagem que tinha
dela. Dorothy Lamour, pseudônimo de Mary Leta Dorothy Slaton – morreu aos 81 anos, em 22 de setembro de 1996. Ataque cardiaco, enquanto
dormia. Deixou os filhos Richard
Thompson Howard e John Ridgely Howard. Ficou a saudade da bela mulher que
levou Fausto Nilo a “naufragar em seus olhos de mar azul”.
NOTA DO EDITOR:
O arquiteto e compositor Fausto Nilo Costa Júnior
nasceu em Quixeramobim, na casa em que viveu o notório beato Antônio
Conselheiro, e em que seu pai mantinha um comércio com o nome de Empório Azul.
Não somente por isso o grande poeta coloca sempre a
cor azul nas letras de músicas que compõe, mas também porque o seu próprio nome
–Nilo – tem sua significação etimológica nessa designação cromática (Do latim, nilus, pelo grego neílos, desde o egípcio e o árabe níl, e do sânscrito nila).
Em Dorothy Lamour Fusto refere a essa cor por quatro vezes, uma das vezes em inglês.
Fausto Nilo é Membro Honorário da ACLJ.
Nenhum comentário:
Postar um comentário