sexta-feira, 23 de outubro de 2015

CRÔNICA - O Nosso Campeador (HE)

O NOSSO CAMPEADOR
*Humberto Ellery

Campeador Rodrigo Diaz de Bivar, chamado pelos Mouros de El Cid (“o senhor”, em língua mourisca), foi um grande herói da Espanha. 

Com a morte do rei D. Fernando I, seu reino foi dividido entre seus filhos Sancho, Garcia, Alfonso, Elvira e Urraca. Sancho, que era o primogênito, não se conformou e partiu numa luta contra seus irmãos pela reunificação do reino espanhol que considerava sua herança legítima.

Nessa luta chamou para seu Alferes o cavaleiro Rodrigo, este se revelou então um combatente valoroso, que ajudou a reunificar o reino da Espanha, conquistando o respeito dos seus aliados e o temor dos inimigos.

Tempos depois, quando ele morreu em batalha defendendo sua Valência, que então governava, os mouros encheram-se de ousadia, e resolveram, numa ofensiva final, conquistar-lhe o território.

Enquanto o exército valenciano, acabrunhado pela ausência de seu grande líder, se encolhia de medo, os mouros se agigantaram e partiram para a luta.

Foi aí que a bela e sábia Jimena, sua esposa, concebeu um brilhante estratagema. Mandou vestir o cadáver com as armaduras de guerra, amarrá-lo à sela do seu cavalo com a sua temível espada presa à sua mão, e o enviou contra o inimigo.

Os mouros, quando viram El Cid, galopando à frente de seus soldados, fugiram apavorados, foram perseguidos e derrotados pelos homens d´El Campeador. Vencedor depois de morto!

Nós hoje no Brasil temos uma grande oportunidade de repetir a História (mesmo como farsa). O nosso Campeador já está morto (politicamente). Resta-nos mantê-lo sobre seu cavalo (a Presidência da Câmara dos Deputados) e vamos todos segui-lo em sua luta gloriosa, botando para correr o lulopetismo.

Eu topo!


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