sábado, 17 de outubro de 2015

CRÔNICA - Je Suis Eduardô (HE)

JE  SUIS  EDUARDÔ
Humberto Ellery*


Quero deixar bem claro que não defendo o Deputado Eduardo Cunha, pois não é de hoje que sei de seu comportamento nem um pouco aceitável. (Além do mais, para fazer a sua defesa, ele já tem um excelente advogado, o Dr. Antônio Fernando de Souza).

O ponto que quero abordar diz respeito ao seu embate com os lulopetistas. Estamos assistindo a uma luta desigual entre o Presidente de uma das nossas casas legislativas contra as forças do Poder Executivo, que, aliado aos seus parceiros do Poder Judiciário, juntamente com a escória companheira do Poder Legislativo, somado ainda ao esforço incansável do Procurador-Geral, estão todos empenhados em esmagá-lo, sem deixar-lhe sequer tomar fôlego. Contra o Deputado Eduardo Cunha pesam inclusive as defecções de seus antigos aliados, que o levaram à presidência da casa, acovardados face ao poder que se alevantou para destruí-lo.

Não se trata aqui de ficar ao lado do mais fraco, por algum sentimento de piedade. Longe disso. Eu não me posiciono ao lado do Deputado, mas a sua luta é a minha luta, é o meu sonho de ver varrida do nosso cenário político essa quadrilha comandada pelo mais pernicioso personagem que já surgiu em nosso País. Quando Winston Churchill foi criticado por se aliar a Stalin, para combater Hitler, ele afirmou que “se soubesse que Hitler iria invadir o inferno, proporia uma aliança com o Demônio”.

Eu, como um Dr. Fausto moderno, de bom grado faria um trato com Mefistófeles para ver o fim desse pesadelo chamado PT. Sei que estou sendo um tanto panfletário, mas é que minha paciência se esgotou. Esses ladrões estão destruindo o País com sua incompetência gerencial, e roubando com uma avidez pantagruélica o nosso patrimônio, e aqui não me refiro apenas ao roubo dos bilhões de dólares, mas ao roubo do nosso patrimônio ético e moral, que está sendo dilapidado, ao assalto cínico às nossas mais caras tradições de honradez e dignidade, lançadas à lama quando tentam transformar comportamentos criminosos em atitudes aceitáveis, corriqueiras, naturais. Eles estão roubando o nosso futuro, o tempo de nossos filhos e netos, e isso é imperdoável.

Mas como disse Terêncio, “a esperança é a última que morre”, e as minhas observações sobre esse embate têm me mostrado que o Planalto comete alguns erros estratégicos, que foram dissecados em “Arte da Guerra”, pelo estrategista chinês Sun Tzu.

Sei que essa minha análise política está contaminada por um wishful thinking, mas é visível que as forças lulopetistas estão cometendo falhas condenadas pelo brilhante general chinês, como subestimar a força e a determinação do inimigo, entrar numa luta sem disciplina tática e sem definição de autoridades, com aliados absolutamente incompetentes. Lutar com um ódio destruidor, e, principalmente, sem deixar uma rota de fuga, com alguma dignidade, ao oponente. E isso é muito perigoso.

Não acredito que o tal "acordão" (tu me salvas, eu te salvo) já tenha sido celebrado, embora estejam em curso as tratativas, mas, “falta combinar com os russos” – o povão. Se essa guerra continuar sem acordo, nesse diapasão, o Deputado Eduardo Cunha pode assumir uma postura kamikase, no estilo Roberto Jefferson. Então, seja o que Deus quiser.

Toda sorte, se ele então conseguir viabilizar o Impeachment da Dilma, não tenham dúvidas:

JE  SUIS  EDUARDÔ !!!


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