NINGUÉM ME INTIMIDA
OU METE MEDO
Fernando César
Mesquita*
Antes de tudo, agradeço comovido as
manifestações de apreço e solidariedade recebidas dos amigos que me conhecem há
muitos anos, e a outros que me acompanham mais
recentemente.
Nada
tenho a ver com essa história de MP 471, a não ser pelo fato de que sou amigo
de Alexandre Paes Santos há quase 30 anos – e não costumo renegar amizades
porque alguém está sendo acusado de alguma coisa, ou passando momentos
difíceis.
A
verdade é que não existem acusações a mim, além de suposições, ilações
ridículas e muita má-fé no vazamentos de dados, na tentativa de me comprometer
naquele caso.
Nunca
recebi vantagem nenhuma de ninguém, nunca colaborei com nada do interesse do
grupo envolvido. Por razões que desconheço, incluíram meu nome no
endereçamento de e-mail que nunca recebi, e nem sabia dos temas tratados.
Agora
pergunto: Por que não declaram ou apontam que tipo de colaboração prestei, a
quem, como e quando? Se alguém relacionou meu nome numa lista de possíveis
beneficiários de pagamentos, o fez de má-fé, talvez procurando levar vantagem
junto a outros do seu grupo.
Prestei
esclarecimentos na PF e respondi todas as perguntas que me foram apresentadas.
Aos jornalistas que me procuraram e conseguiram falar comigo – a PF, na abusiva
busca e apreensão, levou meus celulares e computadores – respondi, esclareci,
mostrei documentos.
Contudo,
ainda persistem alguns repórteres, a exemplo da Andreza Matais, a repetir aleivosias
sobre mim, repassadas por quem tem interesse em me comprometer.
Passei
por seis cargos importantes no governo e nunca pairou qualquer dúvida a
respeito do meu comportamento ético. No Senado, jamais falei com qualquer
senador a respeito de projetos, emendas etc.
Se
me acusam de colaborar, provem com nomes, fatos e tudo o mais que acharem
necessário. Agora, leviandades de autoridades da Justiça, do MP ou da Polícia,
não aceito. E vou brigar com todas as armas legais, porque esse tipo de
irresponsabilidade criminosa não pode continuar.
Não
estamos mais na época da ditadura militar. Todos têm que responder por seus
atos levianos, estejam em que cargo estiverem. Vou até o fim, e perdoem dizer,
ninguém me intimida ou me mete medo.
NOTA DO EDITOR:
Muito anticomunista sério que apoiou
o golpe militar de 1964, a exemplo do advogado Heráclito de Sobral Pinto,
terminou se revoltando contra o regime de exceção, tendo em vista os absurdos da “caça às bruxas” que a repressão levou a cabo, justiçando com crueldade descabida
até mesmo alguns inocentes. Quem tivesse inimizade pessoal com integrantes das
Forças Armadas, naquela época, corria o risco de entrar no rol dos culpados de
ações subversivas, processados segundo a temida "Lei de Segurança Nacional".
Hoje a Nação exulta e torce pela
faxina moral no mundo político que o aparato federal vem realizando. Polícia,
Ministério Público e Judiciário têm o apoio e o aplauso do povo, quando
investiga, denuncia e prende políticos e empreiteiros desonestos, fustigando as
condutas da Presidente da República, que fraudou as contas e mentiu na
campanha, bem como de seu antecessor, o qual enriqueceu a família, e que agora é acusado de vender Medidas
Provisórias.
Mas o descabido envolvimento do nome
do confrade Fernando César Mesquita nesse odiento mar de lama nos surpreende e nos revolta, porque
todos que o conhecem sabem ser pessoa de moral irrepreensível e de conduta
ilibada. Jornalista em Brasília há muitos anos, já tendo ocupado diversos
cargos públicos, jamais teve contra si qualquer mínima invectiva, tendo padrão de
vida e patrimônio compatíveis com seu real nível de renda.
Um grande articulador do bem,
magnífico homem de relações públicas, hábil facilitador de contatos políticos entre os que precisam se encontrar, Fernando César tem relações pessoais com todos as personalidades do mundo político de Brasília. É, portanto, inelutável que a
devassa policial alcance muitos dos que ele conhece, e com quem tem convívio e
amizade, o que não o vincula a eventuais ilicitudes cometidas por tantos desses personagens.
Entendemos que antes de levar alguém
à execração pública, inquinando-o de corrupção, é preciso antes demonstrar seu poder
decisório para manipular verbas do erário, que Fernando César não tem, e sinais
exteriores de riqueza, a denotar enriquecimento sem causa, que o referido
jornalista não ostenta.
O fato de ter sido interrogado pela
Polícia, em virtude de suas amizades e de seus relacionamentos sociais, é fato corriqueiro
da vida, procedimento investigativo das rotinas criminais, que não é suficiente para
destruir a reputação de uma pessoa pública de notória probidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário