DON’T WOLK, GUY!
Humberto Ellery
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCBrQEXOUGIq185F1S_lbwkJK1jVkEBaegrMWD5SBQNn7j0islSII6GdzagDvSn7zxLRyKAvUwhOB-e99ru82XD1fchGsPkBhXaZWnVvRv4ahBGNx8Fo9gu0N06oSlNmXnmwz7PYrJUs8/s1600/DONT+WOLK+3.jpg)
Certa vez, em janeiro de 1968, encontrei o Laurinho e o João Otávio Memória
Hyppolito em Miami (encontrar cearense em Miami não é nada raro, mas algumas
semanas depois tornamos a nos encontrar em Nova Iorque, no Empire State bldg).
Eu
estava lá fazendo um curso de língua e literatura inglesa na Universidade de
Miami (U of M), enquanto o Laurinho e o João Otávio acabavam de chegar para
simplesmente fazer turismo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgUU5PcoZ0JYFRzrkqxXw3CSgsGjR7xcG3yGAu3a8C-63ZZru4ENAVSzK2QF6QBKvtytN1YcbecsiawCiFWiao0nlMcIQwRY_cEjHKsuVcQrawOHktbuPgzM3rFILEXhZNrhrMf-jl1pFI/s200/DONT+WOLK+4.jpg)
Nós casualmente nos encontramos na
esquina da Biscayne Boulevard (Route US 1) com a Flagler Street, à época a
principal rua comercial de Miami City. Saímos pela calçada em busca de uma
determinada loja que eu já conhecia e estava bancando o tour guide.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEghBuxOxUPEhshh6pNf4gY8fMBcgbG-aJR2B_1plz7vVgpJcQh-Yx47ZfY2eJr4D1onoHsYqQpl2BO_56FkwtTIPf5Pp5s6JnbEZJYsCPal63Cfo9m08Q8pg6MYS_IXzPNuXhmykkb7yr8/s200/DONT+WOLK+5.jpg)
Ao nos aproximarmos da esquina o Laurinho, mais avexadinho, vendo que não vinha carro, nem ligou para o sinal de trânsito fechado para pedestres (DON’T WOLK), já foi descendo a calçada e iniciando a travessia da rua pela faixa.
Não dera sequer dois passos quando, do
outro lado da rua um policial, muito simpático, ergueu a mão e, olhando para o
Laurinho gritou:
– Hey boy! O Laurinho imediatamente
estacou. O policial então perguntou (em inglês, evidentemente):
– Você pode me ajudar?
– Claro, respondeu o Laurinho.
O policial então, fingindo ajustar o dispositivo com os sinais, perguntou:
O policial então, fingindo ajustar o dispositivo com os sinais, perguntou:
– Essas placas estão bem posicionadas?
– Sim, estão.
– Estão bem legíveis?
– Sim, estão.
– E o que está escrito aqui?
E o Laurinho, todo satisfeito:
– Don´t walk!
– Então don´t walk, cara!
Enquanto eu, o João Otávio e o
policial explodíamos em gargalhadas, o Laurinho deu um sorrisinho amarelo e
voltou para a calçada.
Sei não, mas acho que o Laurinho nunca
mais “avançou” um sinal de trânsito de pedestres. Pelo menos nos EUA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário