DON’T WOLK, GUY!
Humberto Ellery
Meditando sobre as dificuldades da
Dilma em ensacar vento, para revolucionar o mercado de energia (ela já acumula
uma enorme quantidade de vento dentro daquela sua cabeçorra, que eu
julgava que não servia para nada), lembrei-me do Lauro Fiúza Júnior, o Laurinho,
empresário do setor de energia eólica.
Certa vez, em janeiro de 1968, encontrei o Laurinho e o João Otávio Memória
Hyppolito em Miami (encontrar cearense em Miami não é nada raro, mas algumas
semanas depois tornamos a nos encontrar em Nova Iorque, no Empire State bldg).
Eu estava lá fazendo um curso de língua e literatura inglesa na Universidade de Miami (U of M), enquanto o Laurinho e o João Otávio acabavam de chegar para simplesmente fazer turismo.
Eu estava lá fazendo um curso de língua e literatura inglesa na Universidade de Miami (U of M), enquanto o Laurinho e o João Otávio acabavam de chegar para simplesmente fazer turismo.
Nós casualmente nos encontramos na
esquina da Biscayne Boulevard (Route US 1) com a Flagler Street, à época a
principal rua comercial de Miami City. Saímos pela calçada em busca de uma
determinada loja que eu já conhecia e estava bancando o tour guide.
Ao nos aproximarmos da esquina o Laurinho, mais avexadinho, vendo que não vinha carro, nem ligou para o sinal de trânsito fechado para pedestres (DON’T WOLK), já foi descendo a calçada e iniciando a travessia da rua pela faixa.
Não dera sequer dois passos quando, do
outro lado da rua um policial, muito simpático, ergueu a mão e, olhando para o
Laurinho gritou:
– Hey boy! O Laurinho imediatamente
estacou. O policial então perguntou (em inglês, evidentemente):
– Você pode me ajudar?
– Claro, respondeu o Laurinho.
O policial então, fingindo ajustar o dispositivo com os sinais, perguntou:
O policial então, fingindo ajustar o dispositivo com os sinais, perguntou:
– Essas placas estão bem posicionadas?
– Sim, estão.
– Estão bem legíveis?
– Sim, estão.
– E o que está escrito aqui?
E o Laurinho, todo satisfeito:
– Don´t walk!
– Então don´t walk, cara!
Enquanto eu, o João Otávio e o
policial explodíamos em gargalhadas, o Laurinho deu um sorrisinho amarelo e
voltou para a calçada.
Sei não, mas acho que o Laurinho nunca
mais “avançou” um sinal de trânsito de pedestres. Pelo menos nos EUA.
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