Indecifrável
Paulo Ximenes*
Oh! Amor meu, sublime... do
verbo amar!
Saiba que jamais pude
desvendar a saudade
aquela lustrosa lâmina, aguda
e envenenada
com que me feriste, dia
desses, sem maldade
sem nenhum dó da minh’alma
agoniada.
A tua ausência tem o dom de me
matar!
É que o teu vulto se apegou ao
meu passo
e o teu perfume se engrenhou
em meus cabelos
alevantando um arcabouço
pele-e-espaço
que me aufere do mundo os
destrambelhos...
(Outubro, 1989)
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