TRAIR E COÇAR
(UM CONTRAPONTO ANTROPOLÓGICO)
Reginaldo Vasconcelos*
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcpHGmf42mmppmNpn2sDQWvewZwAPuY80HOBdJxdGMaUpPsrCIKmkUh77vM0aLGlWxdjAXNU8YgEdSa4fsspuWgTV44CNwTrRH6HTVJkyHN9iqyrtDWnrakPvB6Ff0V6B4ft7D2oEC-4TE/s1600/INSTINTOS+II.jpg)
A
faculdade da comunicação e o consequentemente raciocínio reprimem os instintos, à medida que
o ser humano se submete às crenças místicas, às normas jurídicas, às convenções
da sociedade, em prol das boas relações entre as pessoas, a partir da
experiência civilizatória acumulada.
Todavia,
como tudo que é objeto de pressão se fluidifica e tende a vazar pelas brechas
que encontrar, os comandos instintivos se esgueiram pelos esconsos da conduta
humana, em forma de pecado e transgressão.
Acontece que na mais ampla classificação científica do reino animal o “bicho homem” é vertebrado, pulmonado, bípede, vivíparo, placentário, terrestre, mamífero, ubíquo, e... polígamo, como os lobos e os cavalos – e não monógamo, como os roedores e os pássaros.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhnRYN-GiB_h0BVeSNjY0KxJiaT_lYLVRHa3ipjwyNBq-L9au1D7Ce8aUztUVNLAHCk-sUOQDI5u1l_8iQ69LY_69PrHFZvcqSSu8zs8BwvxNWHxrB_k_WaaJoJoSdBJ9Vz7RY83GLISez9/s1600/INSTINTOS+X.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEYR5Mz8q-eWZmqQBTZg0fI3bvq3irF3O3SqoU3VEWwFF11K_699zKbs620h5ePbcVf0z3iBDuYNHir0xYNvqU536g97EqFec47PbzyoocjNXMAvQC4egfmjTIi0D6wiID3HMvCa8PBFBU/s200/INSTINTOS+V.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgZvCSp-eUcsEXNfkXOVi5IjY48PpL-xhu8gzSYTkDR05QGLd7MJH3pZXVGnYMUQSpwV4al8AEo9aNXdLsV1XMekcqLYma1UtTL2Mqq8PtVfRsCpXles8HSTXYm5VEihxPdBslWy4ul7w1/s200/INSTINTOS+VI.jpg)
Porém,
alguns machos da espécie humana não conseguem controlar o impulso de conquistar
novas parceiras e de obter variação sexual, mesmo amantíssimos da suas consortes,
o que explica a manutenção da prostituição feminina e o adultério masculino.
Como
os instintos operam de forma diversa nas fêmeas, movidas por outros hormônios,
o adultério feminino tem etiologia própria. Diferentemente do homem, que trai
ainda quando plenamente feliz com a companheira, a mulher somente o faz quando
está insatisfeita física ou moralmente com o marido ou namorado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário