QUEM DERA...
Alana Alencar*
Quem dera eu ter a
dádiva dos pensamentos distantes...
E não ser das
margens o desejo atento de naufragar verdades.
Quem dera eu ter a
dádiva de ser às penas...
Serpentear por entre
o raso gasto e o amargo hábito de sempre haver
Quem dera...
Quem dera eu ser
além, chover, livrar-me dessa angústia soterrada, desse calo ácido de destilar
o que em mim engasga... rumina.
Quem dera eu provar
a simplicidades dos estúpidos
e o desamparo dos “ninguéns”... sentir pelo
tato a pele apelar o arrepio, e ouvir com os poros o poder de amar alguém.
Quem dera...
Quem dera eu... quem
dera!
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