quarta-feira, 14 de agosto de 2019

POEMA - A Ordem do Caos (AA)


A Ordem do Caos
Alana Alencar*


Provocados pela insistência da noite calma…
excitam-se os demônios adestrados desordenando o caos.
Esgota-se, por segundos, o desvario, a rebelião de pensamentos, o tumulto da alma…
Os corredores se abrem aos dardos do medo e tudo é alvo.
Não há subversão de desejo… não há alforria de ideias…
não há delírio de sentimento.
O laço da lágrima presa prenuncia cicatrizes.

Instantes em que suplico o som… o choro ressoante, agudo!
E nesse implorar inquieto... te chamo.
...

O lamento se refaz… as ventanias retornam impetuosas.
Eterniza-se a babel dos meus versos!
Os diabos, outra vez, despertam…
E a noite passa...
deixando os escombros de sua trágica calmaria.




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