REUNIÃO NA TENDA ÁRABE
E MOMENTO LITERÁRIO
Na noite da última terça-feira (27.08.2019) reuniram-se na Tenda Árabe os acadêmicos Reginaldo Vasconcelos, Rui Martinho Rodrigues (ausente na imagem), Alana Alencar, Júlio Soares, Altino Farias, Humberto Ellery, Paulo Ximenes, Adriano Vasconcelos, Arnaldo Santos Vicente Alencar, Sávio Queiroz e como convidado o poeta Barros Alves, da Academia Cearense de Retórica.
A experiência gastronômica da semana foi colchão de porco assado ao forno e creme de galinha, especialidades das culinaristas da família Vasconcelos.
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Por iniciativa do acadêmico Júlio Soares, resolvemos que se elegerá um tema humanístico para estudar, a cada uma das reuniões informais semanais na Tenda Árabe, registrando as conclusões a que as conversas conduzirem.
Nesta semana discutiu-se a aplicação rara e sempre lírica da palavra “longes", que dá título a um livro do poeta Luciano Maia, da Academia Cearense de Letras e da ACLJ – Os Longes, de 2017 – obra na qual se insere o poema homônimo, de que se extrai o trecho abaixo:
“...Nos calados alpendres, desde fora, nos dentros de abolidas alegrias,
nos longes que uma estrada leva embora.”
Substantivo pluralizado, cognato do advérbio e adjetivo eventual “longe”, “os longes” remete às imagens pictóricas que se observam no panorama de fundo de um quadro de paisagem, reduzidas pela perspectiva, como também se aplica ao que seja muito diáfano, pouco claro, sutil, como os traços dinástico da fisionomia de alguém que lembre outros membros da família – “o moço tem uns longes do pai dele".
Mas a expressão pode indicar coisas distantes, lonjuras em geral, acepção em que foi utilizada por Luciano Maia, uso que Júlio Soares encontrou reiterado na obra do Padre Antônio Vieira (Lisboa, 6 de fevereiro de
1608 — Salvador, 18 de julho de 1697), célebre religioso português da Companhia de Jesus, de biografia luso-brasileira, filósofo, escritor e orador, autor de uma série de inspiradíssimos sermões.
Seguiu-se à reunião a sessão de leitura de poesia e de prosa poética, o “Momento Literário da Embaixada da Cachaça”, evento cultural semanal instituído pelo “Embaixador” Altino Farias, Membro Titular Fundador da ACLJ.
Essa prática artística e performática, internacionalmente designada como poetry slam, nasceu em Chicago, na Green Mill Tavern, em meados dos anos 80, por inciativa do escritor Marc Kelly Smith, disseminando-se por todo o país e depois pela Europa, e por outras partes do mundo. A palavra inglesa slam refere a poesia produzida para ser lida em público.
Participaram da declamação Altino Farias, Roberto Paiva, Humberto Ellery, Romeu Duarte, Luizinho Ferreira, Armando Farias, Vicente Alencar, Reginaldo Vasconcelos, Maria de Jesus, Akemi Ito e Barros Alves.
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