Meu quarto,
minha caverna.
Edmar Santos*
Isolamento não é a
palavra adequada. Distanciamento, possa ser: Distante de tudo do que não interessa viver e
conhecer. Às vezes pesa em solidão, mas a internet ameniza. Modernidade.
Meu quarto é uma
caverna quase impenetrável; quase, porque há
aqueles intrusos que o amor e o respeito impedem de expulsá-los. São
queridos.
Vivemos a época da
desnecessidade de estar próximo (diferente de ver alguém) e da necessidade da
pressa, do prático e lógico. Pressa de tudo.
O pertencimento a um
grupo pode ser facilitado pela virtualidade; os traumas da juventude, da não
aceitação que gerariam uma doença por melancolia são suavizados. Pode-se
adoecer de outras coisas. Relativo!
A vida na caverna trouxe
aprendizagens que seriam mais difíceis e demoradas lá fora. Pelo computador o delete é rápido,
assim como o play no youtube. Tocar um instrumento, falar uma
língua estrangeira, enfim... o que se queira aprender. Now or next; On
line!
Quantidade e
qualidade se relativizam no que tange à informação. Tudo bem! Sempre se fez perguntas
a quem pode clarear as ideias desde os antigos filósofos. Pergunta-se.
O que pode mudar uma
pessoa instantaneamente? A paixão surgiu como chave que abriu de vez a caverna.
Uma visita, um passeio e tudo mudou! A mão que puxou para à agitação externa,
sequencialmente aquietava no afago que dizia: “Está tudo bem!” A cura em um
abraço.
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