NOTAS DE GUITARRA
Alana Alencar*
Sob constante julgamento recorro às horas que virão.
Minha alma consome insônia em chamas como quem queima vida.
Arrebento-me ao clássico da guitarra que chora. Choramos juntas.
Rendemo-nos uma à outra.
Ignoramos a filosofia e nos tornamos muito além... uma razão.
(O dia... espanta-se com as cinzas do que queimou).
A guitarra cala. Nos compreendemos distintas... poema e som.
Nos entreolhamos assustadas... obedientes.
Nela, as cordas. Em mim, o enforcar das notas soltas.
As horas chegarão...
e a sentença inevitavelmente condenará o tempo perdido.
Um poema com a clareza e a distinção de um céu estrelado...
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