MODO E TOM
Edmar Santos*
A “Inteligência
Emocional”, teoria defendida por Daniel Goleman, direciona a uma eficiência de positividades
das relações. É inegável que em dias
atuais, cada vez se faz mais premente a aquisição ou manutenção desta
riquíssima qualidade. A vida é toda
feita de emoções e sentimentos, a necessitar de um justo equilíbrio. Não
adianta ter-se uma formação intelectiva acurada senão soubermos o que fazer
dela ou com ela.
No universo das
relações sensitivas, o tom e o modo que se usa são tão estratégicos quanto o
quê e quando se quer dizer algo. O ouvido, como órgão receptor auditivo,
traz-nos sensibilidades proporcionais às entonações e, muitas vezes, nos leva a
comportamentos de aversão ao que escutamos. “Tá ouvindo?!”
O trovão nos assusta
mais que o relâmpago, ainda que este último seja o que possa trazer algum
perigo; “o ouvido é o órgão do medo”, afirma Nietzsche. Certas vociferações associadas
a outras expressões corporais, podem não ser eficazes ferramentas para as relações
sociais, principalmente em ambientes que se esperem posturas mais comedidas.
Nem tudo que faz
sentido está certo, aduz Pedro Calabrez, nos informando que muitos fatos, por
mais que façam sentido, não garantem certeza alguma. Por esse raciocínio, até
que se pode ver sentido quando esbravejarmos diante de um impulso de raiva,
gritarmos em um momento de medo, sussurrarmos por um segredo, etc; a depender
do contexto e lugar nem sempre se farão certos, ainda que, explicáveis. Sorrir
é saudável, mas nem sempre gargalhar é oportuno. Expressar-se é preciso. Cautela gera aceitabilidade!
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