sábado, 18 de agosto de 2018

CRÔNICA - Última Forma! (MG)


ÚLTIMA FORMA!
Marcos Gurgel*

Término de curso, dentistas formados, mas não empregados, vem a luta pelo ingresso no mercado de trabalho. Eis que surge uma oportunidade de colocação imediata, mesmo que de forma temporária.

Era o Exército Brasileiro convocando profissionais para integrarem seus quadros na área de saúde. Muitos inscritos diante de uma “peneira” para selecionar alguns sortudos.

Currículo, provas, exames, Q.I., pura sorte – vale tudo na concorrência pelo auspicioso cargo. Reunidos os candidatos no Quartel General, lá vem o primeiro teste, o chamado “Estatura”.

Um soldado chama o primeiro, faz a aferição e proclama: “Um metro e sessenta e nove – aprovado!”. Vem o segundo e o aferidor confere: “Um metro e sessenta e quatro – aprovado!”.

Surge um terceiro, de estatura mediana, que o soldado afere e certifica: “Um metro e cinquenta e oito – reprovado!”. O futuro tenente se aproxima do aferidor e apela: “Um metro e sessenta aí, porra!”.

Vendo-o desesperado, o aferidor se comove e se retrata – “Última forma! – um metro e sessenta – aprovado!”. O rapaz ganha dois centímetros a pedido e um grande emprego para início de carreira. Santo soldado!

O colega, que é um excelente profissional e foi um militar conceituado, ainda hoje mede um metro e cinquenta e oito... se já não tiver diminuído.

  

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