terça-feira, 14 de agosto de 2018

CRÔNICA - Ócio Edificante (JPS)


ÓCIO EDIFICANTE
Duas Horas que Valem por Uma Semana
José Pinto Sobrinho*



A ociosidade é um dos mais preciosos acessórios do amor. (George Gordon  LORD BYRON).



Sabe-se de sobejo que o mundo, em sua órbita magnificamente movimentada, nos concede os presentes do dia e da noite. Nessas circunstâncias, quem responde pelos fatos do Globo são as pessoas, com suas ideias e ideais.

A fim de privar dessa satisfação, usando do dia, há muitos anos, uma turma amiga se reúne, em geral, às sextas-feiras, das quatro às seis da tarde, no ambiente parauniversitário (UFC) da cantina do Seu José Maria Nascimento, pegada ao Campus do Benfica, para cuidar de temas leves, não passíveis de debate mais acirrado, como política, religião e outros assuntos para os quais nem todos afluem a mesma opinião. Lá, o que foi dito é regra, como é norma não se falar pornografia, que, antes de tudo, representa deslavada falta de educação de berço.

Estamos, no grupo, eu – autor destas mal traçadas – o Prof. Régis Kennedy Gondim Cruz, os advogados Mário Xavier e Mário Jorge, o corretor de imóveis Jeovah Montenegro, o aposentado do INSS Jorge Alberto Moreira Gomes (da cidade de Baturité), o capitão Sérgio Arruda, o próprio Zemaria Nascimento e o Prof. Vianney Mesquita, entre outros que frequentam menos.

Também é fato sabido que há homens sábios e homens que sustentam o progresso com a força física do trabalho pesado, porém, se houvesse apenas o vigor corporal, valia menos a existência, pois a Arte e a Cultura permeiam a vida na Terra, o nosso Mundo, mas que também necessitam, sem dúvida, da energia muscular.


As palestras, então, ali, são leves, com todos colaborando para que as duas horas passem e nos tragam dividendos, vantagens culturais a artísticas, como ocorre com o saber novo, que lá se adquire.

Soube, por intermédio do próprio autor, da publicação do vigésimo primeiro livro de Vianney Mesquita – Franciscos Moradores do Céu – a ser lançado brevemente.

Essa é a primeira obra editada pela Arcádia Nova Palmaciana por ele fundada em 2016, hoje sob a presidência do árcade novo Eládio Dionísio (Fernão de la Roche d’Andrade Sampaio).




Pois é, os Vianneys da vida aí estão para nortear nossa existência!

Puxei a brasa para a sardinha dele, nesta crônica em sua homenagem, pois me veio à mente o fato do quanto ele ajuda os mestrandos e doutorandos em suas dissertações e teses (muitas vezes, cabeludas, até ele os depilar com sua amolada tesoura do conhecimento), retirando-lhes os excessos e lhes suprindo as faltas.

Externo, publicamente, o reconhecimento pelo seu trabalho dignificante de escritor e professor, o que me faz vê-lo com respeito e admiração. Dirijo meus agradecimentos, também, à troupe citada acima, pelos momentos de ócio edificante, em duas horas que valem por uma semana.

E como o Professor Vianney Mesquita não vai ao Zemaria na próxima sexta-feira (17.08.18), data em que comemora o aniversário de nascimento, na sua Palmácia, em 17 de agosto de 1946, almejo-lhe mais muitos janeiros, para que nos possa brindar durante muito tempo com sua insigne presença.

Sou seu fã, acima de tudo...

*José Pinto Sobrinho 
é Mestre-Marceneiro 
(aposentado) 
e autodidata

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