sábado, 7 de março de 2015

CRÔNICA (RV)

MULHERES
Reginaldo Vasconcelos*

Há quem seja contra a instituição internacional de certos dias do ano em tributo a específicas classes humanas ou categorias sociais, por atribuir um vezo mercantilista a essas datas, que agitam o comércio com a compra de presentes. O dia dos pais, o dia das mães, o dia das crianças, o dia dos namorados.

Não penso assim. Até porque não vejo malefício na estimulação da economia. Porém, avalio cum grano salis a consagração de um dia em homenagem à mulher, porque a mulher é o objetivo gamético do homem, que a ela se associa na juventude para juntos construírem as futuras gerações. Não é uma entidade isenta, cuja virtude gratuita se precise enaltecer.

Por outro lado, como as mulheres constituem maioria na composição da humanidade, não faz sentindo que esse conjunto faça um preito à sua própria maior parte. É como se o universo masculino fizesse uma rápida concessão de um dia ao grupo antagônico que considere sofrido e inferior  e não é assim que a banda toca.  

Ademais, conquanto haja grandes homens e grandes mulheres, há também, dos dois lados, quem não mereça louvação. De modo que, se um dia dedicado aos homens, de forma genérica, seria tolice, é também tolice um dia em louvor às mulheres em geral.

Tanto mais no Brasil atual, em que a primeira mulher presidente se elegeu e reelegeu com argumentos falsos, e está lançando o País na crise maior de sua história. Brasil em que um grupo de mulheres acaba de atacar a mão armada uma empresa de pesquisas e destruir violentamente quatorze anos de trabalho científico, equiparando-se aos homens do Estado Islâmico, que matam inocentes e destroem arqueológicos relicários.

Assim, que cada qual homenageie as suas heroínas – suas mães, consortes e filhas – não em isolada data do ano, mas a cada dia e a cada hora. Então, neste 08 de março, me apresso em louvar, seletivamente, Dona Estefânia, que me deu à luz – mais aquelas a quem dei a vida, Faninha, Thiena e Júlia, e aquelas demais, sem as quais não saberia eu viver, a Graça, a Vólia e a Jô. 



Em nome da ACLJ, saúdo Dona Yolanda Queiroz, a nossa 6ª Benemérita, detentora do título de Primeira Dama do Empresariado Cearense; Dona Consuelo Dias Branco, Paracadêmica Benemérita; a poetisa Concita Farias; a musicista, artista plástica e escritora Inês Mapurunga; a enfermeira, professora, literata, Maria Josefina; a atriz e poetisa Karla Karenina; a jornalistas Denise Sampaio; a Magnífica Reitora Fátima Veras; a Dra. Wanda Palhano; a jornalista e escritora Mônica Silveira e a Professora Adísia Sá – acadêmicas fundadoras. 



            



*Reginaldo Vasconcelos
Advogado e Jornalista
Titular da Cadeira de nº 20 da ACLJ 

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