segunda-feira, 23 de março de 2015

ARTIGO (CB)

AMNÉSIA HÍDRICA
Cássio Borges*

Seria uma tremenda e inominável injustiça não se prestar uma justa homenagem, no Dia Mundial da Água, ao Departamento Nacional de Obras Contra as Secas – DNOCS, este extraordinário e competente organismo federal que, com suas  inumeráveis obras de engenharia, viabilizou economicamente a nossa Região. Por isso me pronuncio aqui.

Não homenagear aquele Departamento já seria uma grande e deplorável omissão, mas virar-lhe propositadamente as costas como se ele não existisse é uma atitude extremamente deplorável e indigna. Não tive conhecimento de qualquer reunião pública ou privada que, neste ano,  tenha  comemorado em Fortaleza o Dia Mundial da Água.

Por quê? Se tivesse havido, com certeza eu estaria presente, mesmo não fosse convidado. Fui durante mais de trinta e cinco anos responsável no DNOCS por esse segmento, em todo o Nordeste, e não me sentiria digno e autêntico se lá não estivesse presente para denunciar os inumeráveis erros de engenharia que, ultimamente, se tem cometido, aqui mesmo no Estado do Ceará, em relação a esse importante insumo para o desenvolvimento desta sofrida parte do território pátrio.

Fui um dos primeiros sócios fundadores da Associação Brasileira de Recursos Hídricos-ABRH e fundador dessa entidade no Ceará e no Nordeste, portanto me sinto à vontade e na obrigação de dizer de forma independente e corajosa o que penso e o que sinto  em relação a este tema da água em nossa Região. Infelizmente, é justamente no Estado do Ceará, onde mais se fizeram presentes as ações do DNOCS, que se concentram os maiores inimigos daquele Departamento Federal, e daqui partem as mais insidiosas e injustas campanhas por sua extinção. 


* Cássio Borges
Jornalista e Engenheiro
Ex-Diretor do DNOCS
Membro da ACLJ

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