sábado, 6 de outubro de 2018

NOTA ACADÊMICA - ELEIÇÕES 2018


NOTA ACADÊMICA
ELEIÇÕES 2018
   

O Brasil passa por uma crise gravíssima no momento – política, administrativa, criminal, fiscal, institucional, ideológica, cultural, ética e moral – um quadro patológico que, comparado a um organismo natural, seria equivalente ao estado septicêmico, em que ocorre infecção generalizada, levando à falência múltipla dos órgãos.


As “Polianas” nacionais reverberam pela imprensa que a democracia brasileira está hígida, sólida, perfeita, porque as instituições estariam funcionando – sem contudo levarem em conta que estas não funcionam bem, mas mal e porcamente, o que se percebe na desarmonia instalada entre os Poderes da República, nos quais, mesmo internamente, há irregularidades e conflitos.

Dizer que conflito é sinal de normalidade democrática é uma falácia sofística, uma pérola do paralogismo – pois, analogicamente, não seria regular uma partida de futebol em que os jogadores se agredissem impunemente, gols feitos com a mão fossem validados (independentemente do que evidenciasse o árbitro de vídeo), e em que o juiz e os bandeirinhas não se entendessem sobre as regras.

A democracia perfeita é aquela em que as divergências são respeitadas, mas se compõem pacificamente, todos obedientes à Constituição Federal, à legislação infraconstitucional e às demais normas vigentes, as quais, funcionando como um farol na escuridão, obrigam toda a coletividade a seguir uma conduta que corresponda ao interesse comum, com inspiração na ética universal de justiça e honra ao mérito.

A ACLJ, neste momento agudo da nacionalidade, recomenda aos seus integrantes que façam a mais criteriosa escolha neste escrutínio eleitoral, prestigiando o princípio da renovação dos agentes públicos que se candidatam a cargos majoritários e proporcionais na República Brasileira, em ambas as esferas, estadual e federal.


Que adotem em suas escolhas rigoroso critério de absoluta “ficha limpa” – não somente na acepção tolerante que a lei eleitoral confere ao termo – mas rejeitando todo aquele que não ostente – além de primariedade penal absoluta – bons antecedentes e vida pregressa ilibada, a respeito de quem não haja notícia de má conduta em cargo público, mas sobre quem paire o melhor e mais inquestionável conceito social.     


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