domingo, 14 de outubro de 2018

ARTIGO - Semeando Saberes (AS)


SEMEANDO saberES
Arnaldo Santos*


Devotados à profissão que escolheram, historicamente mal remunerados, quase sempre cumprindo jornadas de trabalho extenuantes, em locais muita vez insalubres, distantes e perigosos – onde quase não existe infraestrutura de comunicação e, menos ainda, tecnológica – diariamente, milhares de homens e mulheres dedicam o melhor dos seus esforços para estabelecer um Brasil melhor e mais desenvolvido.

Para chegarem aos seus locais de trabalho, os profissionais a que nos referimos, em algumas regiões do País, são obrigados a se deslocar em barcos perigosos, muitas vezes até remando, ou de bicicleta, e a cavalo, por estradas intransitáveis, pelo interior do Brasil.

Se já não bastassem todas essas adversidades, a falta de reconhecimento, e quase nenhuma valorização, mais recentemente, esses profissionais passaram a ser impedidos de desempenhar suas funções pela violência a que estão expostos, quando não são eles as próprias vítimas de brutais agressões físicas em seu ambiente laboral.

O leitor já deve ter percebido que estamos nos referindo aos professores, cujo dia em sua homenagem transcorre nesta segunda-feira (15.10), e não há motivos para comemorações. Ao contrário, temos sobradas razões para lamentar e refletir sobre a realidade vivenciada.

Ultimamente, muito se fala na melhoria da qualidade do ensino, significativos investimentos são feitos na rede de ensino, mas muito pouco é realizado em favor dos nossos docentes, embora sejam somente eles capazes de promover as transformações necessárias na formação da nossa juventude, pela transmissão do conhecimento.

Escolas com boa infraestrutura física são importantes, tecnologia educacional embarcada em sala de aula, também, como é necessário o transporte escolar para que as crianças cheguem às escolas, mas nada substitui o professor. Por tal pretexto, oferecer-lhes uma boa formação, melhores condições de trabalho, segurança em sala de aula e remuneração digna é um dever que se impõe e que a sociedade cobra.

Ainda há tempo!



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