FALANDO SÉRIO!
Já estive ébrio enquanto a mente seguia as melodias
da Quinta Sinfonia de Beethoven, para saber se era tão esplêndida quanto A Primavera
de Vivaldi! Jessé de Souza e Bauman me ensinaram coisas do agora, enquanto
Olavo de Carvalho me enchia de coragem de dizer o que penso.
Outro dia alguns juristas acompanhados de Fabbrine
Mirabete e Damásio enchiam a mesa de minha sala falando sobre coisas que o Direito
diz a todos e, mostrando o porquê dele não chegar a todos.
Concordei com Luiz Felipe Pondé, quando disse que o
politicamente correto não tem nada de politicamente correto, ou seja, é uma
mentirosa massagem de ego para a massa alienante de que Freud falou.
Caí no samba e ouvi que Noel Rosa nunca morre porque
deixou algo que o eterniza. Arranjei trabalho em lugar que a Bíblia manda
visitar, talvez para me acostumar a ver choro e ranger de dentes. Formei
família e três filhos me alegram a alma.
Um dia, depois de muito tempo de vida, descobri que
ela seria boa demais para se viver, se não fossem os outros – Sartre ensinou-me
que o inferno são outros – mas sem esses outros também ela, a vida, seria
extremamente chata e entediante. Daí sentei-me com alguém que me explicou que
quando nos outros eu projetar o amor que quero para mim mesmo, estarei
alcançando a sonhada paz interior: Jesus Cristo!
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