A COMUNHÃO
Totonho Laprovitera*
Em Sobral, pela
homilia do Padre Osvaldo, resolvi ir à missa dominical na Igreja do Abrigo.
Quando chegou a minha vez na fila da comunhão, ele parou e, com a hóstia na
mão, interrogou-me:
– Em qual paróquia
você costuma comungar?
– Padre, a minha
paróquia é em Fortaleza. – respondi.
– Qual é o seu nome?
– Antonio
– Mas, lhe chamam
por um apelido...
– Totonho.
– Sei... Qual é o
seu ofício?
– Sou arquiteto e
artista plástico.
– Artista... Se fosse
artista eu seria soberbo e não falaria com ninguém... – ironizou.
– Padre Osvaldo...
– Sim?
– Pode me conceder a
comunhão, que estou limpo de pecado...
Ele riu, eu
comunguei e a fila andou.
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