quarta-feira, 28 de junho de 2017

ARTIGO - Denúncia por Ilação


DENÚNCIA POR ILAÇÃO
Humberto Ellery*


Tenho a lamentar que pessoas inteligentes, instruídas e bem informadas se deixem pautar por uma grande parcela da Imprensa que vestiu a camisa “Fora, Temer”. Alguns meios de comunicação estão repetindo ilações, delações e imputações sem fundamento como se crimes fossem, baseando todo o denuncismo em uma gravação clandestina, portanto uma “prova” ilícita (Art. 5º, inc. LVI, CF/88).

E, o que é pior, trata-se de uma gravação tão fulerage que não permite perceber nela absolutamente nenhum crime, mesmo que aceita como prova. Recomendo a essas pessoas a leitura de “A Imprensa e o Dever da Verdade” de Ruy Barbosa; “Os Grandes Pecados da Imprensa” de Sebastião Nery; e também “Ética e Imprensa” do Eugênio Bucci.

Ou ainda, que botem a memória para funcionar e lembrem dos crimes cometidos contra Alcenir Guerra, Ibsen Pinheiro, o casal Aparecida e Icushiro Shimada juntamente com a professora Paula e seu esposo Mauricio Alvarenga da Escola Base de São Paulo, que mesmo inocentes tiveram suas reputações enxovalhadas, suas vidas destroçadas tudo por conta desse açodamento em denunciar sem um mínimo aprofundamento de investigações.

Apenas porque se deixaram levar pelo absurdo lema “todo político é ladrão”, tão diligentemente reforçado pela dupla Fachin/Janot, com a publicação da criminosa Lista da Odebrecht. Só não vê quem não quer, na atuação dessa dupla, um minueto bem planejado e bem executado para chegar a um “volta Lula”!



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