NADA ERA DELE
(Autor Desconhecido)
Rui Martinho Rodrigues*
Inspirado em Stanley Jones
Disse um poeta um dia, fazendo
referência ao Mestre amado:
"O
berço que Ele usou na estrebaria, por acaso era dEle?
– Era emprestado!
E o manso jumentinho, em que, em
Jerusalém, chegou montado
e palmas recebeu pelo caminho,
por acaso era dEle?
– Era emprestado!
E o pão - o suave pão que foi por
seu amor multiplicado, alimentando toda a multidão – por acaso era dEle?
– Era emprestado!
E os peixes que comeu junto ao
lago e ficou alimentado, esse prato era seu?
– Era emprestado!
E o famoso barquinho?
aquele barco em ficou sentado,
mostrando à multidão qual o caminho, por acaso era dEle?
– Era emprestado!
E o quarto em que ceou ao lado
dos discípulos, ao lado de Judas, que o traiu, de Pedro, que o negou, por acaso
era dEle?
– Era emprestado!
E o berço tumular,
depois do Calvário, foi usado e
onde havia de ressuscitar, o túmulo era dEle?
– Era emprestado!
Enfim, NADA era dEle!
Mas
a coroa que ele usou na cruz e a cruz que carregou e onde morreu, essas eram, de
fato, de Jesus!”
Isso disse um poeta, certo dia,
numa hora de busca da verdade; mas não aceito essa filosofia
que contraria a própria
realidade...
O berço, o jumentinho e o
suave pão, os peixes, o barquinho, o quarto e a sepultura,
eram dEle a partir da criação,
“Ele os criou” – assim diz a Escritura...
Mas a cruz que Ele usou
– a rude cruz, a cruz negra e mesquinha
onde meus crimes todos expiou, essa não era Sua, ESSA CRUZ ERA MINHA!
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