sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

POEMA NATALINO - Nada Era Dele (RMR)

NADA ERA DELE
(Autor Desconhecido)
Rui Martinho Rodrigues*


Inspirado em Stanley Jones

Disse um poeta um dia, fazendo referência ao Mestre amado:

"O berço que Ele usou na estrebaria, por acaso era dEle?

– Era emprestado!

E o manso jumentinho, em que, em Jerusalém, chegou montado
e palmas recebeu pelo caminho, por acaso era dEle?

– Era emprestado!

E o pão - o suave pão que foi por seu amor multiplicado, alimentando toda a multidão – por acaso era dEle?

– Era emprestado!

E os peixes que comeu junto ao lago e ficou alimentado, esse prato era seu?

– Era emprestado!

E o famoso barquinho?

aquele barco em ficou sentado, mostrando à multidão qual o caminho, por acaso era dEle?

– Era emprestado!

E o quarto em que ceou ao lado dos discípulos, ao lado de Judas, que o traiu, de Pedro, que o negou, por acaso era dEle?

– Era emprestado!

E o berço tumular,
depois do Calvário, foi usado e onde havia de ressuscitar, o túmulo era dEle?

– Era emprestado!

Enfim, NADA era dEle!

Mas a coroa que ele usou na cruz e a cruz que carregou e onde morreu, essas eram, de fato, de Jesus!”

Isso disse um poeta, certo dia, numa hora de busca da verdade; mas não aceito essa filosofia
que contraria a própria realidade...

O berço, o jumentinho e o suave pão, os peixes, o barquinho, o quarto e a sepultura,
eram dEle a partir da criação, “Ele os criou” – assim diz a Escritura...

Mas a cruz que Ele usou

– a rude cruz, a cruz negra e mesquinha onde meus crimes todos expiou, essa não era Sua, ESSA CRUZ ERA MINHA!


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