COLABORAÇÃO PREMIADA
A PISTOLA DE OURO
Humberto Ellery*
Quando
ainda adolescente eu ficava intrigado com algo que via nos filmes americanos
que envolviam julgamentos. Em dado momento do filme a Promotoria fazia acordo
com os bandidos para, assim, abreviar o trial e chegar logo aos
culpados, amenizando as penas dos colaboradores.
A
mim soava como um despropósito a deusa Justiça tirar a venda dos olhos,
encostar a balança em um canto e pactuar com delinquentes. Onde já se viu?
Eu
nunca estudei Direito e nunca me preocupei muito com essa “peculiaridade” que
eu creditava ao pragmatismo americano. Com a chegada ao Brasil da
(impropriamente) chamada “delação premiada” fui pesquisar sobre o assunto e
deparei-me com essa assertiva do jurista alemão Caspar Rudolf von Ihering
(avô do cientista gaucho Rodolpho Theodor Wilhelm Gaspar von Ihering,
pesquisador que desenvolveu o método de hipofisação em piscicultura, que dá
nome ao Centro de Pesquisa do DNOCS em Pentecoste).
Diz
o grande jurista: “...um dia os juristas vão se ocupar do Direito
Premial, e farão isso quando pressionados pelas necessidades práticas
conseguirem introduzir matéria premial dentro do Direito, isto é, fora da mera
faculdade ou arbítrio, delimitando-o com regras precisas, nem tanto no
interesse do aspirante ao prêmio, mas, sobretudo, no interesse superior da
coletividade.”
E
pensar que foi a Dilma que sancionou a lei da colaboração premiada...
IMPEACHMENT
A BALA DE PRATA
Enfrentar
a dura realidade é fácil; difícil é assistir ao suave evanescer dos nossos
sonhos. Desculpem o tom lamentoso. Eu normalmente sou um otimista
incorrigível, pois acredito que se o otimismo não melhora a realidade, o
pessimismo, com certeza, a piora.
Sempre
acreditei, como bom marinheiro, que se o pessimista lamenta os ventos
contrários, e o otimista espera o vento mudar, eu prefiro ajustar minhas velas
e navegar com o vento que temos. Mas a situação do nosso País tem me deixado
acabrunhado, o estado brasileiro está completamente aparelhado por um bando de
corruptos, e, o que é pior, incompetentes.
A
Academia (principalmente as universidades federais) está completamente dominada
por esquerdistas arcaicos, presos a um marxismo rastaquera que ficou aferrado
ao Século XIX, repetindo slogans bolorentos (“por uma escola pública,
gratuita e de qualidade” – como se isso existisse), enquanto a qualidade do
Ensino, e da Pesquisa, despencam ladeira abaixo, e sua terceira coluna, a
Extensão, que dá às escolas superiores o seu caráter de universalidade, que as
permite chamar-se Universidades, simplesmente inexiste.
Ainda
por cima debocham dos verdadeiros intelectuais do País, distribuindo baciadas
de títulos de “Doutor Honoris Causa” ao apedeuta, o homem que se gaba de nunca
ter lido um livro sequer, que criou a política das “Unisquinas”, uma
universidade em cada esquina – a quantidade em detrimento da qualidade.
Vou,
por enquanto, me ater apenas à Academia, sem falar na verdadeira destruição do
setor produtivo, em que a Petrobras é o símbolo maior do descalabro que
tem sido esses miseráveis treze anos de desgoverno petista.
Mas minha preocupação hoje se deve ao fato de que a presidente só precisa de 172 (ou 171, número mais adequado ao PT) votos na Câmara dos Deputados para barrar o impeachment.
Quando
eu trabalhei na Câmara dos Deputados, em Brasília, nós costumávamos dizer,
maldosamente, que para conseguir alguns votos a mais para aprovar algum projeto
de lei, ao Poder Executivo bastava “atirar uns grãos de milho no terreiro” (emendas
parlamentares, por exemplo). Eu
vejo agora que, embora tenham quebrado o País, eles ainda têm muito milho no
paiol.
Se nós não formos para o meio da rua, todos nós, exigirmos o Impeachment, o PT vai sair mais fortalecido desse embate e então: ADEUS. Não haverá otimismo que resolva.
Se nós não formos para o meio da rua, todos nós, exigirmos o Impeachment, o PT vai sair mais fortalecido desse embate e então: ADEUS. Não haverá otimismo que resolva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário