SOCIEDADE DE CULTURA
LATINA DO BRASIL
Regional do Ceará
Fundada em 15 de abril de 2004
15.01.2015
POEMINHA PARA TEREZA
Francisco Nóbrega
(Presidente da Academia de Letras e Artes do Nordeste)
O nó que me intriga é aquele que faço,
Quando penso no outro pedaço do laço:
Aquela linda moça do Recife
Que no sonho me trás doce abraço.
Não é Tereza da praia, tampouco a de Jesus..
É aquela que suavemente me conduz
Para um sutil jardim de amores
Onde o bem-te-vi canta alto, bem alto,
Altaneiro, esta verdade que sinto:
Tereza: bela Tereza, és a Rainha das flores,
De muitos aromas doces,
Com pouca fantasia ou espinho,
Com pouca fantasia ou espinho,
Te trago no coração em almejado ninho.
CABELOS
Vicente Alencar
(Presidente
da Sociedade Cearense de Geografia e História - Fortaleza)
Sedosos que são,
teus cabelos
dominam meus olhos
emoldurando teu rosto
portal do teu sorriso.
Sedosos que são
teus cabelos
desafiam minhas mãos
impregnadas de carinho
que desvendam seus sonhos.
CAMOCIM
Yolanda Montenegro
(Da
Associação de Jornalistas e Escritoras do Brasil-AJEB-CE)
Olhando para o mar
enquanto passa o Rio
Teu povo na espera.
esperando...
Barcos lagosteiros na madrugada.
Pequena cabotagem
navios não mais te buscam
mas vives em clima
de marinhagem.
Somem dos marujos d'outrora
vagam pelas praias.
Filhos teus. Filhos da terra.
No depois
partem.
Olhos longes,
plagas distantes...
No aventureiro espírito
herdado.
E assim
paira no ar o sentido
de espectação.
Troncos familiares antigos
rarefeitos - mudanças.
Novos chegando céleres
outras faces, outros nomes
mas sempre a Cidade e o Coreaú
Ventos doces - claras manhãs
ventos fortes e quentes tardes
ventos macios ao anoitecer.
Amada por teus filhos natos
e adotivos
que te embelezam
e faceira ficas
cidade praieira
de Camocim.
CEDRO, MEU AÇUDE
Olga Stela de Alencar Wouters
Cedro, meu açude, sangra!
Sandra e canta a liberdade de tuas águas
que alegremente banharam minha infância
em claras e mágicas manhãs,
mas, que por vezes fizeram meu medo maior
à simples visão do teu escuro profundo!
sangra fartura de espigas de ouro
e a maturidade dos grãos
com que se nutre teu povo.
Sangra a mais verde relva
onde as sombras dos galhos
desenham rendas flutuantes.
sangra a euforia da gente
que às tuas margens habita
e nela faz renascer
improváveis esperanças,
e no balanço das tuas águas
faz dançar de alegria
a humilde paciência dos pobres!
Sangra, meu açude, sangra!
SAUDADE ANTIGA
Raimundo Silva Cavalcante
(Da
Academia Camocinense de Ciências, Artes e Letras-ACCAL)
Correndo sob a chuva, buscando a bica forte;
piões quilando, bilas a disputar,
a minha meninice, agora a relembrar,
brigas na rua; no papagaio, o corte.
A pesca de siris, os banhos de mar;
nos matos os passeios, os secos jatobás;
"bostinhas"-de-cabra, "sogros", amarelos puçás;
cajus e "guabirabas"... é bom recordar...
Gostosos muricis, a surra ao regressar;
em junho as fogueiras, bombas a espocar;
prá lagrimas evitar... por favor não contem...
Bicicleta que não tive e queria tanto...
Namoradas que amava, nem sabiam quanto...
Tudo tão distante, mas parece ontem...
LEIA E PRESTIGIE OS AUTORES CEARENSES
DIVULGUE A NOSSA GENTE
Sociedade de Cultura Latina do Brasil
Regional do Ceará
Presidente: Vicente Alencar.
Vice Presidente: Wildo Celestino de Oliveira.
PS. No primeiro sábado de cada mês, às 10 da manhã, reunião da UNIÃO
BRASILEIRA DE TROVADORES - UBT Fortaleza.
Local: Academia Cearense de Letras - Rua do Rosário, 1. Centro.
TROVAS DE AUTORES CEARENSES
Sem saber plantei saudade
no meu tempo de criança,
e agora sou, na verdade,
um escravo da relembrança.
CIRO COLARES
A todo e qualquer momento,
no verde do teu olhar,
que te vai no pensamento,
procuro em vão decifrar.
HILMA MONTENEGRO
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