FUTURO DO PRETÉRITO
Alana
Alencar*
Por um segundo, todo gerúndio projeta-se num futuro do pretérito...
e, eternos, nossos verbos certos conjugam-se no presente. A voz que
guia a mão... indica língua e pensamento.
Um corpo que estreita... declina. Conjuga-se, esquiva-se, deleita-se.
Repete-se.
O seio, a sombra, o resto...
O tempo mais que perfeito é pretérito.
Noutro segundo, todo gerúndio acorda e cego chora ser indicativo.
Fora, dentro, entre.
A voz que permanece. Um corpo que responde... conjuga-se,
esquiva-se, maltrata-se. Repete-se.
O outro, a sombra, o nada.
Impossibilidade de qualquer conjugação.
É a razão.
É a palavra.
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