sábado, 22 de setembro de 2018

CRÔNICA - O Primeiro Sonho (MG)

O PRIMEIRO SONHO
Marcos Gurgel*


Não posso escrever a ela. Escrevo então para mim, pensando nela. Quanta saudade; vê-la é reviver nossa infância e adolescência, que não saem de mim, não sei por quê. Mas é assim.

Foi um namoro infantil que pouco durou, mas que marcou para sempre. Somos amigos e torcemos um pelo outro; preocupo-me com ela, e ela se preocupa comigo; quero o melhor para ela, ela quer sempre o melhor para mim.

Ela é feliz, eu sei. O seu sorriso estampa felicidade. Seus filhos, então, confirmam essa verdade. Morro de saudades.

Quem me dera voltar no tempo em minha terra: colégio, bandinha, praça, igreja, missa, paradas, Banabuiú, barragens... Impossível, mas bem perto. Maior é a lembrança e melhor a fantasia.

Limoeiro que me espere... eu volto para lá um dia.


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