O PRIMEIRO SONHO
Marcos Gurgel*
Não posso escrever a ela. Escrevo então para mim, pensando nela.
Quanta saudade; vê-la é reviver nossa infância e adolescência, que não saem de
mim, não sei por quê. Mas é assim.
Foi um namoro infantil que pouco durou, mas que marcou para sempre.
Somos amigos e torcemos um pelo outro; preocupo-me com ela, e ela se preocupa
comigo; quero o melhor para ela, ela quer sempre o melhor para mim.
Ela é feliz, eu sei. O seu sorriso estampa felicidade. Seus filhos,
então, confirmam essa verdade. Morro de saudades.
Quem me dera voltar no tempo em minha terra: colégio, bandinha,
praça, igreja, missa, paradas, Banabuiú, barragens... Impossível, mas bem
perto. Maior é a lembrança e melhor a fantasia.
Limoeiro que me espere... eu volto para lá um dia.
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