ASSEMBLEIA GERAL DA ACLJ
NO ESPAÇO EDILMAR NORÕES
NO ESPAÇO EDILMAR NORÕES
DO IATE CLUBE DE FORTALEZA
PLENO ÊXITO
Transcorreu
com grande brilho a última Assembleia Geral Ordinária da ACLJ deste ano, na tarde-noite desta quinta-feira, dia 23 de novembro, que, excepcionalmente,
foi promovida no Iate Clube de Fortaleza (a convite do acadêmico Totonho Laprovitera, que é seu Diretor de Arte e Cultura), mais especificamente, no Espaço
Edilmar Norões. O Mestre de Cerimônia foi o confrade Vicente Alencar.
O Espaço Edilmar Norões é um deque especial que aquela instituição social construiu para homenagear o grande jornalista falecido, que foi seu diretor por muitos anos, e que era Titular Fundador da Cadeira de Nº 3 da nossa Academia, tendo como Patrono Perpétuo o inesquecível Edson Queiroz.
O Espaço Edilmar Norões é um deque especial que aquela instituição social construiu para homenagear o grande jornalista falecido, que foi seu diretor por muitos anos, e que era Titular Fundador da Cadeira de Nº 3 da nossa Academia, tendo como Patrono Perpétuo o inesquecível Edson Queiroz.
O
local exótico e o horário vespertino para os quais a reunião fora marcada, com
início às cinco da tarde, ocasionou muitas defecções entre os acadêmicos,
inclusive vários daqueles que haviam confirmado presença, o que é compreensível,
e que não desdourou a efeméride. Os mais pontuais desfrutaram o por do sol na explanada do Iate, mas a solenidade somente teve início no começo da noite.
A
vertente jornalística na ACLJ permite que a sua programação de reuniões oficiais
seja ubíqua, dinâmica, itinerante, de modo que eventualmente a sua pauta de
eventos se “aproprie” de espaços mais históricos e mais poéticos da Cidade e do
Estado – o que, em última análise, favorece a difusão da existência da entidade
ao público externo, e, por outro lado, estimula a verve dos seus intelectuais
em relação ao locus vitae.
Vinte
e quatro acadêmicos compareceram à Assembleia, quais sejam o Presidente
Reginaldo Vasconcelos, o Presidente Emérito Rui Martinho Rodrigues, o decano masculino Roberto
Martins Rodrigues, a decana feminina Concita Farias, os Beneméritos Ubiratan Aguiar e
Paula Queiroz Frota, os Titulares Adriano Vasconcelos, Alfredo Marques, Paulo
Ximenes, Vicente Alencar, Roberto Moreira, Altino Farias, Karla Karenina,
Nirez, Paulo César Norões, Marcos André Borges, Geraldo Jesuino, Arnaldo
Santos, além dos Honorários Marcos Maia Gurgel, Totonho Laprovitera, João Paulo
Gurgel, Humberto Ellery e Cássio Borges, estes últimos quatro promovidos à
titularidade, e Alana Girão de Alencar, que, tendo sido eleita, tomou posse.
Justificaram ausência a Sra. Martine, mulher do Patrono Claudio Pereira, que enviou uma bela mensagem epistolar; o confrade Cândido Albuquerque, em mensagem eletrônica dos EUA; os Beneméritos Igor Barroso e Edson Queiroz Neto; o artista Descartes Gadelha, o Senador Cid Carvalho e o Prof. Vianney Mesquita, por motivo de doença; e o Dr. Lúcio Alcântara, em razão de luto pelo falecimento de um amigo. A Benemérita Graça Dias Branco da Escóssia telegrafou à Diretoria, apresentando os seus motivos, e também expediu telegrama a cada um dos empossandos, com as suas felicitações.
Justificaram ausência a Sra. Martine, mulher do Patrono Claudio Pereira, que enviou uma bela mensagem epistolar; o confrade Cândido Albuquerque, em mensagem eletrônica dos EUA; os Beneméritos Igor Barroso e Edson Queiroz Neto; o artista Descartes Gadelha, o Senador Cid Carvalho e o Prof. Vianney Mesquita, por motivo de doença; e o Dr. Lúcio Alcântara, em razão de luto pelo falecimento de um amigo. A Benemérita Graça Dias Branco da Escóssia telegrafou à Diretoria, apresentando os seus motivos, e também expediu telegrama a cada um dos empossandos, com as suas felicitações.
A
Mesa de Honra foi composta pelo confrade Totonho Laprovetera, Diretor de
Cultura e Arte do Iate Clube, a Benemérita Paula Queiroz Frota, o Presidente
Reginaldo Vasconcelos, o Presidente Emérito Rui Martinho Rodrigues, o
Benemérito Ubiratan Aguiar, Presidente da Academia Cearense de Letras, o Comodoro Francisco Aragão, e a poetisa Concita
Farias.
O Espaço Edilmar
Norões do Iate Clube foi adornado com a pintura do retrato do próprio
Edilmar, assim também com o retrato pictórico do jornalista e poeta Jader
de Carvalho, ambas as obras de arte pertencentes ao acervo da Galeria de
Patronos da ACLJ. Jader, sendo Patrono Perpétuo da sua Cadeira de Nº 1, é
também o Patrono da Academia.
Ao referir a
ele, que foi o 3º Príncipe dos Poetas Cearenses, o Presidente Reginaldo
Vasconcelos declamou um trecho da Poesia Terra Bárbara, que é certamente a mais
bela página telúrica cearense e a mais conhecida da obra de Jader:
“Se o homem é bom, eu respeito; se gosta de mim, morro por ele. Mas se
porque é forte entendesse de humilhar-me... ah sertão! Eu viveria o teu drama
selvagem; eu te acordaria ao tropel do meu cavalo errante, como antes te
acordava ao choro da viola”.
Ressalvados alguns
momentos de emoção, quando da execução dos hinos e quando de algumas citações
nostálgicas ao longo dos discursos, essa Assembleia Geral foi marcada pelo bom-humor dos acadêmicos, notadamente de Totonho Laprovitera, que não perde a piada, e da
participação luminosa da Dra. Paula Frota, e do marido Sílvio, que tudo transformam em sorriso e alegria.
A cobertura fotográfica foi emprestada pela coluna virtual Balada In, do jornalista Pompeu Vasconcelos.
A cobertura fotográfica foi emprestada pela coluna virtual Balada In, do jornalista Pompeu Vasconcelos.
DISCURSO DO PRESIDENTE
REGINALDO VASCONCELOS
A Academia Cearense de Literatura e Jornalismo se reuniu hoje para a sua última Assembleia Geral Ordinária do ano, em que a confraria celebra o término de suas atividades nesta quadra anomalística – esse o fito clássico deste nosso agradável encontro acadêmico.
Nesta
oportunidade, recebemos mais um integrante titular, a poetisa Alana, e
assumiram cadeiras acadêmicas antigos membros honorários, os quais já reuniam
todos os requisitos institucionais para a titularidade.
O local escolhido, por oferta do confrade Totonho Laprovitera, tem total congruência com o espírito literário e jornalístico da nossa Academia, pois este ambiente faz remissão poética à história da Cidade e do Estado.
Estamos diante desta bela enseada, delimitada entre o farol velho e o forte que deu origem e nome à Capital do Estado, recôncavo que os indígenas cambebas chamavam Mucuripe, e que, segundo queria Vicente Pinzón, se denominaria Rostro Hermoso.
Aproximando a lente da memória, nós nos flagramos no Iate Clube, que para tantos de nós, para mim, particularmente, é palco de gradas recordações, desde a mais antiga infância.
Nunca fui sócio do Iate, mas tive um tio que foi fundador, e a imprensa dos anos 50 registra quando ele importou uma lancha, com um longo par de esquis. Eu, entre os 3 e os 5 anos, era como um mascote desse brinquedo aquático do tio Luciano, singrando por esse mar e fundeando neste pier do Iate.
Um dos momentos memoráveis da minha meninice, em suas catitas minudências, ocorreu nessa pequena praia mansa, ao lado do clube, que naquela época se estendia livre até o cais do porto.
Certa manhã, enquanto meu tio estava aqui entre os amigos, eu me banhava sozinho nessa praínha, e na minha puerilidade eu conversava em voz alta com o oceano.
Até que uma marola mais forte me tirou do dedo um pequeno anel de ouro, com uma safira azul, com que uma madrinha me brindara. Tomei um susto, reclamei do mar, argumentei que não seria honesto se apropriar do meu anel – e então a onda seguinte o trouxe de volta, lançando-o na minha direção, sobre as pedrinhas do cascalho.
Já na mocidade, repórter de jornal, era portador de um permanente do clube que me concedera o Etevaldo, então o Comodoro. Fiz aqui o meu primeiro curso de mergulho, ministrado pela tripulação de um iate neozelandês que fundira o motor em alto mar, do qual nós ajudamos no reparo, conduzindo-os no nosso automóvel para a retífica e a oficina.
Quantas domingueiras, quantas festas do Havaí, quantos réveillons, quantos carnavais, em um dos quais lembro do Augusto Borges, solteiro de novo, já muito alegre, proclamando slogans carnavalescos totalmente impublicáveis. Novamente, como diria Drumond: “Ah!, nós éramos rapazes...”.
Mas, afastando um pouco a lupa, nos vemos ocupando este Espaço Edilmar Norões, a homenagear um dos nossos mais estimados e saudosos confrades, a cujo apoio a Academia deve o seu impulso inicial, que foi diretor deste Iate Clube, e que já ingressou gloriosamente na imortalidade social. Foi sucedido pelo nosso Paulo César, que segue os seus passos na profissão e na Academia.
Queremos agradecer ao Comodoro Chiquinho Aragão, e ao Diretor de Arte e Cultura, o nosso confrade Totonho Laprovitera, por essa tão prazenteira acolhida, neste paraíso marítimo de bons ventos e de um mar de almirante.
Bem assim agradecemos à família do Patrono Perpétuo Armando Vasconcelos, que veio prestigiar a memória do parente inesquecível – a irmã dele, Salésia; a filha dela, a professora Yaskara, e a contraparente Márcia, que acompanhou o Armando na doença.
Por fim, conforme a tradição que a nossa
Academia quer estabelecer e consagrar, convidamos todos a compartilhar um
brinde com vinho do Porto, após o encerramento da cerimônia, em homenagem à
nova acadêmica, aos novos titulares, e a todos os bons sucessos que
experimentamos neste ano.
Obrigado.
DISCURSO
DE
TOTONHO
LAPROVITERA
Orgulho-me de fazer parte desta honrada
instituição, como membro honorário, desde 2015. De lá para cá, de maneira
plena, sempre tenho procurado participar de seus projetos, de suas ações e de
sua história.
Nestes anos, tenho sido aprendiz de todos os
confrades – e confreiras – vivenciando e compartilhando exercícios de saberes
unidos às práticas do bem.
A companhia e o convívio com personalidades
distinguidas no âmbito da cultura, das artes e da intelectualidade cearense,
significam para mim que os verdadeiros inteligentes são humildes e acessíveis à
partilha da mais legítima preciosidade de um ser humano: o conhecimento!
Estou muito feliz
nesta tarde-noite! Ocupar
a Cadeira de No. 38 da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo,
cujo patrono é meu saudoso amigo Cláudio Roberto Abreu Pereira, significa
desempenhar a alta responsabilidade de quem acredita na imortalidade dos
viventes através do afeto entre as pessoas queridas. Até hoje aprendo com
Pereira. E sempre haverei de aprender, ora!
Tratar bem a todas as pessoas, sem diferenciá-las
por suas naturezas e importâncias; ser
colecionador de amigos e conservá-los, acolhendo-os com as suas virtudes e os
seus senões; levar a vida de maneira simples e com muito bom humor; enfrentar
os nossos desafios, levando em conta que a nossa razão maior é a de vivermos
felizes.
“Camarero, um rum!”
Pereira, para mim e certamente para os
incontáveis amigos seus, jamais morreu. Com sua alma inquieta e bondoso
coração, creiam, seguiu para os universos dos espíritos que se mantém eviternos
na grandeza de luz dos mil infinitos.
Colegas, essa Cadeira de No. 38 me
será “voadora”, pois nela viajarei céus e navegarei sonhos! Nela, desenharei
com palavras a pintura de minhas expressões criativas. Nela, serei nós! Nela, seremos arte!
Muito Obrigado
DISCURSO DE
JOÃO
PEDRO GURGEL
Em
primeiro lugar, gostaria de agradecer pela confiança em mim depositada, em
ostentar a titularidade nesta colenda Academia. A impressão causada pela idade
que trago no rosto torna inquietante este laurel. A fim de demonstrar meu
carinho pelas letras, escrevi esta breve apresentação que, prometo, será curta,
pontuando também o caráter e a distinta trajetória de meu patrono nesta seleta confraria
literária.
(...........................................................................................)
Ao
fim da época de vestibular, na qual os jovens são triturados, ano após ano, por
pressões de varias natureza, tribulações de ordem pessoal me vieram à tona.
Neste momento, eu havia fundada convicção de que era hora de parar de escrever,
para somente estudar.
Contudo,
foi aí que a poesia bateu forte. Não sabia mais fazer poesia, a veia poética
parecia haver secado, o que fez surgir o poema “Analfabeto Poético”, que
mereceu menção honrosa do nosso professor Vianney Mesquita.
(...........................................................................................)
Demócrito Dummar é o patrono da cadeira de nº
19 da ACLJ, e é também o meu patrono pessoal. Aliás, posso dizer: é patrono de
todos nós.
Sou
o membro mais jovem da ACLJ, contudo me sinto como se fosse um provecto cidadão.
A idade de nossas células nem sempre corresponde às ponderações da nossa alma. Nossas
células morrem, nossa alma não. A alma da ACLJ é imortal. Demócrito Dummar é
imortal. E agora, modesta mas gloriosamente, este que vos fala também
ingressa na imortalidade.
Muito Obrigado.
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