Estão chamando
nossa turma
Wilson Ibiapina*
O pernambucano Antônio Maria, cronista,
jornalista, colunista, compositor, antes de ficar famoso no Rio passou por
Fortaleza, onde fez sucesso como locutor esportivo. Chico Anysio contava que um
dia, quase ele mata a mulher do atacante Pipiu, durante um jogo em que o
goleiro do time adversário era um tal de Puxa a Faca. Na época, a bola era
chamada de pelota ou couro.
E Maria transmite: “Pipiu vai cabecear, vem Puxa Faca e arranca o couro da cabeça do Pipiu.
A mulher do craque, ouvindo a transmissão do jogo pelo rádio, não pensou duas
vezes antes de desmaiar. “Escalparam meu marido.”
Em 1952, Antônio Maria fez a letra e o Zé Gonzaga, irmão do Rei do baião colocou a música e cantou:
“Nós era sete / Fumo morrendo / Fumo morrendo
/ E só fiquemo eu / Não houve reza / Não houve nada / Fumo morrendo / E só
fiquemo eu”.
Essa música só lembra os amigos jornalistas que vão ficando pelo caminho. E não são poucos.
No Ceará, o Galeguinho, repórter policial,
Flávio Pontes, Odalves Lima, Agladir Moura. Carlos Paiva, Ciro Saraiva, Edmundo
Castro, Edmundo Maia, Ezaclir Aragão, Venelois Xavier, Vander Silva, Edilmar
Norões, Durval Aires, Francisco Bilas, Neno, Guilherme Neto, Dário Macedo,
Tomas Coelho, Rangel Cavalcante, Lustosa da Costa.
Aqui em Brasília nem se fala. Carlos Castelo
Branco, Abdias Silva, João Emílio Falcão, Alfredo Obleziner, Elísio Pontes,
Carlos Chagas, Pompeu – o do Ceará e o do Pará. É gente demais. São tantos, que
nem lembro todos.
Enfim, nós era sete. E só fiquemo eu.
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