A RESPEITO
DE COMUNICAÇÃO
Vicente Alencar*
O Rádio brasileiro iniciou suas atividades no já distante ano de 1922, no Rio de Janeiro, depois se espalhando por todo o País, e a nossa imprensa começou com o “Correio Braziliense” (com Z), impresso em Londres e distribuído no Brasil, ainda no tempo do Império.
O termo "comunicação"
é relativamente novo, pois tudo o que se dizia ou publicava desde então era por
conta da “imprensa”, atualmente chamada de “mídia” – palavra que remete ao latim “media”, ou seja, meios
intermediários de comunicação.
A comunicação – como
se diz, desde os anos sessenta – ou imprensa, como se disse sempre – é algo que
com qualquer denominação nunca morrerá. É algo de suma importância,
principalmente quando é correta e objetiva, dentre outros predicados.
Existem termos
dentro do universo da comunicação que não deveriam ser empregados, para que não
sejam “ensinados” ao público termos errôneos.
Por exemplo, quando um repórter,
um narrador esportivo, um comentarista, enfim, qualquer pessoa que milite no âmbito
do jornalismo especializado em futebol afirma que “o time está perdendo e precisa
correr atrás do prejuízo”, ele está pronunciando uma oração incongruente, fora
de tempo, solta no espaço.
Ninguém corre atrás
de prejuízos? Corretamente falando, quem quer que seja, “deve correr para evitar
ou compensar um prejuízo”. É apenas uma questão de prestar atenção no que se
está falando, simples e fácil.
Gerações aprenderam
durante o antigo e já fora de moda “curso primário”, que seguia do primeiro ao
quarto ano, fechando o círculo com o famoso “exame de admissão” ao Ginásio (que
também já não existe) que, comunicar-se é falar correto, é escrever certo.
Aprendiam ainda a apresentar-se em família e em sociedade sempre bem vestidos,
mesmo sem ostentação, limpos e bem arrumados, ou seja, com a indumentária e os
cabelos em ordem.
Lamentavelmente, muitas
das lições daquela época estão hoje esquecidas. Comunicar-se bem começa cedo,
quando crianças e adultos podem utilizar-se de termos que convencionamos chamar
de “palavras mágicas”: “bom dia”, “boa tarde”, “boa noite”, “com licença”, “muito
obrigado”, “a senhora concorda?”, “o senhor permite?”, e muitas outras que a
instrução atual pouco valoriza.
Comunicar-se é
procurar se fazer entender da melhor maneira possível, com clareza, sem
rodeios, sem palavras rebuscadas, mas mostrando a simplicidade natural do dia a
dia. Numa simples informação, por exemplo: "O Senhor pode me informar se a
Rua Professor Pessoa se localiza neste bairro?". E por aí vai.
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