Quando a propaganda
política vira crime
João Pedro Gurgel*
Dizem
que “em disputa, vale tudo”. Mas não é bem assim. Muito menos no espaço que
prima pelo pluralismo e pela democracia: a política.
Em
ano de campanha eleitoral, é natural que os candidatos (ou ainda pré-candidatos)
busquem adeptos às suas propostas por meio de ações, divulgações etc. Até aí,
tudo bem. Porém, o que se tem visto com frequência, sobretudo com a expansão
das redes sociais, é uma massa de pretensos políticos querendo angariar votos
por meio do escárnio, do desrespeito e assemelhados.
Há
poucas semanas, o Nordeste sediou um pré-candidato, que minimizava o assédio contra
a mulher, tratando o tema de maneira leviana e insensata. Outro, mais recente,
afirmou que preferia ver o filho empunhando uma arma de fogo a ver o filho
segurando a genitália de um homem.
Situações
assim merecem o julgo pesado. Não só da justiça criminal – que, frisa-se, deve
punir os infratores – mas também da cidadania. A sentença que defere ou não a
eleição de embustes similares daremos no dia 7 de outubro. De toda forma, a
lição é dada: na disputa, não vale tudo.
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