ANALFABETO
POÉTICO
João Pedro Gurgel*
Que droga
Que agonia
Eu não sei
Fazer poesia
Que agonia
Eu não sei
Fazer poesia
Pisca o olho
Pisca o alerta
Até a besta desperta
No barulho do dia-a-dia
Pisca o alerta
Até a besta desperta
No barulho do dia-a-dia
Que feia
Que fria
Essa tentação
De fazer poesia
Que fria
Essa tentação
De fazer poesia
Vou me calar
E esperar o dia
Que minhas palavras
Saindo do papel
Façam magia
E esperar o dia
Que minhas palavras
Saindo do papel
Façam magia
Vou transformar o tédio
Em melodia
E nesse dia
Vou fazer poesia
Em melodia
E nesse dia
Vou fazer poesia
COMENTÁRIOS:
Simplicidade,
estro e beleza incontestáveis. Poesia na expressão escorreita do vocábulo. Meus
emboras, João Pedro!
Vianney
Mesquita
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João
Pedro Gurgel é o mais jovem confrade, o nosso “caçula”, o nosso “benjamim”, que
recebeu a beca honorífica quando ainda era um infante – mas sem favor nenhum,
pois já era bilíngue, já fazia poesia, apresentava programa radiofônico, publicava
em letra de imprensa, militava no terceiro setor pelas causas ecológicas,
frequentava congressos internacionais, tinha militância partidária. Mas agora João
Pedro recebe o seu maior batismo acadêmico, laurel superior a todos aqueles precocemente
recebidos, consistente nesse elogio recebido de Vianney Mesquita, o mestre de
nós todos, de quem todos tememos o jugo pesado, a crítica acerba e a censura inclemente, no que refere ao uso da
gramática e ao beletrismo em que nos aventuremos. João Pedro, além do notório estro da família Gurgel, também tem dos Maias limoeirenses a gentil valentia e a verve indômita.
Reginaldo
Vasconcelos
Simplicidade, estro e beleza incontestáveis. Poesia na expressão escorreita do vocábulo. Meus emboras, João Pedro!
ResponderExcluirVianney Mesquita
Felicidade define! Angariar um parecer tão positivo de um dos maiores nomes da ciência da língua portuguesa é, para mim, uma honra sem tamanho! Obrigado pelo incentivo, Mestre Vianney!!!
ResponderExcluirPara fechar, esta biografia tão bela e tão carinhosa trazida à lume pelo meu ídolo, só enche de felicidade esse peito limoeirense. Meu querido amigo Reginaldo reconheceu a beleza do poema e deu vida à história do poeta por que é a história de Reginaldo Vasconcelos que resguarda vida e poesia. Quem dera eu trilhar os mesmos passos e ter a mesma sabedoria. Serei seu eterno admirador e discípulo. Obrigado pelo carinho!