segunda-feira, 11 de setembro de 2017

POEMA - Analfabeto Poético (JPG)


ANALFABETO
POÉTICO
João Pedro Gurgel*

Que droga
Que agonia
Eu não sei
Fazer poesia

Pisca o olho
Pisca o alerta
Até a besta desperta
No barulho do dia-a-dia

Que feia
Que fria
Essa tentação
De fazer poesia

Vou me calar
E esperar o dia
Que minhas palavras
Saindo do papel
Façam magia

Vou transformar o tédio
Em melodia
E nesse dia
Vou fazer poesia






COMENTÁRIOS:

Simplicidade, estro e beleza incontestáveis. Poesia na expressão escorreita do vocábulo. Meus emboras, João Pedro!

Vianney Mesquita


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João Pedro Gurgel é o mais jovem confrade, o nosso “caçula”, o nosso “benjamim”, que recebeu a beca honorífica quando ainda era um infante – mas sem favor nenhum, pois já era bilíngue, já fazia poesia, apresentava programa radiofônico, publicava em letra de imprensa, militava no terceiro setor pelas causas ecológicas, frequentava congressos internacionais, tinha militância partidária. Mas agora João Pedro recebe o seu maior batismo acadêmico, laurel superior a todos aqueles precocemente recebidos, consistente nesse elogio recebido de Vianney Mesquita, o mestre de nós todos, de quem todos tememos o jugo pesado, a crítica acerba e a  censura inclemente, no que refere ao uso da gramática e ao beletrismo em que nos aventuremos. João Pedro, além do notório estro da família Gurgel, também tem dos Maias limoeirenses a gentil valentia e a verve indômita. 

Reginaldo Vasconcelos


  

2 comentários:

  1. Simplicidade, estro e beleza incontestáveis. Poesia na expressão escorreita do vocábulo. Meus emboras, João Pedro!
    Vianney Mesquita

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  2. Felicidade define! Angariar um parecer tão positivo de um dos maiores nomes da ciência da língua portuguesa é, para mim, uma honra sem tamanho! Obrigado pelo incentivo, Mestre Vianney!!!

    Para fechar, esta biografia tão bela e tão carinhosa trazida à lume pelo meu ídolo, só enche de felicidade esse peito limoeirense. Meu querido amigo Reginaldo reconheceu a beleza do poema e deu vida à história do poeta por que é a história de Reginaldo Vasconcelos que resguarda vida e poesia. Quem dera eu trilhar os mesmos passos e ter a mesma sabedoria. Serei seu eterno admirador e discípulo. Obrigado pelo carinho!

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