O NOVO LIVRO
DE
LUCIANO MAIA
Reginaldo Vasconcelos*
Luciano
Maia lançou, neste dia 15 de março, no Salão Mucuripe do Ideal Clube de
Fortaleza, seu enésimo livro de poesia, “Os Longes”. Estive na noite de autógrafos (foto ao lado) e abaixo, transcrevo o poema-título, Os Longes.
Os caminhos em cruz da minha
terra
narram perdas, sumiços e
cansaços.
Uma cantiga antiga ali se
encerra
no olvido combalido dos seus
traços.
Uma lua de outrora, ao alto,
erra
por veredas ainda; ventos
baços
uivam sobre o sertão – um
bicho berra
e treme o cumaru seus longos
braços.
Que espectros! Que sombras
arredias
vagam por ermos da paisagem
outrora
trazida desde a noite de
outros dias!
Os calados alpendres, desde
fora
nos dentros de abolidas
alegrias
nos longes que uma estrada leva embora...
nos longes que uma estrada leva embora...
No lançamento de Os Longes, evento muito
concorrido por amigos e admiradores do autor, o poeta e ator Ricardo Guilherme,
especialmente convidado, fez a leitura de meia dúzia de poemas do livro, peças líricas
perfeitas, muito inspiradas e de primorosa feitura, que na eloquência e na
califasia do declamador enlevaram toda a assistência.
Com a família Rodrigo Maia Barreto, a esposa Ana,
e, ao lado direito, Leandro, afilhado do poeta
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Com o mano poeta Virgílio Maia e a esposa Ana Maria, à esquerda
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Com as Amigas do Livro, e com a esposa Ana Maria ao centro
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Com o poeta Carlos Augusto Viana, Diretor de Cultura do Ideal,
Ricardo Guilherme, Romeu Duarte e Werner Rolim
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Com Com
o Dr. Geraldo Biserra e
o com o Presidente do Ideal, Amarílio Cavalcante
Com Leorne Belém, Anastácio Sousa e Ana Maria |
Presente
ao lançamento, e encantado com a obra, o poeta Paulo Ximenes produziu e
divulgou a quadra abaixo, em que se ressente de não ter mais proximidade com o vate maior da ACLJ, e por fim convida o confrade a frequentar o reduto social da entidade, a Tenda
Árabe:
Convite ao Luciano Maia
Meus
olhos eu lanço aos trovadores
em
oníricos véus de simplicidade
de
quem se atina a sorver amores
desde
agora a mais tenra idade.
Miro-te
agora – Ó Luciano Maia!
Teu
verso é assaz esmerado
e por
mais que o lirismo me caia
sinto-me
de ti tão afastado!
Houvesse
eu antes me ofendido
por
nunca poder brindar contigo
em tua
mesa de vultos fulgurantes .
Na
ebriedade que hora me assola ,
a
esperança em ver-te me consola:
vem à Tenda por alguns instantes!
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