segunda-feira, 20 de março de 2017

NOTA CULTURAL - O Novo Livro de Luciano Maia (RV)


O NOVO LIVRO
DE
LUCIANO MAIA
Reginaldo Vasconcelos*


Luciano Maia lançou, neste dia 15 de março, no Salão Mucuripe do Ideal Clube de Fortaleza, seu enésimo livro de poesia, “Os Longes”. Estive na noite de autógrafos (foto ao lado)  e abaixo, transcrevo o poema-título, Os Longes.




Os caminhos em cruz da minha terra
narram perdas, sumiços e cansaços.
Uma cantiga antiga ali se encerra
no olvido combalido dos seus traços. 
Uma lua de outrora, ao alto, erra
por veredas ainda; ventos baços
uivam sobre o sertão – um bicho berra
e treme o cumaru seus longos braços.
Que espectros! Que sombras arredias
vagam por ermos da paisagem outrora
trazida desde a noite de outros dias!
Os calados alpendres, desde fora
nos dentros de abolidas alegrias 
nos longes que uma estrada leva embora...

No lançamento de Os Longes, evento muito concorrido por amigos e admiradores do autor, o poeta e ator Ricardo Guilherme, especialmente convidado, fez a leitura de meia dúzia de poemas do livro, peças líricas perfeitas, muito inspiradas e de primorosa feitura, que na eloquência e na califasia do declamador enlevaram toda a assistência.


Com a família Rodrigo Maia Barreto, a esposa Ana, 
e, ao lado direito, Leandro, afilhado do poeta 
Com o mano poeta Virgílio Maia e a esposa Ana Maria, à esquerda
Com as Amigas do Livro, e com a esposa Ana Maria ao centro
Com o poeta Carlos Augusto Viana, Diretor de Cultura do Ideal, 
Ricardo Guilherme, Romeu Duarte e Werner Rolim

Com o poeta Jorge Tufic, Ricardo Guilherme e o
DR. Clístenes Gonçalves
Com Com o Dr. Geraldo Biserra e 
o com o Presidente do Ideal, Amarílio Cavalcante

Com Leorne Belém, Anastácio Sousa e Ana Maria

Presente ao lançamento, e encantado com a obra, o poeta Paulo Ximenes produziu e divulgou a quadra abaixo, em que se ressente de não ter mais proximidade com o vate maior da ACLJ, e por fim convida o confrade a frequentar o reduto social da entidade, a Tenda Árabe:



Convite ao Luciano Maia

Meus olhos eu lanço aos trovadores
em oníricos véus de simplicidade
de quem se atina a sorver amores
desde agora a mais tenra idade.

Miro-te agora – Ó Luciano Maia!
Teu verso é assaz esmerado
e por mais que o lirismo me caia
sinto-me de ti tão afastado!

Houvesse eu antes me ofendido
por nunca poder brindar contigo
em tua mesa de vultos fulgurantes.

Na ebriedade que hora me assola,
a esperança em ver-te me consola:

vem à Tenda por alguns instantes!



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