ACERTO
Cássio
Borges*
Na excelente coluna jornalística de Paulo
César Norões, que circulou na edição de hoje (27.03.17) do Diário do Nordeste, o
articulista comenta, no trecho abaixo reproduzido, o acerto da previsão que fiz
sobre o período chuvoso deste ano, regime pluviométrico que certamente se
repetirá em 2018.
Estudei este assunto pela primeira vez em 1962
quando da elaboração dos estudos hidrológicos do Açude Banabuiú contratados
pelo DNOCS ao Laboratório Hidrotécnico Saturnino de Brito, situado no Rio de
Janeiro, sendo o seu Diretor-Presidente o eminente professor de Hidráulica e
Hidrologia da Escola Nacional de Engenharia e Pontifícia Universidade
Católica-PUC, Theophilo Benedicto Ottoni Netto.
Desde então, me apaixonei pelo tema. Um dos
nossos objetivos, visando embasar tecnicamente esses estudos era o de
determinar, dentro da série pluviométrica e fluviométrica coletadas pelo DNOCS,
então existentes, os períodos mais críticos de chuvas, objetivando
determinar a vazão regularizada do referido reservatório que, foi estimado em
11 m³/s, e até hoje, não houve qualquer contestação.
Ao contrário do Açude Castanhão, projetado (?)
pelo extinto Departamento Nacional de Obras de Saneamento-DNOS,
entusiasticamente defendido pela Secretaria de Recursos Hídricos do estado
do Ceará, sua vazão até hoje é desconhecida, ou não oficialmente reconhecida pela
referida Secretaria.
Já se falou em 30 m³/s, em 19 m³/s, em 12,3
m³/s e, em até, 10 m³/. Afinal, qual é, de fato, a vazão regularizada do Açude
Castanhão, o principal açude do estado do Ceará? Como se pode fazer gestão dos
recursos hídricos, se não se conhece a característica, fundamental, desse
açude? Cássio
O criterioso estudo hidrológico do Açude
Bnabuiú, que teve a chancela e autoria do professor Theophilo Ottoni, foi
publicado no Boletim Técnico do DNOCS, Vol. 24, de julho/dezembro de
1966.
Nenhum comentário:
Postar um comentário