segunda-feira, 27 de março de 2017

ARTIGO - Acerto (CB)


ACERTO
Cássio Borges*


Na excelente coluna jornalística de Paulo César Norões, que circulou na edição de hoje (27.03.17) do Diário do Nordeste, o articulista comenta, no trecho abaixo reproduzido, o acerto da previsão que fiz sobre o período chuvoso deste ano, regime pluviométrico que certamente se repetirá em 2018.
Estudei este assunto pela primeira vez em 1962 quando da elaboração dos estudos hidrológicos do Açude Banabuiú contratados pelo DNOCS ao Laboratório Hidrotécnico Saturnino de Brito, situado no Rio de Janeiro, sendo o seu Diretor-Presidente o eminente professor de Hidráulica e Hidrologia da Escola Nacional de Engenharia e Pontifícia Universidade Católica-PUC, Theophilo Benedicto Ottoni Netto.  

Desde então, me apaixonei pelo tema. Um dos nossos objetivos, visando embasar tecnicamente esses estudos era o de determinar, dentro da série pluviométrica e fluviométrica coletadas pelo DNOCS, então existentes, os períodos mais críticos de chuvas,  objetivando determinar a vazão regularizada do referido reservatório que, foi estimado em 11 m³/s, e até hoje, não houve qualquer contestação.

Ao contrário do Açude Castanhão, projetado (?) pelo extinto Departamento Nacional de Obras de Saneamento-DNOS, entusiasticamente defendido pela Secretaria de Recursos Hídricos do estado do Ceará, sua vazão até hoje é desconhecida, ou não oficialmente reconhecida pela referida Secretaria.

Já se falou em 30 m³/s, em 19 m³/s, em 12,3 m³/s e, em até, 10 m³/. Afinal, qual é, de fato, a vazão regularizada do Açude Castanhão, o principal açude do estado do Ceará? Como se pode fazer gestão dos recursos hídricos, se não se conhece a característica, fundamental, desse açude? Cássio

O criterioso estudo hidrológico do Açude Bnabuiú, que teve a chancela e autoria do professor Theophilo Ottoni, foi publicado no Boletim Técnico do DNOCS,  Vol. 24, de julho/dezembro de 1966.


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