quarta-feira, 1 de março de 2017

CRÔNICA - Delação Premiada - 2ª Fase (RV)


DELAÇÃO PREMIADA
(Segunda Fase)
Reginaldo Vasconcelos*


Delato ainda as políticas de governo que vêm sucateando as Forças Armadas, reduzindo suas verbas e desprestigiando os seus componentes. Aliás, grande economia se faria com segurança e saúde públicas se todo o universo de adolescentes do País fosse compulsoriamente submetido ao serviço militar durante três anos, entre os 15 e os 18.




Nos quarteis os jovens conheceriam a disciplina, teriam noções de civismo, e tomariam consciência da cidadania e do dever patriótico, ganhando formação digna e canalizando as energias para o estudo, o trabalho e a prática de esportes, e para os demais valores nacionais – em detrimento do ócio deletério, das exacerbadas paixões futebolísticas, da formação de gangues territoriais, do consumo de drogas, do pichamento de bens públicos e privados, de outras formas de delinquência juvenil.

Entra ainda na minha delação a pós-mentira presentemente consagrada e politicamente incorreta, segundo a qual a pessoa tenha a prerrogativa de escolher o sexo gamético a que pertence, assumindo uma “identidade social de gênero”, ainda que divergente de sua anatomia natural. Ora, o gênero a que todos pertencemos é o gênero humano, e o sexo de cada um é aquele que a biologia definiu, o mesmo que o obstetra informa à mãe gestante: é homemé mulher.

Por exemplo, o grande astrônomo alemão seiscentista Johannes Kepler se identificava com os caninos, chegando mesmo a latir para estranhos e uivar para a lua cheia. Analogicamente, uns e outros podem se sentir homem ou mulher, e se comportarem como tal, sem que o sejam realmente, sem demérito e sem reproche. Vive la libertè! Mas ninguém tem o direito de invadir o sexo oposto, e achar que convence o mundo do que não é, na presunção de que a vontade vença a lógica. Não. Vive la diference.

Enfim, delato os teóricos socialistas que, no seu devaneio ideológico, jamais se imaginam como meros integrantes da comuna, mas somente como destacados ícones das hostes, guardando para si os devidos privilégios dos déspotas. Isso porque os homens nascem para competir, se diferenciar e prosperar, não para se igualar e dividir de forma gratuita o que conquistam honestamente.

Já as suas massas de manobra aspiram sempre a um nivelamento por cima, dividindo consigo a patrimônio dos mais ricos – nunca descer do padrão econômico habitual para socializar a pobreza e a miséria – denunciando assim, no seu âmago, a ideologia da inveja.

A última delação que faço cita tacitamente toda a política eleitoral, revelando que a corrupção é a mola propulsora da República, como também declarou Nelma Kodama,  doleira presa pela Operação Lava Jato. Ninguém contrata com o Governo, em suas três esferas, sem “molhar a mão” de alguém – salvo os casos de que não se tenham provas  esse é um grande segredo de polichinelo.

Veremos ao final da grande devassa federal da Lava Jato que são raríssimas exceções os que vão para a política para servir ao povo e representa-lo com altruísmo e honestidade, pois a grande maioria se candidata e se elege para se locupletar do poder estatal e dos dinheiros públicos.

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